sexta-feira, 20 de novembro de 2020

NEGRITUDE








Viva o povo negro, esse povo irmão

Africanidade firme em atitude

Querendo autovalorização

Buscando espaços com a negritude.


Reivindicações pra que um dia mude

A forma imbecil dessa relação

De racismo torpe e preconceito rude

Falta de respeito e discriminação.


É preciso força pra seguir lutando

Se fortalecendo, se autoafirmando

Que um povo forte não se intimida.


Não temendo quedas e nem solavancos

Negros não devem ser menos que brancos

Negritude é garra, resistência e vida.


Autor: Zé Bezerra






segunda-feira, 16 de novembro de 2020

E A NOVA POLÍTICA?











Os paradigmas políticos

São difíceis de mudar

Seja no sul ou no norte

Aqui e noutro lugar

As velhas práticas de sempre

Estão a continuar.


Sempre as campanhas políticas

Deixam o povo dividido

Há briga entre pai e filho 

Entre mulher e marido

Desentendimento e rixas

Dentro do mesmo partido.


Candidato no palanque

Agride o adversário

O outro reage e faz

Drama no mesmo cenário

Dava pra se duvidar

Se alguém fizesse o contrário.


Ao fazer nesse contexto

Uma leitura analítica

Vê-se as razões pertinentes

Com uma postura crítica 

Frente a avalanche de erros 

Próprios da velha política.


Nessa política antiga

Que é mais politicagem

Com venda e compra de votos

Há trapaça e pilantragem

E o candidato sem grana

Fica sempre em desvantagem.


Em cada eleição que ocorre

Os desmandos crescem mais

Vêm à tona as falcatruas

De muitos séculos atrás

E são quase sempre impunes

Os crimes eleitorais.


Assim a nova política

Cada vez se distancia

Aquela em que o voto é puro

Dever de cidadania

E não divide ninguém

Política da paz, do bem

Essa é somente utopia.


Autor: Zé Bezerra

sábado, 14 de novembro de 2020

UM CENÁRIO POLÍTICO FRAGILIZADO









No Brasil não é de agora

Já vem do tempo passado

Tem-se um cenário político

Bastante fragilizado

Que por muitos cidadãos 

Está desacreditado.


Desta vez é o dever

De todos os eleitores

Escolher nos municípios

Os seus futuros gestores

Elegendo o prefeito

O vice e vereadores.


Deve o eleitor ter senso 

De responsabilidade

Fazendo a sua escolha 

Com critério e liberdade

Não votar pensando em si

E sim na comunidade.


Voto é obrigação cívica 

Feita com autonomia

Pensando no bem comum

Com consciência sadia

Uma nobre ação política 

Própria da democracia.


Se é ação que demanda

De decisão consciente

Exige que o sufrágio

Seja feito livremente

Não sendo desvirtuado

Por qualquer prática indecente.


Mas se o analfabetismo

Político é quem prevalece

Povo não politizado 

Essas coisas não conhece

Sem oásis no deserto

O errado em vez do certo

Muitas vezes acontece.


Autor: Zé Bezerra 

 

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

UM SOPRO DE ESPERANÇA

 









Mesmo com os desafios

Que a realidade tem 

Frente aos momentos sombrios

Que à tona sempre vêm

Com tantas dificuldades

Vão passando as tempestades

E vai chegando a bonança

Animando a quem persiste

É assim porque existe

Um sopro de esperança.


Depois que uma brusca queda

Nos leva ao ostracismo

Nosso coração hospeda 

Mais gotas de otimismo

Isso é como um acalanto

Um lenço enxugando o pranto

Erguendo aquele que cansa

Mas melhora e quer correr

Começando a perceber 

Um sopro de esperança


Quando alguém se desanima

Vencido pelo cansaço

Quer dar a volta por cima

Mas não supera o fracasso

O combustível da fé

Faz que ao manter-se de pé

Encha-se de confiança

Com o coração em prece

Aí é quando aparece 

Um sopro de esperança.


Uma pessoa drogada

Afogada em desengano

Ao viver desesperada

Sente-se um farrapo humano

Por estar tão abatida

Fica de mal com a vida

Não sossega, não descansa

Mas tudo pode mudar

Se na vida dela entrar

Um sopro de esperança.


Ao estendermos a mão 

Pra levantar um caído

Que sem força está no chão

Com cada braço estendido

Fazendo-lhe a caridade

Dando-lhe oportunidade

De alguma segurança

E alento em torno dele

Assim levamos a ele

Um sopro de esperança.


Autor: Zé Bezerra




segunda-feira, 2 de novembro de 2020

A CARÊNCIA DO SILÊNCIO








Nossa sociedade é ruidosa

E por isso o barulho predomina

Com os sons estrondando em cada esquina

Perturbando criança e gente idosa

É difícil ter vida harmoniosa

Sem ternura só cresce o amargor

Onde existe apatia e mau humor

A alegria se desestabiliza

Ninguém tem o silêncio que precisa

Pra o cultivo da vida interior.


Se o povo já vive acostumado

Com agito e zoada todo dia

Acha estranho um lugar de calmaria

Num estilo de vida sossegado

Muitos andam em passo acelerado

Seja em tempo de frio ou de calor

A inquietação traz um ardor

Que jamais a alguém sensibiliza

Ninguém tem o silêncio que precisa

Pra o cultivo da vida interior.


Ninguém pode fazer contemplação

Ninguém quer recolher-se para orar

Ninguém mais se dispõe a meditar

Ninguém pensa em fazer reflexão

Ninguém ouve a voz do coração

Ninguém sente os sintomas do amor

Ninguém sabe a isso dar valor

Ninguém bane o barulho que inferniza

Ninguém tem o silêncio que precisa

Pra o cultivo da vida interior.


Autor: Zé Bezerra