quarta-feira, 31 de julho de 2024

AGRICULTOR QUASE INATIVO

Agricultor sertanejo

Esse está quase inativo

Pelas mudanças surgidas

Foi se tornando passivo

Não foram só as climáticas

Também vieram outras práticas

E nessa forte mistura

Do novo e o diferente

Vê-se que praticamente

Vai sumindo a agricultura.


Roçado, ninguém vê mais

Não tem mais cerca de vara

Queima da broque acabou-se 

Por isso não há coivara

Ninguém mais planta vazante

Porque daqui por diante

O pessoal só procura

O que tinha no roçado 

Dentro do supermercado

Vindo de outra  agricultura.


O cultivo do algodão

Há tempo chegou ao fim

Fava ninguém planta mais

Nem arroz, nem gergelim

Até de milho e feijão

É pequena a produção

A melancia madura

Chega pra nós importada

Por transgênicos é mudada

Na moderna agricultura.


Agricultura que teve 

Ápice no meio rural

De todos os sitiantes

Era o foco principal

No sertão hoje é parada

No sul é mecanizada

Com grande desenvoltura

Isso faz o sertanejo

Ver de encontro a seu desejo

O fim da agricultura.


Autor: Zé Bezerra



 

quarta-feira, 24 de julho de 2024

ALMA E CORPO SÃO RECÍPROCOS

Há reciprocidade em alma e corpo

Sobre isso no verso se conversa

Porque ambos têm mútuas relações

Um precisa do outro e vice-versa.


Para um corpo estar bem ele precisa

Ser nutrido não só fisicamente

Necessário se faz que ele esteja

Bem robusto espiritualmente.


É a prática de esporte indispensável

Para a condição física ser cuidada

E a Palavra de Deus é combustível

Para a alma estar bem revigorada.


Alma e corpo não são dissociados

Um ao outro precisa estar unido

Deixa claro Jesus no Evangelho

Que ao corpo, o espírito é inserido.


Não há dúvidas que ambos são recíprocos

Numa integração que  tem vigor

Por ser muito perfeita a harmonia

Dessa obra das mãos do Criador.


Autor: Zé Bezerra


 

terça-feira, 23 de julho de 2024

DEIXAR O RIO DA VIDA FLUIR

É preciso que se mude

O que tem de ser mudado

Quem só quer ficar parado

Não vai encontrar saída

E nada pode mudar

Nós precisamos deixar

Fluir o rio da vida.


A nossa vida não pode

Existir paralisada

Deve ser dinamizada

Pra ficar evoluída

Enquanto o tempo passar

Nós precisamos deixar

Fluir o rio da vida.


O rio da vida tem 

Que estar em movimento

Seja rápido, seja lento

Tem que ter água aquecida

É ruim se congelar

Nós precisamos deixar

Fluir o rio da vida.


Flui o rio com mudança

Dando descarte a mesmice

Desde à infância, à velhice

Pode a vida ser florida

Estando a se transformar

Nós precisamos deixar

Fluir o rio da vida.


A vida só faz história

Se tiver movimentada

Parada ela não faz nada

É rio de água prendida

Que suja pode ficar

Nós precisamos deixar

Fluir o rio da vida.


Autor: Zé Bezerra

 

domingo, 21 de julho de 2024

SER NARCISISTA

 Tem gente muito esquisita

Que não olha pra ninguém

Com o nariz empinado

Boa educação não tem

Um desses falta aprender 

Relacionar-se bem.


Com o pensamento além

Não gosta de dar bom dia

É sempre chato com quem

Vive em sua companhia

A pessoa desse jeito 

Tem uma alma vazia.


Cheio de antipatia

E individualista

Prepotente e arrogante

Presunçoso e egoísta

Isso caracteriza

O sujeito narcisista.


Esse encabeça a lista

Do povo mal educado

Que não respeita e não é

Digno de ser respeitado

Absoluto e rebelde

Vil e desumanizado.


Tem o coração fechado 

Do outro não quer saber

Não pratica a caridade

Só pensa no que quer ter

E além do mais não gosta 

De ver o outro crescer.


Deus nos ensinou a ter

O nosso pão dividido

E Jesus diz que é melhor

Servir do que ser servido

Quem é narcisista um dia 

Precisa ser convertido.


Autor: Zé Bezerra






segunda-feira, 15 de julho de 2024

MUDANÇAS NO SERTÃO

No nosso tempo presente

O sertão está mudado

Está muito transformado

Tudo ficou diferente

No sertão antigamente

Tinha apanha de algodão

Nas debulhas de feijão

Se juntava a vizinhança

Tem sido grande a mudança

Nos costumes do sertão.


No sertão não vê-se mais

Nas cabras fazer-se ordenha

Não tem mais fogão à lenha

Cozinha-se só no gás

Pão de milho ninguém faz

Ninguém quer mais esse pão

Nas noites de São João

Não tem fogueira e nem dança

Tem sido grande a mudança

Nos costumes do sertão.


Em toda casa a fogueira

Cada família fazia

A lenha no fogo ardia

Paus verdes de catingueira

De Santo Antônio, a primeira

Depois São Pedro e São João

Desta forte tradição

Hoje só temos lembrança

Tem sido grande a mudança

Nos costumes do sertão.


Ninguém joga mais sueca

Não há pilão e nem pote

Ninguém gosta mais de xote

Não se joga mais peteca

Não tem mais Zuca nem Zeca

E nenhum Sebastião

Kiwy é nome que dão

No batismo da criança

Tem sido grande a mudança

Nos costumes do sertão.


Autor: Zé Bezerra