Esse vírus por todos é temível
Combatê-lo é expor-se ao naufrágio
Pela velocidade do contágio
Enfrentá-lo é quase impossível
Por ser um inimigo invisível
Não é fácil encarar esse rival
Que já tem um alcance mundial
É enorme o desastre onde ele passa
O "corona" não quer saber de raça
Nem partido e nem classe social.
Com a sua periculosidade
Matou muitos e está matando mais
As maiores potências mundiais
Não tiveram pra ele autoridade
Nos poderes vê-se a fragilidade
Em palácio ou em corte imperial
Para esse inimigo universal
Tanto faz ser elite ou populaça
O "corona" não quer saber de raça
Nem partido e nem classe social.
Ele ataca na aglomeração
Nem um tipo de gente ele respeita
Seja alguém de esquerda ou de direita
Comunista, espírita, ateu, cristão
Jovem, adulto, criança e ancião
Médico, padre, trabalhador braçal
Empresário, juiz e general
Magnata, gari, chofer de praça
O "corona" não quer saber de raça
Nem partido e nem classe social.
Boris Johnson, mandão do Reino Unido
Começou a zombar, foi atacado
Pedro Sánchez sentiu-se amedrontado
Na Espanha foi grande o alarido
Lá na França, Macron viu-se vencido
Ângela Merkel, também ficou igual
Mattarella, na Itália passou mal
Trump e Putin temeram a ameaça
O "corona" não quer saber de raça
Nem partido e nem classe social.
Ao chegar ao Brasil não respeitou
Nem pequenos, nem chefes de poder
Teve alguns que quiseram estremecer
Mas a fera depressa os adomou
O pacote do Guedes embargou
Gente grande baixou ao hospital
Não ligou para o Bozo, o surreal
Que deixou o Mandetta na mordaça
O "corona" não quer saber de raça
Nem partido e nem classe social.
Autor: Zé Bezerra