AS BADALADAS DO SINO

Chegando as dezoito horas

Escuta-se o som plangente

Do sino que lentamente

O fim da tarde anuncia

Com o seu som genuíno

As badaladas do sino

Tocam a Ave Maria.

Ressoa o bronze com força

No alto do campanário

Sem atraso no horário

E sem falhar nenhum dia

Em um repetido hino

As badaladas do sino

Tocam a Ave Maria.

Momento em que os católicos

Em clima de oração

Fazendo meditação 

Com Deus buscam sintonia

Para preces ao divino

As badaladas do sino

Tocam a Ave Maria.

Está na passagem bíblica

Lucas capítulo primeiro

Eis que surge um mensageiro

Um anjo que Deus envia

Para a Mãe do Deus Menino

As badaladas do sino

Tocam a Ave Maria.

Seis horas, Hora do Ângelus

Pontualmente marcada

Soa cada badalada

Quando o sol se distancia

Num rotineiro destino

As badaladas do sino

Tocam a Ave Maria.

Um ritual melancólico

Mas é bem reflexivo

Dá esperança ao cativo

Ao inditoso, alegria

E acolhida ao peregrino

As badaladas do sino

Tocam a Ave Maria.

Autor: Zé Bezerra

 

SOMOS DEPENDENTES DO AR

É o ar elemento importante 

Para a vida é sempre indispensável 

Exercendo função admirável 

No ser vivo é presente a todo instante 

Invisível, porém itinerante

Acompanha os passos que nós damos

Quando estamos dormindo e acordamos

Seja no tempo frio ou no sol quente

É assim porque diuturnamente

Dependemos do ar que respiramos.

Sem o ar não podemos existir

Ele é primordial em nossa vida 

Falte o ar que a vida se liquida

Muito rápido ela pode sucumbir

Se o ar não entrar e não sair

Nos pulmões, nosso ciclo encerramos

Numa estrada sem volta caminhamos

Que sem respiração não viveremos

Cada fração de tempo que vivemos

Dependemos do ar que respiramos.

Impossível alguém viver sem ar

Não dá pra suportar mais que um minuto 

Para ele não tem substituto 

Já que tem serventia singular 

Não podemos ficar sem respirar 

Em qualquer um lugar que estejamos

Do ar puro nós todos precisamos

Pare o corpo ou esteja em movimento 

Com os órgãos em funcionamento 

Dependemos do ar que respiramos.

Autor: Zé Bezerra

POLÍTICA É SERVIÇO AO BEM COMUM

Todos nós somos políticos

Aristóteles já dizia

É bom ter sabedoria

Pra saber a diferença

E introjetar na mente

Que política é diferente

Do que muita gente pensa.

Partido político apenas

É da política uma parte

Política é a boa arte

Do trabalho e compromisso

Do direito, a garantia

A política todo dia

Deve estar sempre a serviço.

A política não é só

Competir na eleição

Disputar com ambição

Na briga pelo poder

Mais nobre na militância

É saber a importância

Do direito e do dever.

Política são as ações

A partir de objetivos

Que aos direitos coletivos

Dão mais visibilidade

E mais que se imagina

A política nos ensina

Viver com dignidade.

Longe da politicagem

Da briga e da divisão

Política é integração

Sem egoísmo nenhum

Nos traz consciênca crítica

Que a verdadeira política

Favorece o bem comum.

Autor: Zé Bezerra

SER RESILIENTE

Quando um baque inesperado

Abala a vida da gente

Se uma força interior

Ajuda a seguir em frente

É assim que a pessoa

Passa a ser resiliente.

Quando do corpo e da mente

Essa força se aproxima

O desânimo vai sumindo

Quem está triste se anima

Logo se reestrutura

Pra dar a volta por cima.

Ao erguer a autoestima

Depois da adversidade

Desprende-se das amarras

Pisa o chão da liberdade

Começando a respirar

Um ar de felicidade.

E nessa realidade

Vive-se a experiência

De um pensar positivo

De vigor e paciência

Esses são os bons sinais

Vindos da resiliência.

Isso nos traz resistência

Pelo revigoramento

Há impulso no viver

Na coragem há um aumento

Gerando atitudes firmes

Superando o sofrimento.

O sopro de um novo vento

Diminui os calafrios

Driblando fracasso e medo

Segue-se pelos desvios

Que a resiliência ensina

Superar os desafios.

Autor: Zé Bezerra

UM GRANDE VENCEDOR VENCIDO

 Trinta anos já faz que Ayrton Senna

Um piloto de fama mundial

Sendo vítima de acidente fatal

Chega ao fim sua vida curta e plena

O juízo da morte lhe condena 

E a sentença do jovem sonhador

Foi perversa causando grande dor

Hoje Senna somente a Deus pertence

Num primeiro de maio a morte vence

Quem na vida foi grande vencedor.

Só com trinta e quatro de idade

Sua habilidade era incomum

Um piloto exemplar da Fórmula Um

E fenômeno pra toda a humanidade

Que nas pistas com mais velocidade

Foi destaque por ser superior

A McLaren arrasava no motor

Hoje sem Senna não faz um que compense

Num primeiro de maio a morte vence

Quem na vida foi grande vencedor.

Foi do mundo três vezes campeão

Disputou com Schumacher e Alain Pros

Por ser mais talentoso e mais veloz

Do GP San Marino é atração

Mas do carro quebrou-se a direção

Provocando um momento de horror

No autódromo de Ímola, houve clamor

Desespero, angústia, dor, suspense

Num primeiro de maio a morte vence

Quem na vida foi grande vencedor.

Autor: Zé Bezerra