sábado, 27 de maio de 2017

A FEBRE DA POESIA















A febre da poesia
Revoluciona a mente
O pensamento estremece
Num barulho que parece
Um rio com forte enchente.

Com mais criatividade
Brilha a imaginação
Pela força dos sentidos
Neurônios são aquecidos
Nas chamas da inspiração.

Ideias geram palavras
Palavras constroem versos
Que das estrofes são laços
Para ocuparem espaçoa
Nos lugares mais diversos.

Os poemas que são feitos
Trazem boa aprendizagem
E informação completa
Ao bom leitor que interpreta
O contexto da mensagem.

A forma, o estilo, o gênero
O eu lírico, a fantasia
Vão dando vida a cultura
Em uma literatura
Imersa na poesia.

Autor: Zé Bezerra

sexta-feira, 26 de maio de 2017

OLHANDO O ROSTO DE DEUS






















Eu identifico o rosto
Do Santo Deus Jeová
Na pessoa que está
Sofrendo grande desgosto
No indivíduo indisposto
Que apresenta sinais
De medo e falta de paz
Abandonado dos seus
Enxergo o rosto de Deus
Naqueles que sofrem mais.

Nos idosos desprezados
Pelos seus familiares
Os que só vivem nos bares
Na bebida viciados
E os que vivem drogados
Da morte correndo atrás
Porque os casos letais
Surgem pelos atos seus
Enxergo o rosto de Deus 
Naqueles que sofrem mais.

Crianças, adolescentes
Sem pátria, sem lar, sem nome
Vítimas da guerra e da fome
Extremamente carentes
Desnutridos e doentes
Muitos sem mães e sem pais
Pra esses o amor jaz
Deram à esperança adeus
Enxergo o rosto de Deus
Naqueles que sofrem mais.

Nos que estão acometidos
De doenças incuráveis
Com dores insuportáveis
Anêmicos,enfraquecidos
E os que são excluídos
Das camadas sociais
Muitos que sofrem demais
Sejam crentes ou ateus
Enxergo o rosto de Deus 
Naqueles que sofrem mais.

Autor: Zé Bezerra

quarta-feira, 24 de maio de 2017

QUESTÃO CLIMÁTICA
















Num sertão que chove pouco
É alta a temperatura
Com pouca agricultura
Colheita pouca também
Como só chove algum dia
É motivo de alegria
Na hora que a chuva vem.

No clima do semiárido
Veranicos são frequentes
Não há registros de enchentes
Falta dágua não tem fim
Aumentando os desenganos
Já vão passando seis anos
Que os invernos são assim.

Daqueles agricultores
Que plantaram seus terrenos
A colheita é mais ou menos
Pelos campos do sertão
Há pasto aqui, acolá
Mas a falta d'água está
Sendo a preocupação.

Com muitos açudes secos
Uns que nem meios ficaram
Os meses que já passaram
Só com chuva intermitente
Se assim continuar
Mais seco inda vai ficar
O sertão quente da gente.

Como a questão é climática
Devemos buscar e ter
Meios para conviver
Esperando em Deus divino
As boas transformações
Trazendo invernos bons
Para o sertão nordestino.

Autor: Zé Bezerra

sexta-feira, 19 de maio de 2017

CENÁRIOS NATURAIS

















Vendo os raios do sol da cor de ouro
E o brilho da lua cor de prata
Vendo a fúria da água em correnteza
Espumando ao descer na catarata
Se espalha veloz de serra abaixo
Seu barulho estrondoso afronta a mata.

É quebrado por bela serenata
O silêncio da alta madrugada
Com a sonoridade inebriante
Do cantar matinal da passarada
Num coral natural e bem regido
Que encanta cantando a alvorada.

Uma nuvem redonda amarelada
Aparece depois do anoitecer
Em seguida o reflexo do relâmpago
E o trovão começando estremecer
Meia hora depois a  chuva chega
Molha o chão, faz o mato enverdecer.

Deixa o ego abastado de prazer
Todo o belo que a natureza traz
Isso encanta o olhar de quem avista
Desde a terra aos espaços siderais
É bastante agradável para todos
Contemplar os cenários naturais.

Autor: Zé Bezerra



quarta-feira, 17 de maio de 2017

CARÊNCIA DE PAZ














São tantas desigualdades
Tantos desentendimentos
Nos diversos segmentos
Muitas adversidades
Devido a tantas maldades
Tantos fatos cruciais
A violência é demais
Tornou-se um mal infinito
O mundo está em conflito
Pela carência de paz

A desumanização
A escassez de amor
Muitos atos de terror
Causando destruição
Numa digladiação
Que não se acaba mais
De seres racionais
Que têm um ódio irrestrito
O mundo está em conflito
Pela carência de paz.

Acontecem todo dia
Ameaças, desacatos
Chacinas, assassinatos
Tiroteio, tirania
Massacre, selvageria
Nas guerras oficiais
Dos STATES e seus rivais
Da Síria até o Egito
O mundo está em conflito
Pela carência de paz.

Falta solidariedade
Em todo canto há intriga
Desentendimento e briga
Inveja e inimizade
Poucos fazem caridade
Muitos são entes brutais
Mais que irracionais
Com um instinto maldito
O mundo está em conflito
Pela carência de paz.

Há assalto a todo instante
Porque falta segurança
Há latrocínio e vingança
Por ter tanto meliante
O medo é predominante
Dos descalabros letais
Realidade que traz
Triste efeito do delito
O mundo está em conflito
Pela carência de paz.

Cheio de fúria e sadismo
O homem mal é satânico
Cria desespero e pânico
Crueldade e terrorismo
O crescente banditismo
Desde os sítios às capitais
Fazendo cada vez mais
O povo viver aflito
O mundo está em conflito
Pela carência de paz.

Autor: Zé Bezerra

terça-feira, 9 de maio de 2017

AMANHECER & ANOITECER


















Tua fisionomia
O teu olhar reluzente
Tua conversa atraente
Teu brilho, tua alegria
O teu sorriso irradia
Ternura, luz e prazer
Este teu jeito de ser
O teu canto, a tua voz
Tua presença entre nós
Parece um amanhecer.

Teu papel anticristão
Tua crise de moral
Tua tendência pra o mal
Só causa insatisfação
Tua incompreensão
Te impede de saber
E melhor compreender
O bom da vida o que é
A tua falta de fé
Parece um anoitecer.

Tua força de vontade
O teu perfil, teu talento
Este teu conhecimento
Teu carinho e amizade
Tua personalidade
A forma de conviver
Como sabes acolher
Qualquer pessoa excluída
O teu exemplo de vida
Parece um amanhecer.

Tua forte ignorância
Teu volume de defeitos
A soberba, os preconceitos
O orgulho, a arrogância
A falta de tolerância
A ganância pelo ter
A mania de querer
Ser melhor e narcisista
Prepotente e egoísta
Parece um anoitecer.

Apraz o teu bom humor
Tua calma, tua paz
Teu carisma, teu cartaz
O teu jeito acolhedor
Teu conceito, teu valor
O teu cuidado em fazer
O que é bom acontecer
Com gosto e com confiança
Tua firme liderança
Parece um amanhecer.

Teus atos irresponsáveis
Omissão e imprudência
A tua incompetência
Teus estresses incuráveis
Teus feitos desagradáveis
Levando alguém a sofrer
Querendo se engrandecer
Com mentira e enrolada
Esta tua vida errada
Parece um anoitecer.

Autor: Zé Bezerra




quinta-feira, 4 de maio de 2017

DITADURA & LIBERDADE

Quando alguém está aberto
Ao diálogo e ao debate
Não pensa dar xeque-mate
Dá outra oportunidade
A quem tem necessidade
De sair da rota escura
Distante da ditadura 
E perto da liberdade.

Quem não quer ser mais que os outros
E a soberba não pratica
Quem arrogante não fica
Quem possui simplicidade
Munido de alteridade
Servir ao outro procura
Distante da ditadura
E perto da liberdade.

Se a pessoa se mantém
Firme na crença divina
Ao próximo não discrimina
A todos tem amizade
Age com seriedade
Com gentileza e ternura
Distante da ditadura
E perto da liberdade.

Se da paz é promovente
E vive a cidadania
Lidera com maestria
Dentro da comunidade
Tem responsabilidade
Tem moral e tem lisura
Distante da ditadura
E perto da liberdade.

Aquele que não oprime
Não desacata e nem mente
Convive com o diferente
Preserva sempre a verdade
Mesmo com dificuldade
É firme a sua postura
Distante da ditadura
E perto da liberdade.

Autor: Zé Bezerra

terça-feira, 2 de maio de 2017

CHEIRO DO MATO

















É por demais agradável
Viajar pela floresta
Com o sol queimando a testa
Sem sentir nenhum maltrato
Tomando banho em regato
Vendo a luz dos pirilampos
Passeando pelos campos
Sentindo o cheiro do mato.

Pisando o barro vermelho
Se o período é chuvoso
Subindo em monte rochoso
Sutil igualmente um gato
Satisfazendo o olfato
Caminhando sem vexame
Passando em cerca de arame
Sentindo o cheiro do mato.

Na campina verdejante
A vegetação de inverno
Ganha o campo um novo terno
Num ambiente pacato
Os animais têm bom trato
É favorável a pastagem
Apraz olhar a paisagem
Sentindo o cheiro do mato.

É bom sentir o aroma
De aroeira e cumaru
Da flor do mandacaru
E a flor da erva- de -rato
Marmeleiro que é nato
Alfazema e jitirana
Dá pra passar a semana
Sentindo cheiro do mato.

Autor: Zé Bezerra