domingo, 27 de dezembro de 2009

UM ANO DE MUITA PAZ



Quando um ano termina o outro vem
No aspecto do tempo há semelhanças
No calor do período natalino
Há também bebedeiras, comilanças
Porém Deus mobiliza a humanidade
Para um renascer de esperanças.

Transcorridas as comemorações
Do Natal, que os cristãos celebram bem
Muitos buscam revigorar a fé
Na humilde criança de Belém
Sendo boas as expectativas
Para dois mil e dez que aí vem.

Se a paz e o amor pudessem ser
Companheiros de cada ser humano
Se a humanidade fosse mais
Coerente e fiel ao Soberano
Com certeza o mundo ficaria
Muito bom para nós a cada ano.

Confiantes devemos todos ser
Na grandeza da proteção divina
Para isso estando abastecidos
De uma fé mais estável e genuína
Dessa forma será o novo ano
Bem melhor do que esse que termina.

Vamos todos agradecer a Deus
Pelo que nos concede e que nos faz
Por nós termos vivido mais um ano
E por mais esperanças que nos traz
Pra podermos viver dois mil e dez
Com saúde, alegria e muita paz!

Autor: Zé Bezerra

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

É NATAL



Mais uma vez é Natal
Noite de luzes e cores
Faz lembrar que um menino
Nasceu cheio de fulgores
Trazendo a salvação
A todos os pecadores.

Naquela noite nascia
Pertinho dos matagais
No silêncio de uma gruta
Num curral de animais
O Messias Salvador
Jesus, o Príncipe da Paz.

Na ternura do presépio
Muitos ficam meditando
Lá no alto campanário
Vários sinos ecoando
E o canto "Noite Feliz"
Fiéis alegres cantando.

Natal sempre foi e é
Um tempo de graça e luz
O espírito natalino
Semeia a fé que conduz
Os cristãos a se voltarem
Para o menino Jesus.

Tempo próprio para haver
Mais amor entre os irmãos
Muita paz entre as famílias
Com todos se dando as mãos
É assim que o Natal é
Festa maior dos cristãos.

Deus Pai de Misericórdia
E infinita bondade
Deixai que Jesus renasça
Nessa oportunidade
Na gruta do coração
Desta vã humanidade!

Autor: Zé Bezerra

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

NUM GRANDE GESTO DE AMOR

A hora mais pontual
Pra retirar de quem morre
Seus órgãos, é quando ocorre
Sua morte cerebral
O morto pode afinal
Se tornar o doador
Se sua família for
Fraterna e compreensiva
Permite que o outro viva
Num grande gesto de amor.

É ação incomparável
De quem com dor e bramido
Ao ter de um ente querido
Sua perda irreparável
Mas numa atitude amável
Que é mais que um favor
Doa os órgãos sem temor
Daquele que se liquida
Para salvar outra vida
Num grande gesto de amor.

Quem dá autorização
Dos órgãos enquanto vivo
Nesse ato positivo
Antecipa a doação
De fígado, de coração
Para acabar com a dor
Do doente sofredor
Doa córneas, rins e mais
Doa seus órgãos vitais
Num grande gesto de amor.

Portanto é grande dever
E caridade de quem
Doa seus órgãos a alguém
Que necessita viver
Quem faz isso, ao morrer
De uma vida é salvador
Do céu é merecedor
Porque em sã consciência
Prolongou uma existência
Num grande gesto de amor.

Autor: Zé Bezerra

sábado, 12 de dezembro de 2009

PRESERVAR A NATUREZA

Cuidar do meio ambiente
É um gesto de grandeza
Essa atitude correta
Agrada a Deus com certeza
Por isso é que todos devem
Preservar a Natureza.

Deus não quer que haja incêndios
Devastando os matagais
Provocando a extinção
De espécies de animais
Nem motosserra acabando
As reservas florestais.

Deus quer ver a Natureza
Ser bem administrada
Por pessoas solidárias
Ela sendo conservada
Dando tudo para todos
Sem deixar ninguém sem nada.

Deus não quer ver mar nem rio
Tendo água poluída
Por dejetos das indústrias
Literalmente atingida
Onde morrem os peixes todos
Sobre a lama apodrecida.

Deus quer ver um mundo belo
Cheio de jardins floridos
Todos respirando ar puro
Os campos enverdecidos
Céu azul com nuvens claras
E crepúsculos coloridos.

Que a consciência dos homens
Vá crescendo a cada ano
Que eles respeitem mais
A obra do Soberano
Para que o mundo seja
Mais feliz e mais humano.

Autor: Zé Bezerra

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

SEGUROU-SE E NÃO CAIU

O FLU enfim mereceu
Sair do rebaixamento
Até o último momento
Lutou, não esmoreceu
Empatou e não perdeu
O último, um jogo pesado
E só por ter empatado
Da segundona escapou
O FLUMINENSE LUTOU
E NÃO FICOU REBAIXADO.

Equilíbrio gradativo
Foi o FLU configurando
O time foi demonstrando
Que estava firme e vivo
Um trabalho positivo
Foi dando motivação
A força da união
No time predominou
O FLUMINENSE ESCAPOU
DA SEGUNDA DIVISÃO.

Quantas derrotas sofridas
Na sequência das rodadas
Pouca sorte nas jogadas
E esperanças perdidas
Resultados das partidas
Só davam decepção
Porém uma reação
Bem positiva acontece
E O FLUSÃO PERMANECE
NA PRIMEIRA DIVISÃO.

Munida de autoestima
A equipe foi a frente
CUCA muito experiente
Administrou o clima
E dando a volta por cima
Na série primeira está
O "Coxa" do Paraná
Caiu, causou desespero
O FLU FOI GRANDE GUERREIRO
E FICOU NA SÉRIE "A".

Determinação, talento
Superação do fracasso
Levaram ao grande passo
Sair do rebaixamento
Para o FLU é um momento
Marcante na sua história
Claro, não é como a glória
Do campeão consagrado
NÃO TER SIDO REBAIXADO
É UMA BOA VITÓRIA.

Autor: Zé Bezerra

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

UM ANO NA INTERNET

O "Sertão Caboclo" hoje
Traz algo mais diferente
Mostra um novo visual
Porém é isso somente
Porque a sua temática
Tem caráter permanente.

Internauta, atento veja
Como se lesse manchete
É que o "Sertão Caboclo"
Hoje neste dia sete
Completa o primeiro ano
Que está na internet.

Em um ano, avalia-se
Como bons os resultados
Com a produção contendo
Temas diversificados
Sessenta e sete poemas
Foram no blog postados.

Destes, cinquenta e nove
São da nossa autoria
Em média, cinco por mês
Isso nos dá alegria
Por todas as evidências
Deste dom da poesia.

A todos os internautas
Que ao blog têm acessado
Nos mais diversos lugares
Daqui e de outro estado
Por elogios que fazem
A vocês muito obrigado.

Tendo confiança em Deus
Nosso plano é ir a frente
Procurando divulgar
Sempre a cultura da gente
Mantendo o "Sertão Caboclo"
Cheio de Rima e Repente.

Autor: Zé Bezerra

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

CUIDADO, A AIDS MATA!

AIDS doença terrível
Com ela ninguém se engana
Seus efeitos são cruéis
É como fera tirana
Que atua na surdina
Devorando a raça humana.

Das doenças perigosas
Certamente é a primeira
Com força destruidora
É temível e matadeira
Um dos piores flagelos
Para a humanidade inteira.

Por ela ser incurável
Todos devem lhe temer
Se alguém contrai seu vírus
Vai com ele conviver
Sabendo que já está
Marcado para morrer.

Todos saibam que a AIDS
É doença perigosa
Ataca criança e jovem
Adulto e pessoa idosa
Assustando a todo mundo
Porque é contagiosa.

O vírus HIV
No sangue encontra abrigo
Sai bombardeando as células
Causando grande perigo
Do sistema imunológico
É o maior inimigo.

Para que seja evitada
Sua contaminação
As pessoas necessitam
De bastante informação
Para ficarem sabendo
Como é feita prevenção.

Para evitar a AIDS
Os cuidados principais
É com transfusão de sangue
Mas o que precisa mais
É usar preservativos
Nas relações sexuais.

Sem os cuidados, o risco
De contaminação cresce
O vírus dessa doença
Só no sangue permanece
Saber evitá-la é bom
Que cada um se interesse.

Pais, professores e médicos
Com obrigação sensata
A mídia que tudo vê
Que tudo sabe e relata
Todos com boa intenção
De forma clara e exata
Fiquem sempre esclarecendo
Alertem a todos dizendo:
CUIDADO, A AIDS MATA!

Autor: Zé Bezerra

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

NEM JOSÉ E NEM MARIA

Nestes tempos pós-modernos
Que vivemos hoje em dia
Nenhum pai, nenhuma mãe
De jeito nenhum daria
Nome aos filhos no batismo
De José ou de Maria.

Esses que já foram antes
Os nomes mais populares
Quantos Josés existiam
Quase em todos os lares
E as Marias eram tantas
Nos mais diversos lugares.

Hoje se alguém procura
Em revistas ou jornais
E se detém pesquisando
Grandes listas nominais
O José e a Maria
Não são encontrados mais.

É fácil encontrar Efrânio
Ailton, Húdson, Evandro
Cleiton, Adailton, Wagner
Moésio, Renan e Sandro
Dalton, Aécio e Vinícius
Aliano e Poliandro.

É fácil Tânia e Denise
Hortênsia, Olga, Erinete
Girlânia, Geórgia, Súzi
Gizélia, Railta, Ivete
Rosires, Itna, Valquíria
Brena, Talita e Claudete.

Crisanto, Benone,Ítalo
Guto, Mirlânio, Higino
William e Jamisklam
Max, Douglas, Adilino
Décio, Plínio e Etevaldo
Macário, Túlio e Sandino.

Alex, Wilke e Bruno
Kelly, Veruska, Talia
Jessier, Ruan e Kaio
Sunaly, Mirela, Aldria
Taís, Mirtes, Maitê
Nessas listas não se vê
Nem José e nem Maria.

Autor: Zé Bezerra

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

UM ZERO À POLITICAGEM

A politicagem é suja
Imbecil e odienta
É cínica e intolerável
Falsa, invejosa e nojenta
E pode ser comparada
À ferida peçonhenta.

É uma peste que vem
Da era Paleolítica
Os seus efeitos estão
Abaixo de qualquer crítica
É um verme perigoso
Destruidor da política.

Nosso saudoso Cazuza
Em uma música dizia
Que a burguesia era má
Era avarenta e fedia
Só que a politicagem
Fede mais que a burguesia.

A politicagem é cega
É ranzinza e é mesquinha
Adepta da baixaria
Com o fuxico se alinha
Sendo da sociedade
A pior erva daninha.

Por ser assim tão nociva
Egoísta e vulnerável
Hipócrita, maliciosa
De sadismo imensurável
Ela deveria ser
Por todos abominável.

Um jeito para os políticos
Banirem a picaretagem
Era se todos criassem
Mais vergonha, mais coragem
Ah se isso eles fizessem
E de uma vez todos dessem
Um zero à politicagem.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

LEMBRANÇAS DOS FALECIDOS

Quando um ser humano morre
Deixa no mundo a lacuna
No castelo da família
Desmorona uma coluna
Marca cada coração
A dor da separação
Lamentações e gemidos
Depois tudo vai passar
E na memória ficar
Lembranças dos falecidos.

Todos morrerão um dia
A morte é uma certeza
Mas não se pode encará-la
Sem angústia, sem tristeza
Mas isso passa, é verdade
O que fica é a saudade
Dos nossos entes queridos
Tios, pais, primos, avós
Desses, resta para nós
Lembranças dos falecidos.

Quando é dia de Finados
Muitos vão ao cemitério
Reverenciar os mortos
Naquele lugar funéreo
Em torno dos mausoléus
Elevam preces aos céus
Por seres inesquecidos
Cada um recorda e sente
Acumulando na mente
Lembranças dos falecidos.

Entre soluços e prantos
São muitas velas queimadas
Muitas flores e coroas
Nos túmulos depositadas
Missas e celebrações
Com cantos e orações
Corações entristecidos
Pela saudade infinita
Guardam daquela visita
Lembranças dos falecidos.

Realmente é muito triste
A derradeira partida
De quem veio a atingir
O ponto final da vida
Para os que ficam chorando
O tempo que vai passando
Consola os mais abatidos
Que das tristezas esquecem
Mas nunca desaparecem
Lembranças dos falecidos.

Autor: Zé Bezerra

SER SANTO NA TERRA

Ser santo é ser venerável
É possuir divindade
É ter morada no céu
Com Deus ter intimidade
É ser ícone sagrado
Para toda a humanidade.

Por Deus o santo é eleito
Em escolha especial
Com todo o merecimento
De uma vida filial
Para tornar-se um vassalo
Da corte celestial.

Mais que antes, hoje o mundo
Tem tanta adversidade
Respira-se o ar impuro
Da maldosa humanidade
Mesmo assim há muita gente
Que vive em santidade.

É a santidade humana
Daquele que tem pecado
Mas com o plano de Deus
Está bem sintonizado
Vivendo o amor fraterno
Comendo o pão partilhado.

É santidade de quem
Trata o outro como irmão
Quer sempre fazer o bem
Em qualquer ocasião
Vivendo a vida pautada
No amor, na doação.

É cristão forte na fé
Que quer a Jesus amar
Que estuda sempre a Bíblia
Ajuda a evangelizar
E tem coração aberto
Para amar e perdoar.

É pessoa detentora
De responsabilidade
De caráter e compromisso
De singeleza e bondade
De bom senso e de respeito
E espírito de humildade.

É um jeito de ser santo
Que acerta e também erra
Luta por justiça e paz
Tentando evitar a guerra
Mesmo sendo um entre mil
Tem que ter esse perfil
Quem quer ser santo na terra.

Autor: Zé Bezerra

sábado, 31 de outubro de 2009

APRENDA A FAZER A HORA

Você é servidor público
Faz seu serviço diário
O seu vínculo empregatício
O torna funcionário
Seja qual for a função
Você tem obrigação
De cumprir o seu dever
Para não ficar de fora
Aprenda a fazer a hora
Não espere acontecer.

Filie-se a um sindicato
A uma associação
Acredite bem na luta
Pela força da união
Veja que todas as classes
Sabem enfrentar os impasses
Vão em frente sem temer
Na busca pela melhora
Aprenda a fazer a hora
Não espere acontecer.


Faça cursos, treinamentos
Pra melhorar seu serviço
Desempenhe sua função
Com vontade e compromisso
Atenda bem as pessoas
Sejam elas ruins ou boas
Prime pelo seu dever
Assim ninguém lhe ignora
Aprenda a fazer a hora
Não espere acontecer.


Tenha boa autoestima
A frente do seu trabalho
Sem dar vez ao "faz-de-conta"
Evitando o "quebra-galho"
Nesse contexto atual
O bom profissional
Sua tendência é crescer
Por isso você agora
Aprenda a fazer a hora
Não espere acontecer.


Exercite a profissão
Com doação e amor
Pense em si e nos outros
Ao que faz dê valor
Sem indivdualismo
Não dê vez ao comodismo
Plante cedo pra colher
Não faça um sonho ir embora
Aprenda a fazer a hora
Não espere acontecer.


Servidor do município
Do estado e do país
Sem perspectiva e luta
Não dá para ser feliz
No tempo áureo ou na crise
Cada um se organize
Pra melhor fazer valer
Seus direitos sem demora
Aprenda a fazer a hora
Não espere acontecer.



Autor: Zé Bezerra

SER PROFESSOR

Ser professor é saber
Conquistar a confiança
Do aluno, seja adulto
Adolescente ou criança
Com responsabilidade
E espírito de liderança.

Ser professor é ser crítico
Ser ativo, estar atento
Das ocorrências dos fatos
Ter claro entendimento
É estudar e munir-se
De melhor conhecimento.

Ser professor é ter gosto
De ir se aperfeiçoando
Novas práticas pedagógicas
Deve ir incorporando
Para oferecer melhor
Formação ao educando.

Ser professor é ser forte
Ter coragem de sofrer
Repudiar os descasos
Denunciar, combater
As injustiças sofridas
Sem dar o braço a torcer.

Ser professor é ter classe
É ser sindicalizado
É unir-se aos companheiros
Num objetivo ousado
Que é ver o magistério
Um dia valorizado.

Ser professor é ser luz
Para quem vai aprender
Orientando o processo
Do ensino passa a ser
O principal operário
Da construção do saber.

Ser professor é cuidar
Da profissão com amor
É possuir autoestima
E energia interior
Para desempenhar bem
O papel de educador.

Ser professor é sentir
No seu trabalho o prazer
É capacitar-se sempre
E na profissão crescer
É lutar por seus direitos
Cumprindo cada dever
Mas há contrariedade
Porque na realidade
Ser professor de verdade
É bem difícil de ser.

Autor: Zé Bezerra

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

A CRIANÇA E O SEU MUNDO

O mundo da criança é tão bonito
Nele existe pureza e alegria
Seu valor é sublime e infinito
Tudo é sonho, prazer e fantasia.

A criança é símbolo de esperança
De Jesus ela é a preferência
Vai crescendo e guardando na lembrança
Todo o tempo feliz da inocência.

A criança é a flor primaveril
Que exala seu precioso cheiro
Deus proteja as crianças do Brasil
E abençoe os guris do mundo inteiro.

Autor: Zé Bezerra

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

AS OLIMPIADAS NO RIO

É o Rio de Janeiro
Cidade Maravilhosa
Para os jogos olímpicos
Foi ela a vitoriosa
Numa disputa perfeita
Felizmente foi eleita
No dia dois deste mês
Serão momentos de brio
As Olimpíadas no Rio
Em dois mil e dezesseis.

Ao esporte brasileiro
Trará estímulo e alento
Nosso país fará jus
A esse sublime evento
Que daqui a sete anos
Como já consta nos planos
Vamos aguardar a vez
Do honroso desafio
As Olimpíadas no Rio
Em dois mil e dezesseis
.

As primeiras Olimpíadas
Aqui na América Latina
Vão ocorrer no Brasil
Nossa pátria genuina
Rio cidade altaneira
Foi capital brasileira
Vai ser do mundo, essa vez
Que haja calor ou frio
As Olimpíadas no Rio
Em dois mil e dezesseis.


Motivos de alegria
Cada carioca tem
De parabéns o Brasil
Todo o seu povo também
Terá mais brilho o farol
Do país do futebol
Que grandes conquistas fez
Vêm em forma de elogio
As Olimpíadas no Rio
Em dois mil e dezesseis.


Autor: Zé Bezerra

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

APRENDA A ENVELHECER

Envelhecimento humano
Com paz e dignidade
Trará a longevidade
Sem mágoa, sem desengano
O idoso tem bom plano
Sente-se bem por viver
Uma vida com prazer
Superando a nostalgia
Por isso a cada dia
Aprenda a envelhecer.

Se você na meninice
Foi campeão de saúde
Viveu toda juventude
Com robustez e meiguice
Porém agora a velhice
Começa a aparecer
Então para você ter
Uma existência agradável
Com a velhice saudável
Aprenda a envelhecer.

Mantenha seu bom humor
Renove as esperanças
Alegre-se com as crianças
Trate os jovens com amor
Saiba suportar a dor
Sinta prazer em viver
Capriche para saber
Dar sempre a volta por cima
Equilibre a autoestima
Aprenda a envelhecer.

Livre-se da solidão
Relacione-se bem
Leia bons livros também
Medite, faça oração
Pratique a religião
Saiba a Deus agradecer
Veja o que deve comer
E faça boa dieta
Pra ter saúde completa
Aprenda a envelhecer.

Leve a vida de idoso
Com cautela e prevenção
Sem automedicação
Porque isso é perigoso
Seja amável, carinhoso
Curta bem o seu lazer
Na hora que adoecer
Cumpra com o que convém
Pra recuperar-se bem
Aprenda a envelhecer.

Viva a maturidade
Com otimismo e com fé
Entenda que essa é
A melhor fase da idade
Persiga a felicidade
Cultive o bem-querer
Caminhe ao entardecer
Ame aos outros, ame a Deus
Realize os sonhos seus
Aprenda a envelhecer.

Autor: Zé Bezerra

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

MÃOS A SERVIÇO DA VIDA

As nossas mãos são dotadas
De valor incomparável
E aspecto sustentável
Se abertas ou fechadas
Sempre são movimentadas
Nos afazeres da lida
Uma com a outra unida
Belo quadro se desenha
Isso para que se tenha
Mãos a serviço da vida.

As mãos são laboriosas
Próprias para construir
Nunca devem destruir
Nem fazer ações maldosas
Mesmo sujas e calosas
Uma e outra estendida
Em ação comprometida
Bom que nunca se omitissem
Ah se todos possuissem
Mãos a serviço da vida.

Se no gesto da mão vem
Reflexo da atitude
É certo que a mão ajude
Sempre a promover o bem
Se por desventura alguém
Pensa em tornar-se homicida
Desista dessa investida
O mais rápido que puder
Isso porque Deus só quer
Mãos a serviço da vida.

Mãos para abençoar
Abraçar e proteger
Mãos feitas pra defender
Mãos capazes de ensinar
Mãos prontas pra levantar
Qualquer pessoa caída
Mãos que apontam saída
Para quem estar sem norte
Mãos que defendem da morte
Mãos a serviço da vida.

Mãos que sabem como agir
Mãos que defendem os pequenos
Mãos que cultivam terrenos
Mãos que querem produzir
Mãos que sabem repartir
Mãos que fazem acolhida
Mãos que afagam, dão guarida
Mãos que não batem em ninguém
Mãos que só fazem o bem
Mãos a serviço da vida.

Não são mãos que desacatam
Não são mãos que esbravejam
Não são mãos que apedrejam
Não são as mãos que maltratam
Não podem ser mãos que matam
Deixando a paz destruída
Nem mãos que abrem ferida
Nem mãos para ofender
As mãos só deviam ser
Mãos a serviço da vida.

Autor: Zé Bezerra

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

OS APUROS DE TONHÃO

Tonhão, sertanejo puro
Caboclo do sangue quente
Matuto, cabra da peste
Camponês experiente
De mão grossa e pé rachado
Do andar desengonçado
Um de nós, gente da gente.

Sujeito temente a Deus
E as tentações do diabo
Enrola cobra no braço
Prende a cabeça e o rabo
Tem força descomunal
Doma qualquer animal
Monta em qualquer touro brabo.

É agricultor valente
Disposto como ninguém
Como se fala na gíria
"Não abre nem para o trem"
É uma hiena enraivada
Mas amansa e não faz nada
Frente à mulher que ele tem.

Tonhão fora é preparado
Para o que der e vier
Mas em casa é diferente
Ele obedece a mulher
Entregou-se à mulherona
Gosta tanto dessa dona
Que só faz o que ela quer.

Pouco estudou e não tem
O fundamental completo
Mas mesmo assim sabe bem
Expressar seu dialeto
Toucinho, fava, buchada
Carne de porco torrada
É o prato predileto.

Mas com a gripe suína
Rondando por todo canto
Tonhão está em apuros
Com tristeza e desencanto
A mulher o fez sofrer
Proibindo de comer
O que ele gosta tanto.

Sem comer carne de porco
Tonhão está há um mês
E sem poder reclamar
O que a companheira fez
Descontente permanece
Porém não desobedece
A sua mulher Inês.

Ele já pensa em fugir
De tão severa fiscal
Pra comer carne e toucinho
Feito o pior canibal
Mas se a mulher souber disso
Vai ser grande o rebuliço
Tudo pode acabar mal.

Detesta comer galeto
Carne de bode e de vaca
Suporta isso calado
Mas atira, puxa faca
E faz pior que bandido
Se acaso um atrevido
Lhe chamar de manicaca.

Grosso assim como Seu Lunga
O afobado Tonhão
De máscara não quer saber
Nem lava as mãos com sabão
Só carne de porco evita
Vê-se que ele necessita
De mais orientação.

Quando ele escutava o rádio
Disse uma voz masculina:
- Sem comer carne de porco
Se pega a gripe ´suína
Assim não é prevenir
O importante é seguir
As normas da medicina.

Inês ouviu isso e disse:
- Meu plano ninguém consome
Essa falação dos médicos
É boato que se some
Tonhão, nem sinta alegria
Porque esta porcaria
Você estica e não come.

O Tonhão mesmo em apuros
A sua opção já fez
Não vai seguir o que os médicos
Recomendam dessa vez
É turrão, grosso e valente
Mas atende fielmente
Aos comandos de Inês.

Autor: Zé Bezerra

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

TORCEDOR DO FLUMINENSE


Esse time uma vez era o Flusão
Dava muito prazer para a torcida
Hoje tantas derrotas em seguida
Fazem estar em pior colocação
Vai parar na segunda divisão
Porque joga, só perde e nunca vence
Sem expectativa e sem suspense
Essa crise o leva à decadência
Tem que ter tolerância e paciência
Para ser torcedor do Fluminense.

Até quando será que o torcedor
Vai curtir essa equipe derrotista
Para que vá em frente e não desista
Tem que ser convencido sofredor
Pra poder defender o tricolor
Que por mais que se esforce não convence
Se não for muito calmo não pertence
A um time de crise e impotência
Tem que ter tolerância e paciência
Para ser torcedor do Fluminense.


Sua máquina de gol não funciona
Está indo tão mal na temporada
A torcida está desapontada
Vendo o time na detestável zona
Já está com os pés na segundona
Ao último lugar é que pertence
Se está na lanterna e já não vence
É por falta de sorte e competência
Tem que ter tolerância e paciência
Para ser torcedor do Fluminense.


Autor: Zé Bezerra

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

JOVEM, SAIBA O QUE VOCÊ QUER

Quando alguém sabe o que quer
Dá menos passos perdidos
Visualiza os caminhos
Que irão ser percorridos
Porque os objetivos
Já estão bem definidos.

Quem sabe o que quer na vida
A dúvida pouco lhe atrai
Está sempre motivado
Quando chega e quando sai
É diferente de quem
Não sabe pra onde vai.

Sempre quem sabe o que quer
Firme na estrada avança
Seus projetos são traçados
Com cuidado e segurança
E para realizá-los
Jamais falta a esperança.

Quem sabe o que quer transmite
Certeza e boa impressão
A vontade é de seguir
Numa boa direção
Cheio de entusiasmo
Confiança e decisão.

Já quem não sabe o que quer
Tem pessimismo e moleza
Se formular alguns planos
São pífios e sem clareza
E seus sonhos se encalham
Nas pedras da incerteza.

O indivíduo sem metas
Caminha mas erra o passo
Diz que a vida é ingrata
Facilmente cai no laço
Sendo um forte concorrente
Ao império do fracasso.

Portanto, jovem motive-se
Onde você estiver
Prepare-se para a vida
Faça tudo o que puder
Esteja atento e seguro
Antenado no futuro
Sabendo bem o que quer.

Autor: Zé Bezerra

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

MUITOS ALUNOS, POUCOS ESTUDANTES

Nos alunos se vê neles
Que as condutas não mudam
São diferentes daqueles
Que se esforçam, que estudam
Alunos não se interessam
Os estudantes ingressam
Com ideais importantes
Sem medos, sem desencantos
Por que alunos são tantos
E poucos os estudantes?

Aluno vai à escola
Mas não gosta de estudar
Deixa os livros na sacola
Sai da aula e vai andar
Passeia nos corredores
Não incorpora os valores
Essenciais e marcantes
Seus sonhos contém quebrantos
Por que alunos são tantos
E poucos os estudantes?

Já o estudante está
Sempre disposto e atento
Nunca se descuidará
De buscar conhecimento
Nos livros é submerso
É nobre o seu universo
Possui metas empolgantes
Investiga em muitos cantos
Por que alunos são tantos
E poucos os estudantes?

Estudante quer saber
Aluno só faz de conta
Estudante dá prazer
Aluno enfeza e apronta
Estudante busca, inova
Aluno é quem se reprova
Estudante estuda antes
Aluno enrola até santos
Por que alunos são tantos
E poucos os estudantes?

Por que estudantes são
Mais raros de se encontrar
Por que alunos estão
Brincando de estudar
Por que alunos relaxam
Por que motivo não acham
As aulas interessantes
E livros lhes causam espantos
Por que alunos são tantos
E poucos os estudantes?

Diversas são as respostas
A essas indagações
Existem muitas propostas
Para encontrar soluções
Se sair da utopia
A educação um dia
Terá efeitos marcantes
Indo a todos os recantos
E alunos não serão tantos
Porque serão estudantes.

Autor: Zé Bezerra

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

NÃO VÁ BRINCAR DE SER PAI

Não pense que é brincadeira
Não ache que é só prazer
Transar com a companheira
E gerar um novo ser
Mesmo não sendo mistério
Se trata de um ato sério
Que obrigação atrai
Evite incoerência
Assuma-o com consciência
Não vá brincar de ser pai.

Assuma a paternidade
Sabendo o que vai fazer
Com responsabilidade
E ciência do dever
Vá firme na diretriz
Pra não fazer infeliz
Quem no mesmo rumo vai
Prepare-se para isso
Com coragem e compromisso
Não vá brincar de ser pai.

Não vá ser pai por acaso
Sem ser da mulher esposo
Isso constitui atraso
E pode ser perigoso
Seja autêntico genitor
Pela força do amor
Que do seu coração sai
Sem maldade e sem quizília
Zele por sua família
Não vá brincar de ser pai.

Cumpra o que no casamento
Você prometeu um dia
Na doença ou sofrimento
Na tristeza ou alegria
Unido à sua mulher
Siga os passos que Deus quer
Que um bom caminho lhe atrai
E a felicidade vem
Para isso pense bem
Não vá brincar de ser pai.

Supere os empecilhos
Com decisão e desvelo
Seja para os seus filhos
Interessante modelo
Quando surgir um revés
Ore a Deus como Moisés
Ao pé do Monte Sinai
Para ter discernimento
Qualquer que seja o momento
Não vá brincar de ser pai.

Não vá gerar filho à toa
Se você nem ela quer
Isso não é coisa boa
Se a gravidez não tiver
Planejada com cuidado
Pois há filho indesejado
Que vivo da mãe não sai
Se não sai vivo sai morto
Para que não haja aborto
Não vá brincar de ser pai.


Autor: Zé Bezerra

domingo, 2 de agosto de 2009

PORQUE FALTA EDUCAÇÃO

Deixa muito a desejar
O processo educativo
Seu maior objetivo
Nunca consegue alcançar
Que seria o povo estar
Numa boa evolução
Com cada um cidadão
Buscando o que merece
Mas isso não acontece
Porque falta educação.

Agir com inteligência
Só poucos estão agindo
Por não estar existindo
Bom nível de consciência
Há no povo uma carência
De força e de união
Muitas pessoas estão
Sem planos, desnorteadas
Com as vidas arruinadas
Porque falta educação.

Bom relacionamento
E bom senso entre as pessoas
Fraternidade, ações boas
Não há nem trinta por cento
Por faltar o elemento
Essencial da questão
Eixo de transformação
Que não atinge o seu fim
Isso tudo está assim
Porque falta educação.

Os episódios tiranos
Pela grande violência
Ocorrem com mais frequência
Nos grandes centros urbanos
Pois muitos seres humanos
Na marginalização
Embrutecidos que são
Vivem roubando e matando
Estuprando e assaltando
Porque falta educação.

As escolas vão ficando
Sem a credibilidade
Porque na realidade
Elas não estão educando
Só apenas ensinando
Sem pensar no cidadão
E na boa formação
Pra vida de quem estuda
Assim o mundo não muda
Porque falta educação.

Faltam pessoas pacatas
Sobram brigas e conflitos
Faltam justos veredictos
Sobram acusações chatas
Faltam ações mais sensatas
Sobra acomodação
Falta organização
Sobra injustiça e vingança
Falta paz e esperança
Porque falta educação.


Autor: Zé Bezerra

sábado, 1 de agosto de 2009

O AMOR NÃO TEM IDADE

Deus nosso Pai Criador
Pela Bíblia nos faz crer
Quão grandioso é viver
O Mandamento do Amor
Amar ao próximo e a Deus
Amar crentes e ateus
Amor é fraternidade
Em qualquer época do ano
Por ser magno e soberano
O amor não tem idade.

Amor sentimento nobre
Que desmancha cicatriz
Nele a pessoa descobre
O jeito de ser feliz
O amor contém ternura
Carinho, afeto e doçura
Meiguice, serenidade
Bem-querer e compromisso
E certamente por isso
O amor não tem idade.

Aos Coríntios Paulo fala
Que o amor é paciente
É essência que exala
Aroma puro na gente
Sem amor ninguém é nada
É uma vida jogada
Ao léu, sob a tempestade
O amor sara a ferida
Em qualquer fase da vida
O amor não tem idade.

Amor, a principal fonte
Do comportamento humano
É a verdadeira ponte
Que liga ao Pai soberano
Farol de intenso clarão
Fortaleza do cristão
Maior que a amizade
Dom eminente e sagrado
Porque é ilimitado
O amor não tem idade.

Ama-se na meninice
Ama-se na juventude
Na vida adulta e velhice
Que amar é grande virtude
Não há censura ou rigor
Para a prática do amor
Só precisa liberdade
E afeição verdadeira
Se é para a vida inteira
O amor não tem idade.


Autor: Zé Bezerra

domingo, 19 de julho de 2009

ZÉ POVIM E OS POLÍTICOS

Zé Povim é um sujeito
De pensamento confuso
Às vezes ele recua
Em outra hora é intruso
A mente torce e destorce
Que parece parafuso.

Zé Povim com os políticos
Mistura ódio e prazer
Desce quando é pra subir
Sobe quando é pra descer
Porque seu comportamento
É difícil de entender.

Em campanha eleitoral
Não há político ruim
Zé Povim bajula todos
Do começo até o fim
É difícil um “puxassaco”
Do jeito de Zé Povim.

Corre atrás dos candidatos
Sem ganhar nenhuma prata
Distribui foto e santinhos
Atrai galega e mulata
Pulando e gritando “viva”
Na frente da passeata.

No palanque do comício
Outra função ele tem
Discursa de improviso
Falando o que não convém
E provoca a multidão
Pra palma e o “muito bem”.

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O Zé fica imprudente
E até se desmoraliza
Xinga os adversários
A vizinhança inferniza
Por isso algumas vezes
Tem até levado pisa.

Mas, passando as eleições
Com alguns meses somente
Já se vê um Zé Povim
De conduta diferente
Ficando com os políticos
Revoltado e descontente.

Ele faz pesadas críticas
Protesto e reclamação
Amaldiçoa os conchavos
A prática da corrupção
Generalizando diz:
– Todo político é ladrão.

Quando vem outra campanha
O Zé joga a máscara fora
As decepções que tinha
São esquecidas na hora
Para voltar ser o mesmo
Bajulador de outrora.

Zé Povim, o seu costume
Vai ser esse até o fim
Quando é tempo de votar
Nenhum político é ruim
Depois, só decepção
Quem faz isso é o povão
E o povão é Zé Povim.

Autor: Zé Bezerra

terça-feira, 14 de julho de 2009

O MUNDO SERÁ MELHOR


Previsões especiais
Mostram daqui a alguns anos
Milhões de seres humanos
Menos irracionais
Devido a grande carência
O nível de consciência
Do povo vai ser melhor
E o planeta menos quente
Nesse tempo certamente
O mundo será melhor.

Virão as transformações
De escolas modernizadas
Deixando bem educadas
As futuras gerações
Essa gente do futuro
Vai respirar um ar puro
Sem ter fumaça ao redor
Climas serão aprazíveis
Com os biocombustíveis
O mundo será melhor.

A Amazônia será
A região mais viável
Um progresso sustentável
Ali predominará
As florestas crescerão
Com a recomposição
Que será sempre maior
Porque com toda certeza
Preservando a natureza
O mundo será melhor.


O índice de traficantes
Aos poucos irá caindo
Também vão diminuindo
Bandidos e meliantes
Como feliz consequência
A queda da violência
Cada vez fica maior
E a vida tem alto estilo
Com o povo mais tranquilo
O mundo será melhor.

Um planeta sem igual
Vamos ter futuramente
Onde se faça presente
A justiça social
Renda bem distribuída
Com qualidade de vida
Para o grande e o menor
E igualdade de direito
Sendo tudo desse jeito
O mundo será melhor.


Parece até utopia
Mas há possibilidade
De uma sociedade
De paz e cidadania
Sem exclusão de ninguém
Cada um vivendo bem
Às custas do seu suor
Assim bons tempos virão
Sem máfia, sem corrupção
O mundo será melhor.

Autor: Zé Bezerra

sábado, 11 de julho de 2009

A EDUCAÇÃO MUDARÁ COM O FUNDEB?

A educação contém
Uma infinita mazela
Os objetivos dela
Se perdem pelo além
Culpados tem mais de cem
Milhares a reclamar
Poucos para ajudar
Quando a crise aumenta mais
Será que o FUNDEB faz
A educação mudar?

Depois da aprovação
Veio o FUNDEB atrair
Mais verbas para investir
Na base da educação
Mais cursos de formação
Para o professor ficar
Mais hábil para atuar
Com uma prática eficaz
Será que o FUNDEB faz
A educação mudar?


Do ensino fundamental
FUNDEF foi carro-chefe
Nos dez anos do FUNDEF
A educação foi mal
No âmbito nacional
Pouco pôde melhorar
Mais dinheiro pra gastar
O FUNDEB agora traz
Será que o FUNDEB faz
A educação mudar?


FUNDEB banca a despesa
Do nível infantil ao médio
Mas se da crise é remédio
Não se tem muita certeza
Concebe-se que a natureza
Do programa é salutar
Mas se fica a indagar
Se bom resultado traz
Será que o FUNDEB faz
A educação mudar?


Será mesmo que teremos
Mais qualidade e ação
Com uma educação
Diferente da que temos?
E o Piso Salarial
Que não é o ideal
Faz o professor deixar
Aluno aprendendo mais?
Será que o FUNDEB faz
A educação mudar?



Autor: Zé Bezerra

quarta-feira, 8 de julho de 2009

É PRECISO SABER LER

Saber ler é necessário
Para mais conhecimento
E melhor entendimento
Do movimento diário
De cada noticiário
Para ouvir ou para ver
Interpretar e dizer
Formando opinião
Com boa compreensão
É preciso saber ler.

É preciso decifrar
Os códigos de uma linguagem
Compreender a mensagem
Para se comunicar
De tudo se informar
Com mais chance de saber
E melhor compreender
Da vida a realidade
Em toda oportunidade
É preciso saber ler.

A leitura é a medida
Mais aplicável, mais certa
É uma janela aberta
Aos horizontes da vida
É a principal saída
Para o campo do saber
Onde se deve aprender
Da existência o primor
Para a vida ter valor
É preciso saber ler.

Quem não lê é como quem
Tem na vista miopia
Não enxerga bem de dia
De noite vê mal também
Não entende muito bem
Da ciência e do saber
Nada consegue escrever
Com os livros não convive
No mundo que a gente vive
É preciso saber ler.

Nesta pós-modernidade
Em que estamos vivendo
Tudo se desenvolvendo
Em qualquer localidade
É uma necessidade
Se adquirir mais saber
Para mais fácil entender
Que o estudo é compromisso
Diante de tudo isso
É preciso saber ler.

Para saber Matemática
Geografia e História
Para guardar na memória
Boas noções de Gramática
Para colocar em prática
Tudo que se aprender
Para comprar ou vender
Ser gandula, entregar feira
Ser babá ou faxineira
É preciso saber ler.´

Autor: Zé Bezerra

segunda-feira, 6 de julho de 2009

PARA DEFENDER A VIDA

Um grande poeta diz
Numa canção, que viver
É sorrir, cantar, sem ter
Vergonha de ser feliz
Sendo um eterno aprendiz
Da jornada percorrida
A lição bem aprendida
Torna o homem disponível
A fazer o que é possível
Para defender a vida.

A vida é grande presente
De Deus à humanidade
É dom, é propriedade
De cada um ser vivente
O Criador sabiamente
Vendo a obra concluída
Deu ao homem em seguida
Inteligência e razões
Com todas as condições
Para defender a vida.

Mas o Pai da Providência
Logo cedo percebeu
Na terra, o gerente seu
Agindo sem competência
Com tamanha incoerência
E a mente destorcida
Caim tornou-se homicida
Foi um desastre completo
Que abalou o projeto
Para defender a vida.

Hoje são muitos humanos
Com instintos egoístas
São individualistas
De pensamentos insanos
Seus irreparáveis danos
Quase ao planeta liquida
Com a flora destruída
E a fauna em extinção
É difícil a solução
Para defender a vida.

Tantas práticas malfadadas
Com falhos objetivos
Deixam muitos seres vivos
Vítimas aterrorizadas
As vidas ameaçadas
Tentam encontrar saída
A natureza agredida
Ataca aos que lhe infernizam
Só poucos se organizam
Para defender a vida.

Só a vida queira bem
Não lhe cause desconforto
Seja contra o aborto
E a eutanásia também
Nunca discrimine quem
Já tem a vida sofrida
Não negue água e comida
Reparta o que tiver
Faça tudo o que puder
Para defender a vida.

Autor: Zé Bezerra

sexta-feira, 26 de junho de 2009

MAL INCURÁVEL

O Senado ultimamente
É lugar de rebuliço
Ali diuturnamente
A imprensa tem serviço
Há uma onda devassa
E a cada hora que passa
Aparece informação
Numa manchete estampada
De gente contaminada
Do vírus da corrupção.

Diversos casos se somam
A gatunagem é medonha
Lá há muitos que não tomam
O remédio da vergonha
Por isso que essa gente
Age desonestamente
Indignando a nação
Com um mal que se eterniza
Porque não se imuniza
Do vírus da corrupção.

Verdadeira agiotagem
Existe nos bastidores
Vagueia a picaretagem
Lá entre os senadores
Os atores da rapina
Vão fazendo em surdina
Qualquer negociação
Porque são acobertados
Pelos que não são curados
Do vírus da corrupção.

No Senado Federal
O clima está pesado
Muita coisa cheira mal
É roubo pra todo lado
As CPIs instaladas
São falácias orquestradas
Para enganar a nação
Lá a ética é sufocada
Por tanta gente infectada
Do vírus da corrupção.

O que causa mais impasse
Em nossa sociedade
É ver-se o ladrão de classe
Em total impunidade
Por que é que a justiça
Tantas vezes fica omissa
Sem decretar a prisão
Dos mega-violadores
Os maiores portadores
Do vírus da corrupção.

Com um trem descarrilhado
O Senado mais parece
Fica o povo envergonhado
Com tudo o que acontece
Alguns doentes de lá
Para esses já não há
Nenhuma medicação
Que até hoje a medicina
Não descobriu a vacina
Do vírus da corrupção.

Autor: Zé Bezerra

quinta-feira, 18 de junho de 2009

SÃO JOÃO SÓ PRESTA NA ROÇA

Festa tradicional
De maior empolgação
É a festa de São João
Feita na zona rural
Se reúne o pessoal
Ali ninguém se alvoroça
Todos dizem: - A festa é nossa
E a alegria é completa
Por isso, afirma o poeta
São João só presta na roça.

É um São João diferente
Dos que fazem na cidade
Tem brincadeira à vontade
Alegrando a toda gente
O sertanejo contente
Logo depois que almoça
Corta lenha fina e grossa
Bem animado e feliz
Acende a fogueira e diz
São João só presta na roça.

No santo o povo tem fé
Festejando a noite inteira
Em toda casa há fogueira
Foguetão e buscapé
Mais tarde há arrasta-pé
No pavilhão da palhoça
Sanfoneiro da mão grossa
Toca um repertório novo
Para a alegria do povo
São João só presta na roça.

Na noite, a cada minuto
A lua no alto brilha
Logo antes da quadrilha
Tem casamento matuto
O noivo se faz de bruto
A noiva se alvoroça
De cima duma carroça
A mãe da noiva gasguita
Estufando o peito grita
São João só presta na roça.

A moça faz simpatia
Para saber com quem casa
Tem milho assado na brasa
Tem canjica quente e fria
Milho cozido em bacia
Pamonha na palha grossa
Se chover, a água empoça
Mas não para o forrozão
Para o povo do sertão
São João só presta na roça.

A festança é animada
Sem ritmo modernizado
Sem guitarra, sem teclado
Sem quadrilha estilizada
É mantida, é conservada
A pura cultura nossa
Pra que o sertanejo possa
Se orgulhar de sua festa
Em outro canto não presta
São João só presta na roça.


Autor: Zé Bezerra

quarta-feira, 17 de junho de 2009

OS SANTOS DOS ARRAIAIS

Antônio é Casamenteiro
Pedro é o Pescador
João, Profeta da Justiça
Primo de Nosso Senhor
São personagens divinas
Santos das festas juninas
Muito tradicionais
Na cidade e no sertão
Antônio, Pedro e João
Os santos dos arraiais.

Na crendice popular
Tonho casa, João batiza
Mas para entrar no céu
O Pedro é quem autoriza
Por terem essas funções
Para o povo eles são bons
São aplaudidos de mais
Nas festanças do povão
Antônio, Pedro e João
Os santos dos arraiais.


Dentre os canonizados
Venerados nos altares
Antônio, Pedro e João
São mesmo os mais populares
No aspecto cultural
Folclórico e regional
Eles são especiais
Campeões da tradição
Antônio, Pedro e João
Os santos dos arraiais.


Pra muitos eles são tidos
Como os santos mais famosos
Os seus festejos profanos
Superam os religiosos
Os pavilhões com bandeiras
Arrasta-pés e fogueiras
Os trios regionais
Fazendo a animação
Antônio, Pedro e João
Os santos dos arraiais.


Cantadores repentistas
Cantam motes e sextilhas
Os casamentos matutos
Antecipando as quadrilhas
Os forrós de pé de serra
Cultura pura da terra
Nas fazendolas rurais
Tem a maior atração
Antônio, Pedro e João
Os santos dos arraiais.


Enfim, de todos os santos
Os mais queridos são eles
Se tiver santo invejoso
Vai ficar com raiva deles
O Antônio é carismático
O João além de simpático
É mensageiro da paz
Pedro é do céu, guardião
Antônio, Pedro e João
Os santos dos arraiais.



Autor: Zé Bezerra

sábado, 13 de junho de 2009

UM SANTO APOSENTADO

Santo Antônio é festejado
Por este país inteiro
De muitas comunidades
Ele é o padroeiro
E na crendice do povo
É Santo casamenteiro.

Mas como a modernidade
Penetra em qualquer lugar
Santo Antônio está ficando
Esquecido no altar
Que essa gente moderna
Não usa mais se casar.

Foi-se o tempo em que a moça
Ou algum rapaz idôneo
Faziam promessa ao Santo
A fim de um matrimônio
Hoje não precisam mais
Incomodar Santo Antônio.

Naquela época passada
Do vovô e da vovó
A moça com vinte anos
Se ainda estava só
Se aperriava pensando
Em ficar no caritó.

Do mesmo jeito o rapaz
Cheio de intenções boas
Não casando logo era
Tachado pelas pessoas
Eles eram "vitalinos"
E elas eram "coroas".

Para se livrarem disso
Preces ao Santo faziam
Se ele atendia a todos
Noivos e noivas surgiam
E as festas de casamento
Com frequência aconteciam.

E com isso Santo Antônio
Era muito elogiado
Depois da graça, as promessas
Eram pagas com cuidado
Que quem suplicava a ele
Jamais ficava encalhado.

Hoje tudo é diferente
Pragmático e definido
Tanto faz para as mulheres
Ter ou não ter um marido
Pedir noivo a Santo Antônio
Isso não faz mais sentido.

Levou o tempo moderno
Essa crença ao além
Santo Antônio aposentou-se
Está calmo e muito bem
Ninguém mais o perturbou
Nunca mais ele arranjou
Casamento pra ninguém.

Autor: Zé Bezerra

quinta-feira, 11 de junho de 2009

É MUITO BOM NAMORAR

Deus quando criou o mundo
Criou o homem também
Para esse ser feliz
Em companhia de alguém
Deus quis que seu semelhante
Tivesse ao lado uma amante
E ambos pudessem dar
Ao amor melhor saída
Das coisas boas da vida
A melhor é namorar.

O dia doze de junho
É Dia dos Namorados
Que são pelo amor mútuo
Amantes apaixonados
É o namoro que faz
A moça e o rapaz
Uma decisão tomar
Dando ao amor investida
Das coisas boas da vida
A melhor é namorar.


Namoro que não é transa
E sim afeto e amor
O namoro verdadeiro
Tem a essência da flor
Sem individualismo
O casal transpõe abismo
Conjugando o verbo amar
Esse aí não se liquida
Das coisas boas da vida
A melhor é namorar.


É tempo que favorece
Aproximação maior
Para o rapaz e a moça
Se conhecerem melhor
Bom relacionamento
E amadurecimento
Levam ambos a estar
Dando ao amor acolhida
Das coisas boas da vida
A melhor é namorar.


Namoro é bom se acontece
Com responsabilidade
Com respeito e com moral
Com amor e liberdade
Não com a libertinagem
Pela qual só é vantagem
Ficar só para transar
Sem compromisso em seguida
Das coisas boas da vida
A melhor é namorar.


Namorar é coisa boa
Havendo amor e ternura
A chama ardente do peito
Dá ao beijo mais doçura
Com ardor e sensação
Com impulso e emoção
Duas vidas vão estar
Numa só vida envolvida
Das coisas boas da vida
A melhor é namorar.



Autor: Zé Bezerra

sexta-feira, 29 de maio de 2009

BENTO NA MIRA DO PISO

Bento é um professor
Da rede municipal
É sua área de ensino
O nível fundamental
Tem na vida um grande sonho
Melhorar seu capital.

Devido ganhar tão pouco
Sente muita frustração
Mas agora chega o Piso
E ele tem a impressão
Que vai financeiramente
Melhorar de condição.

Bento está otimista
Até promessa já fez
Com grande expectativa
Está aguardando a vez
De passar a receber
Mais de mil reais por mês.

Será a partir de agosto
Mas Bento já se ufana
A sua ansiedade
Aumenta a cada semana
E ele não vê a hora
De por a mão nessa grana.

Mas nessa espera ele teve
Arriscada opinião
De começar fazer compras
Com certa antecipação
Com isso está passando
O pé adiante da mão.

Sem precisar dar entrada
Ele uma moto comprou
Pagá-la em sessenta meses
Logo o contrato assinou
Também a prazo, um relógio
De outra loja levou.

Uma TV tela plana
Comprou pra depois pagar
Um aparelho de som
Uma máquina de lavar
E outros móveis da casa
Começou a renovar.

Comprou armário e sofás
Cama nova com colchão
Um guarda-roupa, uma estante
Um gelágua e um fogão
E ainda um computador
Tudo isso a prestação.

Vexou-se em adquirir
Uma câmera digital
Trocou o celular velho
Num multifuncional
Comprou a um crediarista
Duas colchas de casal.

São tantas as prestações
De esquentar o juízo
Há dúvidas se vai dar certo
Sem ninguém ter prejuízo
Bento quer ter capital
Só que se preparou mal
Para receber o Piso.


Autor: Zé Bezerra

domingo, 24 de maio de 2009

KASSINHA, ANTES E DEPOIS DO PISO

O foco da criação
Destes versos neste dia
É Kassinha, a professora
Que descontente vivia
Por ter que dar suas aulas
Ganhando uma mixaria.

Kassinha desanimada
Num "faz-de-conta" atuava
Só chegava atrasada
Mais cedo, a turma soltava
E quase toda semana
Mais de um dia faltava.

Era aquela professora
Fraca e desinteressada
Não motivava os alunos
A bagunça era pesada
E no final do período
Ninguém aprendia nada.

Os pais a denunciavam
Por falta de compromisso
A diretora insistia
Pra ela mostrar serviço
Mas Kassinha indiferente
Pouco ligava pra isso.

Dizia: “Pouco me importa
Que alguém ache ruim
Sei que não produzo nada
Todos reclamam de mim
Mas a migalha que ganho
Só dá pra fazer assim.”

Mas o Piso Nacional
Em boa hora chegou
Com ele, a professora
Já se beneficiou
E de um dia pra outro
Kassinha se transformou.

Agora diminuíram
Na sua vida, os lamentos
Ela que só recebia
Pouco mais de quatrocentos
Passou a ter um salário
De quase mil e duzentos.

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Kassinha agora está
Cheia de motivação
Ensinando com bom gosto
Dá carinho e atenção
Os alunos já notaram
A sua transformação.

De um curso de formação
Ela está participando
As inovações que aprende
Na classe está aplicando
E a qualidade do ensino
Aos poucos vai melhorando.

É por de mais responsável
Nada é difícil pra ela
Planeja bem suas aulas
Só otimismo revela
E seus alunos adoram
Assistir as aulas dela.

Diariamente ela tem
Uma preocupação
De inovar os seus métodos
Para haver mais atração
Com recursos eletrônicos
Jogos, dramatização.

Além de ter autoestima
Está feliz e ativa
Não falta um dia de aula
E o que mais lhe motiva
É ver os alunos dando
A resposta positiva.

Aquela professorinha
Que antes nada fazia
Ficava enrolando o tempo
Ninguém com ela aprendia
Depois do Piso é destaque
Em sua escola hoje em dia.

O exemplo de Kassinha
Não é um fato isolado
Professor que ganha mal
Não dá conta do recado
Passando a ganhar melhor
Ele fica estimulado
Se comprometendo mais
E o trabalho que faz
Dará melhor resultado.

Autor: Zé Bezerra

A NATUREZA OFENDIDA

A terra geme com dores
O mar solta seus bramidos
Há muitos bosques sem flores
Muitos rios poluídos
O clima desajustado
Deixa o mundo apavorado
Muitos pedindo clemência
Num tormento que intimida
A natureza ofendida
Reage com violência.

Tornados e terremotos
Secas e inundações
Tempestades, maremotos
Incêndios e furacões
Nos mais diversos quadrantes
As tragédias são constantes
O planeta tem carência
De revigorar a vida
A natureza ofendida
Reage com violência.

Nas obras do soberano
É grande a devastação
Só porque o ser humano
Faz muita destruição
Suja, incendeia e desmata
Polui, envenena e mata
Sem pensar na consequência
E no mal que causa à vida
A natureza ofendida
Reage com violência.

A natureza embrutece
Deixa o mundo em polvorosa
Em certas horas parece
Uma fera perigosa
Fenômenos indescretíveis
De consequências terríveis
Surgem dela com frequência
Por estar enfurecida
A natureza ofendida
Reage com violência.

Tomara meu Deus que um dia
O homem reflita e mude
Entenda a ecologia
Ame a vida e a saúde
Liberte-se da ganância
Vença sua ignorância
Use sua inteligência
Para promover a vida
A natureza ofendida
Reage com violência.

Autor: Zé Bezerra

sábado, 23 de maio de 2009

INCLUIR SEM PRECONCEITO

Para quem tem consciência
E sabe a realidade
Vê que a deficiência
Não é incapacidade
Em certas ocasiões
Só pela força dos dons
Um cego canta perfeito
Toca bem, sabe dançar
E alerta para se dar
Um basta no preconceito.

Demonstrar fraternidade
Para o deficiente
É aceitá-lo, incluí-lo
Pra viver socialmente
Devendo ser bem tratado
E por todos respeitado
Igual a gente sadia
Todos devem entender
Ele merece viver
A sua cidadania.

Se alguém é excluído
Porque é deficiente
É vítima de quem pratica
Tal ato tão indecente
Quem faz isso é bom que vá
Refletir e vê que está
Praticando um grande mal
Para isso ter um fim
Dê as pessoas assim
Atenção especial.

Toda pessoa sadia
Deve ter a consciência
Para amar e respeitar
Quem possui deficiência
Que bem tratado, se alegra
Se anima e se integra
Não recua, se aproxima
Da vida em sociedade
Encontra a felicidade
E adquire autoestima.

Vejam Clodoaldo Silva
Paraplégico campeão
Várias medalhas de ouro
Já ganhou em natação
Outros exemplos existem
De pessoas que persistem
De norte a sul do país
Que mesmo estando em fracasso
Lutam e buscam espaço
Para uma vida feliz.

Autor: Zé Bezerra

sexta-feira, 22 de maio de 2009

VIOLÊNCIA SEXUAL DE CRIANÇAS E ADOLESCENTES

O abuso sexual
Acontece com frequência
Essa grave violência
No mundo é um grande mal
Adolescentes, crianças
Perdem suas esperanças
Quando assim são agredidas
Sendo as vítimas mais frequentes
Crianças e adolescentes
Precisam ser protegidas.

Precisa haver no Brasil
Um combate mais geral
À violência sexual
Infantil e Juvenil
Sociedade organizada
Precisa estar antenada
A essa situação
Combatendo a cada dia
O tráfico, a pornografia
Estupro e exploração.

É direito da criança
Também do adolescente
Ter vida digna decente
Com apoio e segurança
Se tem defesa legítima
Não deve estar sendo vítima
De um tarado anormal
Que lhe provoca tormento
Pelo brusco sofrimento
Da violência sexual.

Direitos fundamentais
O Estatuto assegura
A Lei é clara e procura
Dar garantias legais
Porém o que acontece
Muita gente não conhece
Desse estatuto os efeitos
Por isso há tanta criança
No mar da desesperança
Sem saber dos seus direitos.

Os Conselhos Tutelares
O Juizado da Infância
Não devem medir distância
Fazendo chegar aos lares
Daqueles adolescentes
E de crianças carentes
Proteção especial
Defendendo-os com urgência
Dos atos de violência
E de abuso sexual.

Outros devem se envolver
Como as instituições
Escolas, religiões
Os que estão no poder
Militares e civis
Do norte ao sul do país
Toda a sociedade
Denuncie em alta voz
Enfim é de todos nós
A responsabilidade.

Autor: Zé Bezerra

domingo, 10 de maio de 2009

MÃE: GUARDIÃ DA VIDA

Mãe no seu ventre concebe
Um ser que irá nascer
Dentro dela vai crescer
E todo afeto recebe
Assim que ela percebe
Que o fato se consolida
Quando sente que engravida
Emocionada revela
Porque já sabe que ela
É a guardiã da vida.

No seu ventre, o embrião
É a semente plantada
Que após ser fecundada
Vai tendo transformação
Durante a gestação
A mãe se sente abatida
Com a barriga crescida
Cansaço e enjoo sente
Porque daí para frente
É a guardiã da vida.

Por nove meses conduz
O filho em suas entranhas
Sente contrações tamanhas
Já prestes a dar a luz
A dor do parto traduz
A chegada inesquecida
Do ser que faz investida
Para no mundo viver
E ela ali com prazer
É a guardiã da vida.

Agora tem que cuidar
Desse ser recém-nascido
Tão frágil, mas tão querido
Que ela quer tanto amar
Cuidando de amamentar
Por seis meses em seguida
Incorpora à sua lida
Prazeres e sofrimentos
Que em todos os momentos
É a guardiã da vida.

Para onde ela for
No lugar que estiver
A mãe é sempre a mulher
Mais revestida de amor
Na alegria e na dor
Está pronta e decidida
Se acaso for ofendida
Com ternura ela perdoa
Que mãe carinhosa e boa
É a guardiã da vida.

É atriz protagonista
É a mestra titular
É a rainha do lar
É a principal da lista
É artesã e artista
É a dama preferida
É uma joia polida
É um brilhante bem caro
É da família o amparo
É a guardiã da vida.

Autor: Zé Bezerra

quinta-feira, 7 de maio de 2009

DINA NÃO TOMA VACINA

Alexandrina Soares
Mais conhecida por Dina
Com sessenta e oito anos
Essa mulher nordestina
Mostra vários argumentos
Para não tomar vacina.

Segundo ela, a gripe
Não é como meningite
Nem aftosa no gado
Nem poliomielite
Ela só dá com o tempo
Não há vacina que evite.

Ela também explicou
Que a sogra de Dorgival
Tomou vacina pra gripe
Teve febre, passou mal
E ficou dezoito dias
Gripada no hospital.

Contou que seu Argemiro
Assim que foi vacinado
Adoeceu de virose
Passou um mês internado
Teve uma tosse tão forte
Que o pulmão ficou manchado.

E a velha Maria Antônia
Uma cunhada de Dina
Adoeceu de repente
Quando tomou a vacina
Parece que a coitada
Está com a gripe suína.

Dina ainda denuncia
Que seu primo Zé Cardoso
Ao vacinar-se pegou
Um bronquite perigoso
Tossiu tanto que findou
Morrendo tuberculoso.

Depois disse o que se deu
Com a sua tia Joana
De oitenta e cinco anos
Dançava e bebia cana
Só foi tomar a vacina
Morreu na outra semana.

Concluindo o seu relato
Ela afirma revoltada
Que esta vacina é
Uma estratégia malvada
Para o governo aos poucos
Dá um fim na velharada.

Caro leitor não se assuste
Preste atenção, veja bem
Tudo o que Dina falou
Não amedronta ninguém
Que ela é ignorante
E mente muito também.

Nada disso foi verdade
Você pode confiar
Quem tem de sessenta acima
Deve a vacina tomar
E nas mentiras de Dina
Não dá para acreditar.

Pode alguém domar pantera
Mas a Dina ninguém doma
Preconceito, ignorância
Ela tem em alta soma
É dessas que não atende
Nem ao Papa de Roma
Pode vir médico em equipe
Se for vacina de gripe
Dina morre mas não toma.


Autor: Zé Bezerra

sexta-feira, 1 de maio de 2009

PARABÉNS TRABALHADORES

Neste primeiro de maio
Reconhecimentos vários
Devem ser manifestados
A todos os operários
Desde o mais subordinado
Até o mais graduado
Todos tem os seus valores
Em toda e qualquer paragem
São dignos de homenagem
Parabéns Trabalhadores.

Trabalhadores merecem
Maior valorização
Apreço, apoio e respeito
Elogio e gratidão
Tendo ou não tendo sucesso
Então sendo do progresso
Os impulsionadores
Em quaisquer classes ou níveis
Vocês são imprescindíveis
Parabéns Trabalhadores.

Artesãos, comerciários
Camelôs, comerciantes
Engraxates, vigilantes
Agentes comunitários
Garis, bibliotecários
Tratoristas, pescadores
Mecânicos, agricultores
Atendentes, enfermeiras
Domésticas e lavadeiras
Parabéns Trabalhadores.

Garçons e eletricistas
Motoboys, policiais
Barnabés, oficiais
Arquitetos, motoristas
Cabelereiros, frentistas
Magarefes, promotores
Peões, investigadores
Carcereiros, delegados
Juízes, advogados
Parabéns Trabalhadores.

Detetives, petroleiros
Almoxarifes, dentistas
Jornaleiros, jornalistas
Artistas, caminhoneiros
Mascates, médicos, pedreiros
Psicológos e pintores
ASGs, professores
Diretores, secretários
Técnicos, guardas e bancários
Parabéns Trabalhadores.

Alfaiates, costureiras
Farmacêuticos e gerentes
Contabilistas, agentes
Oleiros e sacoleiras
Garçonetes, cozinheiras
Repórteres e redatores
Controlistas, locutores
Motoqueiros, carroceiros
Seguranças e vaqueiros
Biscateiros e coveiros
Sapateiros e padeiros
Carteiros e mensageiros
Parabéns Trabalhadores.

Autor: Zé Bezerra

quinta-feira, 30 de abril de 2009

DEIXE A GRIPE NA SAUDADE

Você idosa ou idoso
Que descamba dos sessenta
Se a gripe lhe atormenta
Recuperar-se é custoso
Portanto é criterioso
Preserva-se em sua idade
Queira viver à vontade
Com descanso e plenitude
Para ter boa saúde
DEIXE A GRIPE NA SAUDADE.

Não tenha tempo a perder
Da campanha participe
Vacine-se contra a gripe
Cumpra com o seu dever
Faça isso com prazer
E responsabilidade
De espontânea vontade
Sem esperar por ninguém
Se quer mesmo viver bem
DEIXE A GRIPE NA SAUDADE.

Dê esse passo importante
Seja prudente no ato
Não dê ouvido a boato
De quem é ignorante
Pretensioso e pedante
Que espalha na cidade
Que a vacina na verdade
Piora a gripe na gente
Não dê cartaz a quem mente
DEIXE A GRIPE NA SAUDADE.

Quinze dias de campanha
Idoso não fique fora
Vá ao posto sem demora
Com isso você só ganha
Não tenha medo nem manha
Entenda a necessidade
a prevenção que a idade
Quer para a vida sadia
Evite a pneumonia
DEIXE A GRIPE NA SAUDADE.

Deixe a boa educação
Deixe o exemplo marcante
Deixe a paz ser constante
Deixe um aperto de mão
Deixe amor no coração
Deixe afeto e amizade
Deixe a terceira idade
Cheia de graça e virtude
Deixe o corpo com saúde
DEIXE A GRIPE NA SAUDADE.

Autor: Zé Bezerra

quarta-feira, 22 de abril de 2009

BRASIL DE TODOS OS BRASILEIROS

Este país começou
Por mãos de aventureiros
Quinhentos e nove anos
Faz que alguns estrangeiros
Aos índios deram suspense
Num Brasil que não pertence
A todos os brasileiros.

Eram todos portugueses
Sujeitos interesseiros
Logo causaram transtornos
Aos habitantes primeiros
Foram imbecis até
Neste Brasil que não é
De todos os brasileiros.

Amedrontaram os índios
Com eles sendo grosseiros
Apossaram-se das terras
Como se fossem herdeiros
Iniciou neste dia
O Brasil que não seria
De todos os brasileiros.

Os donos deste Brasil
São os grandes fazendeiros
São os latifundiários
Os empresários, os banqueiros
E os políticos do poder
Difícil é o Brasil ser
De todos os brasileiros.

Todos deviam ter chances
Excluídos, biscateiros
A classe trabalhadora
Desempregados, oleiros
Deus proteja e abençoe
O Brasil que nunca foi
De todos os brasileiros.

Neste 22 de abril
Amigos e companheiros
Se o país é desse jeito
Que nós sejamos ordeiros
Reforçando a utopia
Que o Brasil será um dia
De todos os brasileiros.

Autor: Zé Bezerra

terça-feira, 21 de abril de 2009

TIRADENTES E TANCREDO

Hoje o blog homenageia
Dois autênticos brasileiros
Vultos nobres dessa história
De ideais altaneiros
São atores desse enredo
TIRADENTES E TANCREDO
Dois imponentes mineiros.

Eles tinham entre si
Uma grande afinidade
Ambos de São João del Rei
Um histórica cidade
Além disso tinham mais
Em comum os ideais
De justiça e liberdade.

Esses dois homens viveram
Em épocas bem diferentes
No século dezoito foi
Que viveu o Tiradentes
Depois do século seguinte
Tancredo no século vinte
Revelou-se entre os viventes.

Tiradentes foi na forca
Morto sem dó nem clemência
Tornou-se mártir porque
Lutou pela independência
Tancredo se elegeu
Presidente mas morreu
Sem chegar à presidência.

Esses políticos notáveis
Orgulharam este Brasil
Pelo brio, o heroísmo
E o caráter varonil
Num mesmo Estado nasceram
Por coincidência morreram
Em vinte e um de abril.

Autor: Zé Bezerra

segunda-feira, 20 de abril de 2009

DESCASO E INCOMPETÊNCIA

Faço uso dos meus versos
Desta vez pra reclamar
Descontente, insatisfeito
Preciso denunciar
A CAERN inoperante
Que está a todo instante
Nos tirando a paciência
Por incontáveis motivos
Com seus qualificativos
Descaso e incompetência.

Quando no ano dois mil
A cidade de Patu
De água era abastecida
Da barragem de Assu
Toda a população
Vibrou com a solução
De um problema de carência
Tudo transcorria bem
Não se imaginava em
Descaso e incompetência.

Há dois anos na cidade
A falta d'água é constante
Sem o abastecimento
O povo sofre bastante
Parece até uma praga
Vem a conta ninguém paga
Há revolta e turbulência
Pela água que não vem
Que na CAERN só tem
Descaso e incompetência.

Quanta água há na barragem
Fonte distribuidora
Será que o líquido evapora
Nos tubos da adutora?
Se a água não chega não
São os motores que são
Desprovidos de potência?
Não é nada disso, gente!
Aqui só há realmente
Descaso e incompetência.

Na maioria dos bairros
A água não aparece
Com carro pipa ou carroça
O povo se abastece
Assim o produto é raro
E se torna muito caro
Pela insuficiência
Da CAERN em seu serviço
Por falta de compromisso
Descaso e incompetência.

Os desmandos continuam
Vê-se que não são estanques
Há promessa demagógica
De políticos nos palanques
Mas nenhum passo foi dado
Vive o povo revoltado
Com a grande negligência
Pois não há quem não se oponha
A essa pouca vergonha
Descaso e incompetência.

Autor: Zé Bezerra

domingo, 19 de abril de 2009

IGUAIS E DIFERENTES

Lembremos o aborígene
O índio, esse nosso irmão
O habitante primeiro
Origem dessa nação
Uma poderosa raça
Que não pensava em desgraça
E vivia plenamente
Em tribos socialistas
Aos seus antagonistas
SENDO IGUAL E DIFERENTE.

Esses povos no começo
Do Brasil, eram milhões
Porém foram dizimadas
As suas populações
Só há hoje no Brasil
Duzentos e trinta mil
Como a soma é decrescente!
E ninguém olha o porquê
Pois o branco não o vê
COMO IGUAL E DIFERENTE.

O índio é pelo branco
Bastante discriminado
De burro e de preguiçoso
Foi e ainda é tachado
Há gente branca ingrata
Que ao índio destrata
Como se não fosse gente
Que tivesse vez e voz
Ele a cada um de nós
É IGUAL E DIFERENTE.

O índio nos dá exemplo
De luta e de união
De bravura, de respeito
E de organização
Se arma e declara guerra
A alguém que estraga a terra
E agride o meio ambiente
Ele tem cidadania
Seu senso de ecologia
DO NOSSO É BEM DIFERENTE.

É nobre sua cultura
E religiosidade
É autêntico seu estilo
De vida em comunidade
O branco desde o passado
Só tem lhe prejudicado
Mas o índio é consciente
E demonstra do seu jeito
Que respeita e quer respeito
COMO IGUAL E DIFERENTE.

Hoje no dia do índio
A nossa reflexão
Se constitui em mensagem
De conscientização
Ouçamos do índio a voz
Reconheçamos que nós
Somos dele descendentes
E reconheçamos mais
Que a ele somos iguais
PORÉM TAMBÉM DIFERENTES.

Autor: Ze Bezerra

sábado, 18 de abril de 2009

Sorria, mesmo que a vida às vezes lhe diga não

Para todos, o sorriso
Tem valor incomparável
Seu efeito é agradável
Da alegria é aviso
Das coisas do paraíso
Nos traz uma sensação
Suaviza o coração
Deixa a alma enternecida
Sorria, mesmo que a vida
Às vezes lhe diga não.

Se você se desanima
De tudo quer desistir
Mas basta você sorrir
O prazer se aproxima
Chega junto a autoestima
A força, a motivação
E sua indisposição
Já fica diminuída
Sorria, mesmo que a vida
Às vezes lhe diga não.

Quando a rotina aborrece
Lhe causando mau-humor
Sorria que o dissabor
Aos poucos desaparece
Amenizando o estresse
E a insatisfação
A paz em seu coração
Logo é restabelecida
Sorria, mesmo que a vida
Às vezes lhe diga não.

Mesmo que a vida lhe traga
Enormes dificuldades
Frente às adversidades
Se o infortúnio lhe esmaga
E em sua frente se apaga
Focos de iluminação
Mesmo na escuridão
Se alegre, faça investida
Sorria, mesmo que a vida
Às vezes lhe diga não.

O sorriso contagia
Ao nosso espírito bendiz
Nosso ego é mais feliz
Manifestando alegria
Bom é sorrir todo dia
Dando ao prazer expansão
Porque mágoa e aflição
Deixam a alma ferida
Sorria, mesmo que a vida
Às vezes lhe diga não.

Sorria sempre e não tema
O desafio que avança
Encha-se de esperança
Ao enfrentar o dilema
Pois você não é problema
Você é a solução
Deus segura em sua mão
E a vitória é garantida
Sorria, mesmo que a vida
Às vezes lhe diga não.


Autor: Zé Bezerra

sexta-feira, 17 de abril de 2009

DE VOLTA AO SERTÃO CABOCLO

Estimados internautas
Notaram a minha saída?
Pois é, fui forçado a isso
Dando uma escapulida
Mas felizmente voltei
Para dar sinal de vida.

Um problema de saúde
Afastou-me da jornada
Mesmo sendo contra gosto
Eu dei uma recuada
Para ficar esses dias
Parado sem fazer nada.

Devido o mal-estar
E a indisposição
Não lia, não escrevia
Não buscava inspiração
E o blog foi ficando
Sem atualização.

Depois de justificar
Essa temporada ausente
Retorno ao Sertão Caboclo
Pra deixá-lo mais presente
Mais dinâmico e recheado
De verso, rima e repente.

Autor: Zé Bezerra

terça-feira, 31 de março de 2009

NOS BASTIDORES DAS CASAS

Nos bastidores das casas
Muitas coisas acontecem
Fatos diversificantes
Em repercussão não crescem
Tudo fica entre as paredes
Os de fora não conhecem.

Há numa casa uma jovem
Que tem aparência bela
Emprega todo o seu tempo
Em internet e novela
Nunca sai, por isso o povo
Não sabe a existência dela.

Em outra há um rapaz
Sempre num quarto trancado
Interagindo por tela
Com alguém do outro lado
Até do povo de casa
Prefere estar isolado.

E a filha única que sofre
Dentro de um apartamento
Cuidando dos pais doentes
Sem ter descanso um momento
Não consegue partilhar
Com ninguém o sofrimento.

Já em outra casa um moço
Com a alma dolorida
Passa a noite sem dormir
Só pensando na querida
Que foi embora e não deu
Mais nenhum sinal de vida.

O casal que à noite tem
Obrigação de brigar
Só faz isso em altas horas
Que é para evitar
A vizinhança de ouvir
E os filhos não acordar.

Quatro paredes também
Estão para abrigar
Aquele ébrio inditoso
Que chega tarde do bar
E a sofredora esposa
Em silêncio, o deixa entrar.

Em algumas moradias
Surgem lamentáveis fatos
Ocultamente acontecem
Humilhações e maus-tratos
Roubos, assaltos, torturas
Suicídios, assassinatos.

Mas há casa em que o bem
É jardim cheio de flor
Predomina o amor mútuo
Reina a paz interior
Em surdina há belas cenas
Apaixonantes de amor.

Assim são os bastidores
Das moradas das pessoas
Se o bem nas famílias fosse
Reino de muitas coroas
Imperando os querubins
Sumiam as coisas ruins
Só havia coisas boas.



Autor: Zé Bezerra

domingo, 22 de março de 2009

SEM ÁGUA NÃO HÁ VIDA

Este 22 de março
Pela ONU decretado
Dia Mundial da Água
Deve ser comemorado
Com muita divulgação
A conscientização
Precisa ser expandida
Para a água ser mantida
Mais pura e que não acabe
Já que todo mundo sabe
Que sem água não há vida.

O solvente universal
A todos indispensável
Esse precioso bem
Para a vida é sustentável
Mas por muitos mal usada
É sempre disperdiçada
Estragada e poluída
Com muitos rios morrendo
Quem causa isso é sabendo
Que sem água não há vida.

Corre risco de escassez
No mundo a água potável
Porque é manipulada
De maneira irresponsável
Vê-se com constrangimento
Crise de abastecimento
Água mal distribuída
E de qualidade ruim
Não devia ser assim
Que sem água não há vida.

Deve a água ser usada
Com racionalidade
Ser por todos preservada
Em qualquer localidade
E a água de beber
Bem tratada deve ser
Antes de ser consumida
Para a saúde convém
Usemos bem esse bem
Que sem água não há vida.

quinta-feira, 19 de março de 2009

ESMOLA PRA SÃO JOSÉ

Tem certas coisas seu moço
Que de bom gosto eu não faço
É dá esmola a quem pede
Com santo embaixo do braço.

Pois eu acho que os santos
Não tem muita precisão
Afinal eu nunca vi
Um santo comer feijão.

Mas por arte de pecado
Ou por minha pouca fé
Todo dia lá em casa
Passa um velho andando a pé
Por sinal muito feliz
Chega em minha porta e diz
Esmola pra São José!

E o diabo da mulher
Que é muito da alcoviteira
Nunca vi uma mulher
Que não seja rezadeira
Adquire um tanto ou quanto
Corre vai dá ao santo
Pra o velho fazer a feira.

Muitas vezes logo cedinho
Se eu vou tomar o café
Quando dou fé o grito
Esmola pra São José!

Isto foi me enchendo o saco
Cada dia enchendo mais
Um dia cheguei em casa
Com a braguilha pra trás.

Sentei num sepo de pau
Tomei uma de rapé
E ouvi a voz lá na porta
Esmola pra São José!

E para dar a esmola
A mulher se remexeu
Mas eu lhe gritei não vá
Pois quem vai hoje sou eu.

Quando eu cheguei na porta
O velho teve um espanto
E eu disse vá trabalhar
Que eu não dou esmola a santo.

Troque o santo numa enxada
Deixe de ser preguiçoso
Pois santo não quer esmola
Deixe de ser presunçoso.

O velho me olhou e disse:
- Que São José te perdoe
E se Deus tiver ouvindo
Quero que ele te abençoe.

E que cubra tua casa
De paz, amor, união
Sossego, prosperidade
Conforto e compreensão.

E se um dia o senhor
Precisar deste velhinho
Ele não mora tão perto
E eu lhe ensino o caminho.

Fica no sítio Cauã
Onde já morou meu pai
A direita de quem vem
A esquerda de quem vai.

Se um dia o senhor passar
Por ali com precisão
De fome o senhor não morre
Também não dorme no chão.

Quando o velho disse aquilo
Eu senti naquele instante
Como se eu fosse uma formiga
Sob os pés de um elefante.

Tava com as pernas tremendo
Digo e não peço segredo
Que o velho deu-me uma pisa
Sem me tocar com o dedo.

Eu com tanta ignorância
Ele tanta mansidão
Fez eu pagar muito caro
A falta de educação.

Então naquele momento
Eu gritei por Salomé
Mandei trazer pra o velhinho
Uma xícara de café
E contando a grana minha
Só vinte reais eu tinha
Dei todinho a São José.

Autor: Zé Laurentino
(OBS.: Houve algumas modificações na linguagem por se tratar de um poema matuto.)

sábado, 14 de março de 2009

EXALTAÇÃO À POESIA

És a deusa sublime encantadora
Das cabeças pensantes, predileta
Magnânima vertente inspiradora
Acalanto dos sonhos do poeta.

És um fogo que queima a todo instante
Aguçando a criatividade
Produzindo um calor energizante
Que aquece a sensibilidade.

Arte bela, arte pura e expoente
Dos segredos da imaginação
Sensação virtual que a alma sente
No enlevo febril da inspiração.

O encanto da poesia engrandece
A qualquer reação de um sentimento
A sua sensação restabelece
O vazio amargor do sofrimento.

Sem ela não se tinha descoberto
A música, a sonora, a melodia
O mundo era mais seco que um deserto
Se ninguém cultivasse a poesia.

Pois se não existisse a poesia
Essa raça humana era carente
A ciência no mundo não crescia
Não havia ninguém inteligente.

Santa musa impoluta que define
Os infindos enigmas do porvir
Mesmo que todo o cosmo se termine
Ela continuará a existir.

Autor: Zé Bezerra

domingo, 8 de março de 2009

O BESOURÃO DE FERRO

Dia primeiro de março
Foi de fato e de direito
Em Patu houve de novo
Eleição para prefeito
Várias polícias vieram
Dar tranquilidade ao pleito.

Uma viatura aérea
Foi a grande novidade
Um helicóptero das forças
Da segurança, é verdade
Já no dia anterior
Sobrevoava a cidade.

Ao fazer os sobrevoos
Prestando um grande serviço
O povo que aqui não é
Acostumado com isso
Saiu às ruas pra vê-lo
E era grande o rebuliço.

Gente de várias idades
Saía em disparada
Velhas tremendo de medo
Tropeçavam na calçada
Enquanto muitas crianças
Choravam com a zoada.

Durante esses dois dias
De ruas movimentadas
Se as cozinhas ficaram
Quase que abandonadas
Houve como resultado
Muitas comidas queimadas.

Em meio a esse clima
De barulho e alvoroço
Para um casal de idosos
O aperreio foi grosso
Ela amarelou e ele
Deu na barriga um destroço.

Trata-se de Dona Alice
E Seu Pedro Milanês
Ela com oitenta anos
Ele com oitenta e três
E esse tal de helicóptero
Viram a primeira vez.

Pedro escutou um barulho
Que vinha se aproximando
Disse: – Alice se prepare
O mundo tá estrondando
E parece que a serra
De Patu vem desabando.

Olhando pela janela
Avistaram afinal
Aquele bicho voando
Com um barulho infernal
Alice quase desmaia
E foi parar no hospital.

E depois de medicada
Ela pra casa voltava
Pedro que tinha ficado
Já destemperado estava
Com disenteria forte
Quase não se segurava.

No outro dia os dois
Tinham pequena melhora
Fizeram preces a Deus
Rogaram a Nossa Senhora
Para aquela fera horrível
Voar pra longe, indo embora.

Seu Pedro achava que fosse
Manobras de Belzebu
Já Dona Alice julgava
Vendo aquele sururu
Que era Deus castigando
O povo ruim de Patu.

Sobre o helicóptero, eles
Não tiveram explicação
Viram o bicho de ferro
Disseram: – É um besourão
Que é muito parecido
Com o “cavalo do cão”.

Sem saber nada de “etê”
Nem de disco voador
Disse o velho: – Se ele voa
É um anjo tentador
Disse a velha: – É o demônio
Que tentou Nosso Senhor.

Finalizando a polícia
A missão especial
Foi então que o helicóptero
Retornou à Capital
E a população voltou
Ao dia-a-dia normal.

Já em plena calmaria
Pedro diz: – Como eu sofri
Estando forte e sadio
De repente adoeci
Alice diz: – Nos dois dias
Não comi e nem dormi.

Por fim os dois suplicaram:
– Ó Deus Pai onipotente
Fazei que esse besourão
Vá pra outro continente
E nunca mais venha aqui
Tirar o sossego da gente.

~*~*~*~*~*~*~*~*~*~

Autor: Zé Bezerra

sábado, 7 de março de 2009

TIRO O CHAPÉU PRA MULHER

A cada dia evolui
Na mulher sua grandeza
É ser nobre que possui
Inteligência e beleza
Conforme a realidade
Tem a sensibilidade
De agir como puder
Por ser amada e amante
E ter coração vibrante
TIRO O CHAPÉU PRA MULHER.

Tem a marca registrada
Do carinho e do amor
Obra prima modelada
Pelas mãos do Criador
Homem e mulher são feitos
Com deveres e direitos
Bem iguais como Deus quer
Por ela ser escolhida
Pra ser guardiã da vida
TIRO O CHAPÉU PRA MULHER.

Pela mulher que é roceira
E luta de sol a sol
A doméstica, a lavadeira
E juíza de futebol
A mãe de filhos sem pai
Que cedo de casa sai
Para um trabalho qualquer
A fim de ter um sustento
Pela garra e sofrimento
TIRO O CHAPÉU PRA MULHER.

Em muitos ramos é craque
Com talento e visão crítica
Cada vez mais é destaque
Nas artes e na política
E a mulher professora
Essa é merecedora
Do melhor título que houver
No ventre, a vida ela traz
Por tudo que é e faz
TIRO O CHAPÉU PRA MULHER.

Autor: Zé Bezerra

domingo, 1 de março de 2009

QUANDO TIVER CONCORRENTE / A TIM MELHORA O SERVIÇO

Pouco tempo faz que a TIM
Chegou à nossa cidade
Era a boa novidade
Que se esperava enfim
Porém não foi bem assim
Ninguém não pensava nisso
Que a TIM fizesse isso
Desgostando muita gente
Quando tiver concorrente
A TIM melhora o serviço.

Quando outra companhia
Vier para concorrer
A TIM poderá fazer
Bom trabalho todo dia
Mantendo a telefonia
Com cuidado e compromisso
Dando um basta em tudo isso
Que ocorre atualmente
Quando tiver concorrente
A TIM melhora o serviço.


Os celulares estão
Vez por outra emudecidos
Os transtornos são sentidos
Por toda a população
Há muita reclamação
Por esse descompromisso
O povo não gosta disso
Quer trabalho eficiente
Quando tiver concorrente
A TIM melhora o serviço.

Quando houver competição
O descaso vai ter fim
Aqui em Patu a TIM
Terá boa atuação
Aumentará promoção
Porque o povo quer isso
O seu maior compromisso
Vai ser servir toda a gente
Quando tiver concorrente
A TIM melhora o serviço.


Autor: Zé Bezerra

terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

MATUTO NO AVIÃO

Tem nordestino que nunca
Quer sair do seu lugar
Prefere estar em seu canto
Não acha bom passear
Por ser tímido e reservado
É difícil viajar.

Zé Capiau é um desses
Matutos lá do sertão
Que nunca saiu do sítio
Nem andou na região
Mas um dia teve a sorte
De viajar de avião.

Ele foi surpreendido
Imaginem o porquê
Ao jogar na “Telessena”
Soube através da Tevê
Que foi sorteado e tinha
Que ir ao S.B.T.

Ficou tremendo e nervoso
Quando passou a saber
Que precisava ir lá
Para o prêmio receber
E se deixasse de ir
Era na certa perder.

Cento e trinta mil reais
Era o valor do bolão
Mais hospedagem e passagem
Ida e volta de avião
Não deu pra Zé Capiau
Resistir a tentação.

Deixou seu sítio “Vertente”
Sem nenhum acompanhante
Foi pra Natal numa “besta”
Sem achar nada importante
Pra de lá pegar um voo
Pra capital bandeirante.

Chegando ao aeroporto
Zé ficou sem ter ação
Sentiu na sua cabeça
Uma grande confusão
Por não saber como era
Que pegava o avião.

Felizmente um guarda viu
Ele muito aperreado
Comoveu-se e ajudou-o
Dele ficou sempre ao lado
Só o deixando depois
Do “boeing” ter decolado.

Assim que o avião
Foi começando a subir
Zé sentiu um suor frio
Notou o sangue fugir
Mesmo preso pelo cinto
Tinha medo de cair.

Zé sentia tanto medo
O tempo todo a tremer
Ora pensava na vida
Ora pensava em morrer
Deu vontade de mandar
Parar pra ele descer.

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Quando o avião estava
A dez mil metros de altura
Os outros soltaram os cintos
Zé arrochou a cintura
Dizendo: – Se eu me soltar,
Caio e ninguém me segura.

Moças serviam a bordo
Saborosa refeição
Zé olhou para a comida
Disse: – Pra mim, isso não!
Eu quero tripa de porco,
Farinha, arroz e feijão.

Não havia esse cardápio
Então Zé pediu somente
Água, que veio tão gelada
Que Zé gritou descontente:
– Essa desgraça só veio
Pra magoar o meu dente.

Danou-se o dente a doer
E ele quase a chorar
Dizia: – Ah se eu tivesse
Um “cachete” pra tomar!
Quando escutou uma voz
Pelo som anunciar.

“Muita atenção passageiros
Queiram o cinto apertar
A aeronave prepara-se
Para agora aterrissar.”
Zé apertou mais e disse:
– Meu bucho vai estourar.

Nisso o avião pousava
Num voo muito perfeito
Zé desceu tremendo as pernas
E disse estufando o peito:
– Nunca pensei que São Paulo
Fosse perto desse jeito!

Assim que pisou na pista
Sentia dor de ouvido
O dente ainda doía
E ele todo entanguido
Pela equipe do Sílvio
Foi a um hotel conduzido.

No outro dia após ter
Mostrado as credenciais
Sílvio Santos deu-lhe em cheque
Cento e trinta mil reais
Mas voltar de avião
O Zé não aceitou mais.

Num ônibus superlotado
Zé regressou bem contente
Três dias com duas noites
Num desconforto evidente
Mas sem reclamar de nada
Chegou de volta a “Vertente”.

Com a grana que ganhou
Melhorou de condição
Comprou gado, comprou terra
E um carro velho a bujão
Agora gosta de andar
Só não quer ouvir falar
Em viagem de avião.

Autor: Zé Bezerra

domingo, 22 de fevereiro de 2009

BRINQUE O CARNAVAL DA PAZ

Faça a organização
Do bloco com a família
Evite qualquer quizília
Tenha espírito de união
Com Deus em seu coração
Alegre-se de verdade
Acredite na bondade
Das coisas que o amor faz
Brinque o carnaval da paz
No bloco "Felicidade".

Logo no primeiro dia
O bloco esteja formado
Cada folião dopado
De amor e alegria
E o brilho da fantasia
Seja de fraternidade
Produzindo de amizade
Efeitos especiais
Brinque o carnaval da paz
No bloco "Felicidade".

Completo de bom humor
Vá sambando e se alegrando
Vá dançando e abraçando
Seu próximo, seja quem for
Ao trio elétrico do amor
Vá seguindo sem maldade
Dê toda oportunidade
Pra todos serem iguais
Brinque o carnaval da paz
No bloco "Felicidade".

Sempre de bem com a vida
Sem dolo, sem preconceito
Trate todos com respeito
Não se exceda na bebida
No clube, na avenida
E nas praças da cidade
Divirta-se à vontade
Que assim é bom demais
Brinque o carnaval da paz
No bloco "Felicidade".

No ritmo da esperança
Na batucada da fé
Sambe na ponta do pé
Com carinho e temperança
Ponha em Deus a confiança
Pule com civilidade
Busque oportunidade
De orar pelos demais
Brinque o carnaval da paz
No bloco "Felicidade".

No sábado de Zé Pereira
Comece num ritmo bom
No embalo do "Chalon"
Brinque até na terça -feira
Não se meta em bebedeira
Mantenha a sobriedade
Zele a sua liberdade
À droga não dê cartaz
Brinque o carnaval da paz
No bloco "Felicidade".

Autor: Zé Bezerra