Procuremos ser de Deus
Sua imagem e semelhança
E nos caminhos da luz
Peregrinos da esperança.
O que vivemos e ouvimos
A todos vamos falar
Sabendo que a Boa Nova
É preciso anunciar.
Sejamos como os pastores
Que correram pra Belém
Caminhemos ao encontro
Do Deus que pra todos vem.
É Natal que está chegando
Festa de amor e de luz
Alegria e paz na terra
Nasce o Menino Jesus!
Bom que caminhemos juntos
Numa Igreja Sinodal
Partilhando com os outros
A alegria do Natal!
Autor: Zé Bezerra
Quando a lua prateada
Desponta por trás do monte
Sopra a brisa mais gelada
Do que a água da fonte
Se o movimento não para
A noite não fica clara
E um nevoeiro flutua
De encontro aos que passeiam
Trapos de nuvens vagueiam
Tomando a frente da lua.
Ficam nuvens espalhadas
Vagando no firmamento
Que durante as madrugadas
Empurradas pelo vento
Somem-se no infinito
E tudo fica esquisito
O brilho não continua
Se os raios não clareiam
Trapos de nuvens vagueiam
Tomando a frente da lua.
Pode o clima interromper
Se de nomento mudar
Sendo que venha chover
Não tem como ter luar
É ruim para o andarilho
Ver opaquecido o trilho
Da floresta até a rua
Seus planos se escanteiam
Trapos de nuvens vagueiam
Tomando a frente da lua.
Da meia noite em diante
Se vem uma cerração
As nuvens naquele instante
Provocam escuridão
A lua fica escondida
Fazendo alguma investida
Aparece mais recua
Seu fãs não lhe homenageiam
Trapos de nuvens vagueiam
Tomando a frente da lua.
Ó lua, tu não protestas
Das nuvens amalucadas
Só atrapalhando as festas
Nas noites enluaradas
Teu silêncio recorrente
Inquieta tanta gente
Pra ver a beleza tua
Os boêmios cambaleiam
Trapos de nuvens vagueiam
Tomando a frente da lua.
Autor: Zé Bezerra
Sol de raios reluzentes
Brilhando após a aurora
Vão se tornando mais quentes
Quando a manhã vai embora
A esperança o conduz
Em cada foco de luz
No espaço a fulgurar
Passa o tempo e ele avança
O sol da minha esperança
Nunca deixou de brilhar.
Em meio aos desafios
Nas tentativas de busca
Mesmo em momentos sombrios
Meu astro-rei não se ofusca
Dos esquisitos caminhos
Vai retirando os espinhos
Que possam atrapalhar
Os planos da aliança
O sol da minha esperança
Nunca deixou de brilhar.
Um sol que age direto
Sem precisar de ensaios
Passando um vigor completo
Pelo brilho dos seus raios
Trazendo a resiliência
Motivação, resistência
Quando penso em recuar
Uma força em mim se lança
O sol da minha esperança
Nunca deixou de brilhar.
Sol que jamais escurece
Sua luminosidade
Que com pujança aparece
No auge da tempestade
Sol que ilumina a vida
Que a uma alma caída
Ajuda a se levantar
Traz alento a quem se cansa
O sol da minha esperança
Nunca deixou de brilhar.
Autor: Zé Bezerra
Acontecimentos bons
Na vida ficam marcados
Por essa razão precisam
Estar na mente guardados
Tudo que é positivo
É bom ficar no arquivo
Sem ter dúvidas ou nuanças
Deve-se estar lembrando
Do tempo que vai passando
Guarde-se as boas lembranças.
Sem guardar ressentimento
Nem tristeza, nem rancor
Na pasta do coração
Guardemos paz e amor
Fiquem de fora os boatos
Consequências dos maus atos
Atitudes de vinganças
Isso é bom ir descartando
Do tempo que vai passando
Guarde-se as boas lembranças.
Ocasiões de vitórias
As ideias otimistas
Experiências marcantes
Lutas por boas conquistas
E as realizações
Fiquem nas recordações
Desejos e esperanças
De nova estrela brilhando
Do tempo que vai passando
Guarde-se as boas lembranças.
Que recordemos também
Da vida, as fases saudáveis
Os trabalhos exitosos
Os momentos agradáveis
Os efeitos da amizade
A prática da caridade
A pureza das crianças
Os passarinhos cantando
Do tempo que vai passando
Guarde-se as boas lembranças.
Autor: Zé Bezerra
Produzindo cultura o ser humano
vai crescendo com sua evolução
Libertando-se da ignorância
Do atraso e da escravidão
Mas pra isso precisa receber
Toda a luz do farol da educação.
Se a educação tem maior brilho
Traz para o ser humano a claridade
Que ao abastecer-se de cultura
Está livre da obscuridade
Exercendo o papel de cidadão
No convívio com a sociedade.
Não há educação sem ter cultura
Ambas se apresentam imbricadas
No entanto é a educação
Quem aplaina os aclives das estradas
E a cultura reforça e dá suporte
Para todas as ações realizadas.
Enfim cada indivíduo é bem formado
Se ao longo da vida ele procura
O ensejo de ter conhecimentos
Alicerces para a visão futura
E os pilares da vida construídos
Pela educação e a cultura.
Autor: Zé Bezerra
Permita a vida fluir
Com vigor a cada dia
Cantando agradeça a Deus
Manifestando alegria
Desperte cedo pra luta
Em atitude de escuta
E logo ao despertar
Concentre-se e fique orando
Desperte o corpo cantando
Faça a alma trabalhar.
Abasteça seu espírito
De fé e de esperança
Relacione-se bem
Com jovem, adulto e criança
Já no início do dia
Encha-se de alegria
Veja se é puro o ar
Que você está respirando
Desperte o corpo cantando
Faça a alma trabalhar.
Se você erra e procura
Corrigir a sua falha
Ao estar fazendo bem
A sua alma trabalha
Então anime-se e cante
E assim a cada instante
A luz de Deus a brilhar
Vai sua fé aumentando
Desperte o corpo cantando
Faça a alma trabalhar.
Quando se desperta alegre
Vem a feliz sensação
De um sentimento afável
Que faz bem ao coração
Com isso a alma se encanta
A sua energia é tanta
Que faz o corpo ficar
Forte e se movimentando
Desperte o corpo cantando
Faça a alma trabalhar.
Autor: Zé Bezerra
Um tipo de consciência
Que muita gente não tem
Quem tem sabe muito bem
Que o ranço do egoísmo
Traz comportamento insano
O que leva o ser humano
A praticar o racismo.
A pessoa que é racista
Ao negro discrimina
Com sua língua ferina
E atitude excludente
Arrogante e desleal
Desrespeita e trata mal
Como ele não fosse gente.
Quem tem consciência negra
Sabe o preto respeitar
Reconhece o seu lugar
Dentro da sociedade
Que ele ao branco é igual
Sua cor não é sinal
De inferioridade.
Iguais biologicamente
Com sangues da mesma cor
Pigmento exterior
Isso não quer dizer nada
Não merece tolerância
Os fartos de ignorância
E consciência atrasada.
Se você ainda não
Possui esse entendimento
Pense bem nesse momento
Finde os preconceitos seus
Que os negros são cidadãos
São todos nossos irmãos
E filhos do mesmo Deus.
Autor: Zé Bezerra
Planos não realizados
Só trazem desilusões
O que consequentemente
Vai gerando frustrações
O desânimo toma conta
O desengano amedronta
Se predominam fraquezas
A meta ninguém cumpriu
Todo o projeto caiu
Nas brumas das incertezas.
Vem do tempo as intempéries
Que se faltar resistência
Os passos são inseguros
Daí vem a desistência
E num clima como esse
A falta de interesse
Joga pra longe as certezas
Tudo vai ficando escuro
Pondo a visão de futuro
Nas brumas das incertezas.
Os que são acomodados
Das chances não se aproximam
Sem coragem para a luta
Com tudo se desanimam
Sem querer se esforçar
Olhando o tempo passar
Essas pessoas são presas
À preguiça e ao fracasso
Assim vão marcando passo
Nas brumas das incertezas.
Quem não sonha, não caminha
Então nunca sai do canto
Não contempla o horizonte
Enche-se de desencanto
Apega-se ao conformismo
O vírus do comodismo
Faz faltar o pão nas mesas
Desses desfavorecidos
Que estão sendo envolvidos
Nas brumas das incertezas.
Autor : Zé Bezerra
O movimento do terço
Em Patu é definido
Como ser Igreja sabe
Atuar nesse sentido
Seja com fracasso ou glória
Vai fazendo sua história
No caminho percorrido.
Das ações a serem feitas
Procura ser consciente
Tem coordenação ativa
Atuando firmemente
Porque evangelizar
Não é somente rezar
O terço semanalmente.
Quer está participando
Da comunidade unida
Junto aos outros segmentos
Ligando a fé com a vida
Sempre se articulando
Confiante acreditando
Numa Igreja em saída.
Participa de campanhas
Na Quaresma e no Natal
Peregrinações nos bairros
Na festa paroquial
Faz nas horas necessárias
Visitas missionárias
Até na zona rural.
Da caminhada do grupo
A Mãe Peregrina é guia
O fogo do Espírito Santo
A todos traz energia
A oração os conduz
Aos ensinos de Jesus
E ao Pão da Eucaristia.
Fundado há catorze anos
Tem missão para cumprir
A fé é o combustível
Dando força pra seguir
Com os compromissos seus
Para o Reino de Deus
Ajudar a construir.
Autor: Zé Bezerra
As belezas naturais
Têm essências genuínas
Quando elas são zeladas
Têm aparências divinas
As paisagens multicores
Um jardim cheio de flores
Após o raiar do dia
Não há imagem mais bela
O rosto de Deus revela
A natureza sadia.
O verdume da floresta
A mata bem preservada
O arvoredo frondoso
Toda a campina orvalhada
As planícies e montanhas
Suas belezas tamanhas
A divindade irradia
O mais belo filme em tela
O rosto de Deus revela
A natureza sadia.
Os rios com águas claras
Límpidos lagos e lagoas
Os mares despoluídos
Zelados pelas pessoas
A poluição ausente
Faz que o meio ambiente
Dê vida à ecologia
Como uma linda aquarela
O rosto de Deus revela
A natureza sadia.
O verde predominando
Pelos parques e pomares
Todos respirando ar puro
Nos mais diversos lugares
Praias limpas, lindos campos
Passaredos, pirilampos
Fazendo shows de alegria
Dos quais Deus é sentinela
O rosto de Deus revela
A natureza sadia.
Autor: Zé Bezerra
A vida é passageira
É semelhante uma ponte
Que fica dando passagem
Para a planície ou o monte
Os problemas aparecem
Muitas coisas acontecem
Mas só de Deus vem a graça
Pelo seu amor profundo
Conforme a marcha do mundo
Tudo nessa vida passa.
Ao passar as alegrias
Também passa o sofrimento
Os momentos agradáveis
E os de constrangimento
Ao longo da trajetória
Arquiva-se na memória
Conquistas de prêmio e taça
E cenas de desenganos
Que no decorrer dos anos
Tudo nessa vida passa.
Como o tempo é uma máquina
Que opera normalmente
Com toda a sua engrenagem
Está diuturnamente
Nela a vida vai passando
Pra quem estar se cuidando
Pode evitar ameaça
De insensatas pessoas
Sejam coisas ruins ou boas
Tudo nessa vida passa.
Tudo o que vem a favor
E o que é ao contrário
De uma forma geral
Tem caráter temporário
Nessa passagem terrena
Porém viver vale a pena
E tudo é bom que se faça
Com bom senso e mente aberta
Porque uma coisa é certa
Tudo nessa vida passa.
Autor: Zé Bezerra
Professor um soldado na batalha
Tem valor, tem virtude, mas tem falha
E na área exclusiva em que trabalha
Muitas vezes se acha inseguro
As ações pedagógicas sempre muda
Ele ensina e ao mesmo tempo estuda
Sente-se bem feliz porque ajuda
Escrever a história do futuro.
Nessa luta não deve estar sozinho
Do saber ele indica o bom caminho
Vai pisando entre pedra, entre espinho
Desafios enfrenta em seus plantões
Que Deus seja de cada um o guia
Para não lhes faltar sabedoria
Pra poder atuar no dia a dia
Preparando as futuras gerações.
Para o educador, a gratidão
O respeito, a admiração
Pela admirável profissão
Que a vida do outro consolida
Educando e ensinando a aprender
Como um GPS do saber
Faz com que o discente possa ter
Uma base segura para a vida.
É da arte do ensino, um grande ator
O que faz seu trabalho com amor
Esse é professor educador
Com esmero e idealismo
Quer deixar seu discípulo preparado
Deveria ser bem valorizado
Seu papel na escola é destacado
Parabéns pelo seu protagonismo.
Autor: Zé Bezerra
Por causa dos desencantos
E constantes frustrações
Aumentam gradualmente
As minhas desilusões
O coração magoado
Pulsando descompassado
Forçou-me a mudar os planos
Pra sair remando à toa
E ancorar a canoa
Na ilha dos desenganos.
Inventei de querer bem
A alguém que não me quis
Por minha ingenuidade
Não estou sendo feliz
Ela deixou-me na mão
Tomou outra direção
Já vai completar dois anos
Mas de tudo estou lembrando
O jeito é ficar morando
Na ilha dos desenganos.
Com a saudade convivo
A solidão me acompanha
Nesse lugar esquisito
Sinto sensação estranha
O cantar dos passarinhos
Colocam noutros caminhos
Meus pensamentos mundanos
Tristeza e subterfúgio
Enquanto faço refúgio
Na ilha dos desenganos.
Por estar sem companhia
Caminho só numa trilha
Bastante desiludido
Cheguei até essa ilha
Só venceria esse impasse
Se algum dia encontrasse
Entre gregos e troianos
Mesmo enfrentando perigo
Alguém pra morar comigo
Na ilha dos desenganos.
Autor: Zé Bezerra
O amor que Deus tem pelas crianças
Mostra que para o bem Ele as conduz
Pela sua vontade cada uma
Tem consigo um espírito de luz
E assim elas têm merecimento
Para ser preferidas por Jesus.
Ao nascer são aos poucos despertadas
Para o alvorecer da existência
Vão abrindo os olhos para o mundo
E aos passos da vida dão sequência
Inseguras ao longo do caminho
Envolvidas no véu da inocência.
São as flores da vida em crescimento
Precisando que sejam bem cuidadas
Têm os pais o papel de jardineiros
Que após as sementes semeadas
O canteiro fecundo da família
Só é belo com plantas adubadas.
A criança é do lar a bela estrela
A brilhar na chegada e na saída
É a flor exalando o bom perfume
Que por todos precisa ser querida
É o símbolo perfeito da esperança
Todos tenham amor pela criança
Ela é a essência para a vida!
Autor: Zé Bezerra
.
A vida se revigora
Psicologicamente
E em paralelo vai
Crescendo fisicamente
Num ambiente agradável
Devendo ser sustentável
No caminho a percorrer
Muitos passos deve dar
Cada respiro de ar
Faz a vida alvorecer.
Toda a vida é dependente
Do que a natureza tem
Ela oferece tudo
Pra que a vida esteja bem
Quem nesse planeta habita
Normalmente necessita
Ver sua vida crescer
Não faltando bem-estar
Cada respiro de ar
Faz a vida alvorecer.
Sempre são imprescindíveis
Os recursos naturais
À vida de todos seres
Animais e vegetais
Em tantas situações
Aparecem condições
Para cada um viver
E do planeta cuidar
Cada respiro de ar
Faz a vida alvorecer.
A vida de cada ser
Com sustância e bem-estar
Mantém a vitalidade
A partir do respirar
Para seguir adiante
O ar é tão importante
Na vida de cada ser
Sem ar não dá pra ficar
Cada respiro de ar
Faz a vida alvorecer.
Autor: Zé Bezerra
A vida com novos olhos
Precisa ser enxergada
Para que a caminhada
Não seja mal sucedida
\E um bom rumo seguir
Importante é dirigir
Um novo olhar para a vida.
Contemplando a existência
Com o olhar do coração
Mantendo essa visão
Que ela é planta florida
E produz bons frutos quando
Estamos direcionando
Um novo olhar para a vida.
Veja esse dom de Deus
De valor imensurável
Cuide-o de forma amável
Com atenção dirigida
E vontade de viver
Tendo prazer em volver
Um novo olhar para a vida.
Sabendo a sua importância
Ver a vida com amor
Na alegria e na dor
A estrada é percorrida
Com fé ninguém se amedronta
E nesse clima desponta
Um novo olhar para a vida.
Um novo ângulo focando
Um novo ponto de luz
Um novo ar que conduz
Um novo lar de acolhida
Um novo sonho se lança
Um novo céu de esperança
Um novo olhar para a vida.
Autor: Zé Bezerra
Catequista escuta a voz de Deus
Ao sentir ecoar no coração
Vai pensando e tomando decisão
Pra poder formular os planos seus
Sem temer aos ataques fariseus
Dos que estão afastados vai atrás
Porque quer uma Igreja sempre mais
Destinada pra o bem e o serviço
Desse modo com fé e compromisso
Dá resposta ao chamado que Deus faz.
Catequista é sempre uma pessoa
Pelo Espírito Santo iluminada
Pra seguir com vigor na caminhada
Jesus Cristo protege e abençoa
Tem a voz de profeta que ecoa
Se é forte não vai desanimar
Para o Reino de Deus anunciar
Cumpra a sua missão e não se exalte
Que no seu dia a dia nunca falte
A vontade de evangelizar.
Deposita em Jesus a confiança
Tem à Igreja pertença filial
Faz oferta da vida pessoal
Tem que sempre buscar perseverança
Ao adulto, ao jovem e à criança
Sua ação catequética é dirigida
Se acaso ela for interrompida
E seu nome ficar fora da lista
Na paróquia faltando catequista
A Igreja enfraquece e não tem vida.
Autor: Zé Bezerra
Vendo a lua surgir por trás do monte
O poeta agiliza o pensamento
Os seus versos tangidos pelo vento
Se espalham por todo o horizonte
E a inspiração vinda da fonte
Uma noite bonita enluarada
Que se estende até a madrugada
Onde os pássaros já ficam despertados
O poeta faz versos inspirados
Nos encantos da lua prateada.
Pensa, cria, organiza e já escreve
Olha a lua encantado com seus raios
Apresenta seus versos sem ensaios
Quando a brisa suave passa leve
Se a serra encobrir-se pela neve
Fica a face da lua embaçada
Mas chegando o romper da alvorada
O luar tem seus brilhos afastados
O poeta faz versos inspirados
Nos encantos da lua prateada.
Surgem versos que são de arrepiar
Recheados de pura inspiração
Que transmitem deleite e emoção
São capazes de emocionar
Por nascerem em noite de luar
Na esquina ou na ponta da calçada
Até mesmo na curva da estrada
Ele pode emitir os seus recados
O poeta faz versos inspirados
Nos encantos da lua prateada.
Autor: Zé Bezerra
Vai a noite e vem o dia
Logo depois que amanhece
O sol com sua quentura
A face da terra aquece
Seus raios amarelados
Focam em todos os lados
Com seus potentes faróis
E os que vão despertando
Se deliciam escutando
O cantar dos rouxinóis.
É como um coral de anjos
Com repertório divino
Essas pequeninas aves
Em horário matutino
Têm gargantas afinadas
Cantam bonitas toadas
Diferentes das de nós
A tristeza vai sumindo
Quando a gente fica ouvindo
O cantar dos rouxinóis.
Nessas aves tão pequenas
A melodia extravasa
Nos belos sons emitidos
Sobre as biqueiras da casa
Esses belos passarinhos
Cedo despertam dos ninhos
Nem sequer aquecem a voz
E cantam sempre à capela
Ouve-se ao pé da janela
O cantar dos rouxinóis.
Cantores de ópera fazem
Belas apresentações
Com suas vozes canoras
Cantam bonitas canções
Com melismas e vibratos
Harmonizam seus ornatos
Antes, durante e após
No show dançam, pulam, gritam
Mas nem de longe imitam
O cantar dos rouxinóis.
Um cantar melodioso
Bem simples e natural
Cadenciado no ritmo
De uma orquestra divinal
Um show que merece palma
Extasia nossa alma
O seu contágio veloz
Vem a nós contaminar
Vale a pena apreciar
O cantar dos rouxinóis.
Autor: Zé Bezerra
No amanhecer do dia
Ouvir o canto das aves
Com sons enternecedores
E melodias suaves
Isso é muito prazeroso
Acalma quem está nervoso
É verdadeira beleza
Genuína e salutar
É agradável escutar
As vozes da natureza.
O trinado do canário
E do galo de campina
O apito do nambu
Agudo igual a buzina
Na hora que nasce o sol
Canta alegre o rouxinol
E o carão na represa
Vem a chuva anunciar
É agradável escutar
As vozes da natureza.
O bem-te-vi, o golinha
Passarinho lavadeira
O xexéu canta escondido
Na folha da bananeira
O sabiá dá seu show
E a rola "fogo pagou"
Parece até indefesa
Na hora que vai cantar
É agradável escutar
As vozes da natureza.
No mesmo coral tem vozes
De diversos animais
Como miados, latidos
Alguns sons são surreais
Uivos, berros e esturros
Uns fazem apenas sussurros
Deixam a garganta presa
Para o eco não soltar
É agradável escutar
As vozes da natureza.
O ronco das cachoeiras
O som do vento nas matas
O estrondo dos trovões
Barulhos das cataratas
Chuvas grossas e neblinas
As ondas são bailarinas
Em águas sem correnteza
No verde palco do mar
É agradável escutar
As vozes da natureza.
Autor: Zé Bezerra
Hoje em tempos modernos
Os círculos familiares
Veem que fortes pilares
Desencantam os construtores
Seguindo outras diretrizes
Passa a família por crises
De limites e valores.
Os pais afrouxam as normas
De conduta para os filhos
Pra não haver empecilhos
Como se tudo é só flores
Não se importam com deslizes
Passa a família por crises
De limites e valores.
Cresce a sede de consumo
Que a mídia dá incentivo
O modismo traz motivo
E as imagens multicores
Apontam os falsos felizes
Passa a família por crises
De limites e valores.
Muitos caminhos errados
Por muitos são percorridos
Lares que são destruídos
São causas de dissabores
De pessoas infelizes
Passa a família por crises
De limites e valores.
Filhos que não têm limites
Não sabem dialogar
Nem ouvir, nem respeitar
Rebeldes e agressores
Só do mal são aprendizes
Passa a família por crise
De limites e valores.
Autor: Zé Bezerra
A escola Francisco Francelino
Tem por base e critério o bom princípio
De direcionar os seus serviços
Para a população do município.
Quando está celebrando meio século
São bastante plausíveis os motivos
Para da alto significado
A um conjunto de fins educativos.
Toda a comunidade escolar
Esta instituição reverencia
Expressando com unanimidade
Um comum sentimento de alegria.
Vem de setenta e três do século vinte
Demarcando a sua trajetória
E na educação dos patuenses
Já compôs bons capítulos dessa história.
Enfrentando percalços diariamente
Dando a volta por cima, indo adiante
Ao formar cidadãos e cidadãs
Esse feito é bem mais gratificante.
Que a todos os que fazem esta escola
Cada dia Deus possa abençoar
Salve, salve os seus cinquenta anos
Parabéns pela festa jubilar!
Autor: Zé Bezerra
A horta da existência
Precisa ser adubada
É bom selecionar
Cada semente plantada
Com terreno bem regado
Sendo tudo preparado
Bom resultado se alcança
E a colheita é garantida
Devemos plantar na vida
Sementes de esperança.
Com todo zelo e capricho
Como faz o bom roceiro
Tentando afastar-se o máximo
De descrença e desespero
Deixando longe também
Aquilo que não faz bem
E causa desconfiança
Tendo a fé fortalecida
Devemos plantar na vida
Sementes de esperança.
Para a vida ter sentido
E ninguém viver à toa
Ela sendo preparada
Fica igual a terra boa
Com excelentes produtos
Multiplicando seus frutos
Num crescimento que avança
Cada árvore é bem florida
Devemos plantar na vida
Sementes de esperança.
Orando e rogando a Deus
Pra nos livrar do perigo
Mesmo o joio estando perto
Vamos semear o trigo
Combatendo o egoísmo
Lutemos com otimismo
Sendo o fiel da balança
A graça é bem recebida
Devemos plantar na vida
Sementes de esperança.
Nunca nos acomodemos
E não sejamos medrosos
Ao contrário sejamos
Firmes e esperançosos
Levantando a autoestima
Demos a volta por cima
Com coragem e confiança
E com a cabeça erguida
Devemos plantar na vida
Sementes de esperança.
Autor: Zé Bezerra
Não há discípulo sem mestre
Nem plantação sem semente
Não há nação sem governo
Nem país sem continente
Nem ricaço sem dinheiro
Padaria sem padeiro
Reinado sem dinastia
Batalhão sem comandante
Escola sem estudante
Nem música sem poesia.
Firmamento sem estrelas
Planos sem objetivos
O relâmpago sem trovão
Texto sem substantivos
Não existe sim sem não
Nem inferno sem ter cão
Nem guerra sem tirania
Escravos sem opressores
Não há jardim sem ter flores
Nem música sem poesia.
Não há comércio sem venda
Nem fábrica sem operário
Não tem show sem ter plateia
Nem teatro sem cenário
Nem monarquia sem rei
Corpo jurídico sem lei
Acorde sem melodia
Uma nação sem cultura
Não há amor sem ternura
Nem música sem poesia.
Não há concurso sem provas
Nem campeão sem medalhas
Conquistas sem sacrifícios
Nem vitória sem batalhas
Nem fogareiro sem brasas
Nem passarinho sem asas
Veículo sem bateria
Réu que não foi acusado
Um presente sem passado
Nem música sem poesia.
Autor: Zé Bezerra
Quando o medo nos domina
É empecilho pra nós
Embargada fica a voz
É difícil até falar
Há embaraço na mente
Se não existir na gente
A coragem de sonhar.
Se isso tiver em falta
Nosso ideal não avança
Enfraquece a esperança
O desânimo pode estar
Aumentando a todo instante
Aí fica mais distante
A coragem de sonhar.
Quando bate à nossa porta
O descrédito, a apatia
O tédio e a nostalgia
Não vale a pena lutar
Só o desengano vem
Desse jeito ninguém tem
A coragem de sonhar.
Em meio às tribulações
Pra conter a turbulência
Precisa resiliência
E força pra superar
Qualquer contrariedade
A fim de ter de verdade
A coragem de sonhar.
Bom que se tenha otimismo
Fé e determinação
Pisando firme no chão
Para não desanimar
Sempre de cabeça erguida
Sem que falte em nossa vida
A coragem de sonhar.
Autor: Zé Bezerra
Amizade é sentimento
Que traz feliz sensação
Restabelece o afeto
Equilibra a relação
Sua marca é registrada
Por sempre estar bem guardada
No íntimo do coração.
Tem ampla repercussão
Seus efeitos vão além
É mestra que nos ensina
A amar e querer bem
É igual árvore florida
Sempre é bem feliz na vida
Quem muita amizade tem.
É analgésico que vem
Aliviar uma dor
Que aproxima as pessoas
Acolhe seja quem for
Rejeitando a falsidade
Isso porque a amizade
É irmã gêmea do amor.
Tem a essência da flor
Dá rumo a quem vive à toa
É canto celeste que
Na boca de um anjo ecoa
Ao coração deleita
Trazendo dose perfeita
De bem estar à pessoa.
É a gaivota que voa
No céu da nossa esperança
Faz fluir em cada adulto
Um sorriso de criança
Sua serena leveza
Dá recuos à tristeza
Enquanto a alegria avança.
Qualquer plano de vingança
Ela pode desmanchar
Dá aval à tolerância
Ensinando a perdoar
Troca o choro no sorriso
Fazendo ver que é preciso
Acima de tudo amar.
É por demais salutar
Viver bem, ter liberdade
Conviver com cada irmão
Com respeito e sem maldade
Bem distante dos perigos
Tendo milhares de amigos
No planeta da AMIZADE.
Autor: Zé Bezerra
O teu olhar meigo e apaixonante
É algo tão lindo de se admirar
É uma centelha viva e faiscante
Que emite luz por onde passar.
Contém a beleza rara do luar
Por ser reluzente e tão cintilante
Capaz de atrair e aproximar
Até quem se acha de tudo distante.
O teu olhar tem brilho dos meteoritos
Fluindo de olhos redondos bonitos
Que a íris controla com perfeita cor.
Olhar que inspira canções e sonetos
Pela alquimia dos teus olhos pretos
A fonte que jorra respingos de amor.
Autor: Zé Bezerra
O mal impõe para nós
Toda espécie de ruínas
Diversidades de ações
Violentas e ferinas
Já o bem é sempre pleno
Gentil, pacato e sereno
Muitas vezes sigiloso
Alcança o objetivo
O mal é impositivo
O bem é contagioso.
Os dois sempre existiram
Ao longo da humanidade
Dois caminhos paralelos
Um maldade, outro bondade
Seguir as trilhas do bem
É isso que nos convém
Pois o mal é perigoso
Extremamente nocivo
O mal é impositivo
O bem é contagioso.
O mal produz as mazelas
Que transtornam nossas vidas
O bem é santo remédio
Que cicatriza as feridas
Bom é do mal afastar-se
E do bem aproximar-se
De um modo harmonioso
Agradável e efetivo
O mal é impositivo
O bem é contagioso.
Senhor, livrai-nos do mal
E das suas consequências
Fazei que o bem predomine
Sempre em nossas consciências
Mesmo conduzindo a cruz
Seja o caminho da luz
Nosso farol luminoso
Seguro e definitivo
O mal é impositivo
O bem é contagioso.
O mal traz a tempestade
O bem espalha a bonança
O mal gera o desespero
O bem produz esperança
O mal apoia a quem erra
O bem desinstala a guerra
O mal é impiedoso
O bem é caritativo
O mal é impositivo
O bem é contagioso.
Autor: Zé Bezerra
É aqui e por todo mundo inteiro
Em um só pensamento o povo diz
Que a pessoa só pode ser feliz
Se for bem abastada de dinheiro
O lugar que ele ocupa é o primeiro
Muitos não abrem mão desse porquê
O materialista logo vê
Ser em vão contestar essa verdade
O dinheiro não traz felicidade
Porque ela está dentro de você.
Contrapondo-se a esse pensamento
Vê-se a felicidade em outra escala
É errado pensar que pra buscá-la
Tem que ter um valor no orçamento
Um projeto com um planejamento
Descrevendo "o que" e "para que"
Quem tem isso na mente é bom que dê
Um descarte nessa mentalidade
O dinheiro não traz felicidade
Porque ela está dentro de você.
É a felicidade como a aurora
Que aponta o raiar de um novo dia
Ela ao coração traz alegria
Porque é nesse canto onde ela mora
É engano achar que vem de fora
E custou o valor de um bom cachê
Sua vida é o ateliê
Pra guardá-la com paz e liberdade
O dinheiro não traz felicidade
Porque ela está dentro de você.
Autor: Zé Bezerra
As mudanças são frequentes
Em toda sociedade
São muitas inovações
Nunca falta novidade
Chegando em maior volume
Muda cultura e costume
As modas mudam demais
O mundo todo mudando
Porque vão sempre aumentando
As mudanças sociais.
Por influência, as pessoas
Mudam seus comportamentos
Isso interfere bastante
Nos relacionamentos
Na atual realidade
Há muita praticidade
No que se pensa e se faz
Algo novo vai ficando
Porque vão sempre aumentando
As mudanças sociais.
Avanços tecnológicos
Têm maior interferência
Com a globalização
Tudo muda com frequência
Se as pessoas mudaram
As novidades não param
Mas aos tempos atuais
Alguém não está se adequando
Porque vão sempre aumentando
As mudanças sociais.
Os modismos evoluem
Com tantas transformações
Há um bombardeamento
Pelas comunicações
Pra muitos a aparência
É quem tem mais evidência
As belezas naturais
Não estão valorizando
Porque vão sempre aumentando
As mudanças sociais.
Autor: Zé Bezerra
Os problemas nos afligem
Medos e ansiedades
Embaraços e tropeços
Dúvidas e dificuldades
Com todo esse rebuliço
Devemos diante disso
Buscar a melhor saída
Para evitar o pior
Porque é sempre melhor
Viver em paz com a vida.
Quando há desequilíbrio
Nos relacionamentos
Fica a vida transtornada
Devido esses sofrimentos
Para vencer as agruras
Supera-se as rupturas
Se a intriga é impedida
A convivência é amena
Mostrando que vale a pena
Viver em paz com a vida.
Estimulando a concórdia
A reconciliação
Percebe-se claramente
A grandeza do perdão
A paz que faz tanto bem
É promovida por quem
Tem sempre a mão estendida
Para acolher quem vier
Demonstrando assim que quer
Viver em paz com a vida.
Se surgem as desavenças
Provocando o dissabor
Quem quer preservar a paz
Joga no time do amor
Aos insultos tolera
À raiva desacelera
A briga é enfraquecida
Ódio vai de marcha ré
Já que o ponto alto é
Viver em paz com a vida.
Autor: Zé Bezerra
Estratégia de historiador
Aliado às práticas do racismo
Que usando engodo e casuísmo
Faz com que mude a cor do escritor
Sendo falsificada a sua cor
Tudo o que é real fica escondido
Essa prática é de quem é possuído
Do maquiavelismo dos racistas
Por historiadores elitistas
Foi Machado de Assis embranquecido.
Indivíduos com a mentalidade
Individualista e atrasada
Adotando postura disfarçada
Tornam-se inimigos da verdade
Aliados a uma sociedade
Que historicamente tem crescido
O seu longo caminho percorrido
É trilhado por muitos egoístas
Por historiadores elitistas
Foi Machado de Assis embranquecido.
Essa gente que acha que ser preto
É ser fraco e desinteligente
É ser analfabeto, incompetente
Que não sabe sequer ler um folheto
São moleques malandros que no gueto
O caminho do mal têm percorrido
Que só negro é quem vai virar bandido
Quem só pra quem é branco vem conquistas
Por historiadores elitistas
Foi Machado de Assis embranquecido.
Autor: Zé Bezerra
Simba não é mais um adolescente
Como está crescido esse amigo meu
Depois de adulto é independente
Com autonomia controla o que é seu.
É muito exigente depois que cresceu
Ficou dos demais muito diferente
A um ato cirúrgico se submeteu
Pra ele hoje tudo flui tranquilamente.
Tem comportamento diferenciado
As farras noturnas já deixou de lado
Não é mais aquele ricardão que era.
Comer e dormir é o forte dele
Nesse tempo agora nem eu e nem ele
Nenhum de nós dois arranja paquera.
Autor: Zé Bezerra
PEDAGOGO É UM PROFISSIONAL
Desacelerar o tempo
É estar a cada dia
Contendo a velocidade
Do ritmo da correria
Pra poder viver a vida
Num clima de calmaria.
Em lugar das coisas rápidas
Ter tempo para pensar
Agir com tranquilidade
Ser prudente ao atuar
Realizando as ações
Com cuidado e devagar.
Neste tempo acelerado
A calma desaparece
Sendo substituída
Por vexame e por estresse
Assim a situação
Vexatória permanece.
Como desacelerar
Pra que tudo volte à calma
Tranquilizando o espírito
Trazendo sossego à alma
Quem consegue fazer isso
Merece elogio e palma.
Então ir em marcha lenta
Num passo mais moderado
Tudo poderá ser feito
Com paciência e cuidado
É desse jeito que o tempo
Fica desacelerado.
Autor: Zé Bezerra
Viver é seguir em frente
A cada dia um pouquinho
É um caminhar constante
Com os outros ou sozinho
Estando certo que tem
Muitas pedras no caminho.
Às vezes pisa em espinho
Pela estrada comprida
Vai seguindo passo a passo
Até cansa na subida
Enfrentando os obstáculos
Da caminhada da vida.
Nessa trilha só de ida
Empecilhos acontecem
Há lâmpadas com brilho intenso
E farois que escurecem
Por isso que o rumo certo
Tem muitos que desconhecem.
Talvez porque não conhecem
O que declarou Jesus
Falando que pra segui-lo
Temos que levar a cruz
Livrando-se dos atalhos
Que nos afastam da luz.
Quem pessimismo conduz
Considera-se um entulho
Prefere silenciar
Sofre sem fazer barulho
Por lhe faltar a coragem
De pisar no pedregulho.
A arrogância, o orgulho
Vêm para atrapalhar
Aqueles que se desviam
Só visando o bem- estar
Sem saber que nessa trilha
É difícil caminhar.
Pedras jamais vão faltar
Nessa imensa pedreira
A meta do caminhante
É erguer sua bandeira
E por trilhas perigosas
Caminhar a vida inteira.
Quando lhe ataca a canseira
Ele desanima até
Mas tenta encorajar-se
Pela energia da fé
Sentindo as pedras pontudas
Furando a sola do pé.
O bom caminheiro é
Persistente na jornada
Quando o desânimo chega
Ele para na estrada
Depois segue sem saber
O tamanho da caminhada.
Segue até de madrugada
Cada momento aproveita
Quando está disposto avança
Ao cansar-se ele se deita
E as pedras nunca impedem
Da caminhada ser feita.
Autor: Zé Bezerra
São as atitudes firmes
Certas e amadurecidas
Que vêm certamente dar
Mais sentido às nossas vidas
Se o nosso comportamento
Resulta em um pensamento
Que apraz nossos sentidos
A paz não se distancia
E vamos no dia a dia
Diminuindo ruídos.
Favoráveis ao diálogo
E às boas relações
Pela compreensão mútua
Sanamos as divisões
Sentindo do outro as dores
Nos tornamos portadores
Do bem, nos passos seguidos
Promovendo a liberdade
Com laços de amizade
Diminuindo ruídos.
Querendo abraçar o mundo
Afastando o egoísmo
Em favor dos indefesos
Defendendo-os do abismo
Ao pobre estendendo a mão
Na luta por inclusão
Estar de braços erguidos
Não rotulando ninguém
Pensando em fazer o bem
Diminuindo ruídos.
Praticando ações fraternas
Com espírito coletivo
Promover o bem comum
É o grande objetivo
Há virtudes e defeitos
Tem deveres e direitos
Em favor dos esquecidos
Respeito a todas as crenças
Convívio com as diferenças
Diminuindo ruídos.
Aumentando a caridade
Diminuindo ambição
Aumentando a acolhida
Diminuindo exclusão
Aumentando a empatia
Diminuindo a fobia
Aumentando os incluídos
Diminuindo os desmontes
Aumentando os horizontes
Diminuindo ruídos.
Autor: Zé Bezerra
Aconteceu a passagem
Naquele dia final
Em que Minervina foi
Pra o reino celestial
Ela fez sua viagem
Não conduzindo bagagem
Chegou à mansão divina
E assim que foi chegando
Os anjos no céu cantando
Acolheram Minervina.
Uma grande poetisa
Que cantava com viola
Além de ser repentista
Foi professora de escola
Em diversas freguesias
Foram tantas cantorias
Desde quando era menina
Na arte se destacando
Os anjos no céu cantando
Acolheram Minervina.
Os que moram lá em cima
Quando a notícia chegou
Para reunião extra
Pedro a todos convocou
Esclareceu que os motivos
Eram os preparativos
Pra acolher a nordestina
Que estava se mudando
Os anjos no céu cantando
Acolheram Minervina.
Pra receber a artista
Foi a festa organizada
Com Xudu, Louro e Valdir
Cachimbinho na embolada
Dominguinhos, Gonzagão
Tocaram xote e baião
Marinês com a voz fina
E Patativa declamando
Os anjos do céu cantando
Acolheram Minervina.
Autor: Zé Bezerra
Caminhando pelos vales
Bebendo água nas fontes
Respirando ar saudável
Vendo novos horizontes
Contemplando a natureza
Admirando a beleza
Das aves esvoaçantes
Sobre arvoredos copados
Passeando pelos prados
E campinas verdejantes.
O canto do sabiá
E do galo de campina
Soltam sons melodiosos
Iguais à harpa divina
As luzes dos pirilampos
Espalham brilhos nos campos
Com centelhas faiscantes
Luzindo em todos os lados
Passeando pelos prados
E campinas verdejantes.
Em pleno alvorecer
Antes que acenda o farol
De irradiante brilho
Dos belos raios do sol
Pelos vales e baixios
Nas ribanceiras dos rios
Em lugares mais distantes
E nos mais aproximados
Passeando pelos prados
E campinas verdejantes.
No papel de andarilho
Decidido a caminhar
Passo firme, estrada afora
Olho vivo a contemplar
Fazendo algumas paragens
Admirando as paisagens
Em lugares deslumbrantes
Que são muito visitados
Passeando pelos prados
E campinas verdejantes.
Autor: Zé Bezerra
a
A Páscoa de Jesus Cristo
A sua infinita glória
Após derrotar a morte
Vive e celebra a vitória
Esse que na cruz morreu
E em três dias reviveu
É Jesus de Nazaré
Que por Deus foi enviado
O Cristo ressuscitado
Vem renovar nossa fé.
A nossa crença precisa
Ficar mais revigorada
Para animados seguirmos
Bem firmes na caminhada
Haja ou não haja imprevisto
Acreditemos no Cristo
Sem fazer como Tomé
Que disse ter duvidado
O Cristo ressuscitado
Vem renovar nossa fé.
Toda criatura humana
Sendo cristã, deve crer
Que Jesus ressuscitou
Trazendo ao nosso viver
Alegria e confiança
Mais certeza e esperança
Que a ressurreição é
O novo tempo esperado
O Cristo ressuscitado
Vem renovar nossa fé.
Na essência da Palavra
Do seu Evangelho cremos
Que Cristo vive e com ele
Também ressuscitaremos
Numa vivência de irmãos
E verdadeiros cristãos
Devemos estar de pé
De coração renovado
O Cristo ressuscitado
Vem renovar nossa fé.
Autor: Zé Bezerra
São povos indígenas, povos primitivos
Gente que merece respeito, atenção
Mas vendo a história, está nos arquivos
Eles são marcados por submissão.
Povo original da nossa nação
Que nunca alcançou seus objetivos
Devido uma falsa civilização
São tratados como se fossem cativos.
Índio é aborígene, índio é raça pura
É tão importante a sua cultura
Sua convivência em comunidade.
No seu habitat, as tribos unidas
Sem nunca ter suas terras invadidas
Vivendo feliz com dignidade.
Autor: Zé Bezerra
O Brasil que é um dos campeões
Em produtos que vêm da agricultura
Abundância de grãos, grande fartura
É constante em várias regiões
Mas visíveis são as contradições
Esse fato ninguém pode esconder
São famintos que vivem a sofrer
Passa o tempo e só cresce o sofrimento
No Brasil que produz tanto alimento
Muita gente não tem o que comer.
Toneladas que vão diariamente
Para a Índia, a Suíça e o Japão
Elevada é a exportação
Porque tem alimento excedente
Mas se falta comida pra o carente
Disso aí pouca gente quer saber
O que vale é o lucro que vão ter
De setenta, oitenta ou cem por cento
No Brasil que produz tanto alimento
Muita gente não tem o que comer.
Pela força do vil capitalismo
Numa sociedade do descarte
Desse esquema a partilha não faz parte
O que conta é ganância e egoísmo
Muito amedrontador é o abismo
Que em nosso país só faz crescer
Se uns vão cada dia enriquecer
Há milhões na miséria e ao relento
No Brasil que produz tanto alimento
Muita gente não tem o que comer.
Sem ter dignidade e sem ter nome
Brasileiros que estão na antivida
Desnutridos por falta de comida
Sofrem com o flagelo que consome
Cruelmente atacados pela fome
Tendo pouca esperança de viver
O problema ninguém vai resolver
Só com paliativo do momento
No Brasil que produz tanto alimento
Muita gente não tem o que comer.
Autor: Zé Bezerra
É sempre gratificante
Poder a meta alcançar
Isso depois de lutar
De batalhar e correr
Cheio de vigor e fé
É bom quando a gente é
O que lutou para ser.
Tendo a autoestima em alta
Percorrendo a trajetória
A sensação de vitória
Certamente dá prazer
A seguir firme de pé
É bom quando a gente é
O que lutou para ser.
É quando o indivíduo
Sente-se realizado
No espaço conquistado
Porque conseguiu vencer
Nas barreiras dando olé
É bom quando a gente é
O que lutou para ser.
Para enfrentar os embates
Teve que haver persistência
Confiança e resistência
Para o rumo não perder
Nem remar contra a maré
É bom quando a gente é
O que lutou para ser.
É o projeto de vida
Uma semente plantada
Que em árvore transformada
Tem fruto para colher
Com amor e muito axé
É bom quando a gente é
O que lutou para ser.
Autor: Zé Bezerra
Grande é nos estados ricos
A prática da agricultura
Existe muita fartura
Em contraste aos sofrimentos
De quem sofre inanição
Em um país campeão
Na produção de alimentos.
Predomina o latifúndio
Isso devido a ganância
O pobre fica à distância
O maltrato lhe consome
Nas peripécias da vida
Renda mal distribuída
É causa grave da fome.
Jesus veio ao mundo para
Que todos tivessem vida
Digna e fortalecida
De justiça e liberdade
Saúde, paz , alegria
No mundo ninguém devia
Viver sem dignidade.
Poucos são donos de tudo
Muitos não possuem nada
A fome está instalada
É um monstro que apavora
Gente da várias idades
Com tantas desigualdades
Por esse país afora.
São milhões de brasileiros
Vítimas do grave problema
Que é a pobreza extrema
Porque a sociedade
Marginaliza e humilha
Ignorando a partilha
E a solidariedade.
Um sistema que despreza
Exclui, oprime, escraviza
Ajuda a quem não precisa
Ao faminto nega o pão
Ele aí se desespera
O capitalismo gera
Egoísmo e ambição.
É muito contraditório
Neste país de riqueza
Existir tanta pobreza
E muita gente desnutrida
Sem direito a refeições
Vagando pelos lixões
A procura de comida.
Têm as crianças raquíticas
Debilidades intensas
Vulneráveis a doenças
Muitas chegam a morrer
Não têm pátria, não têm nome
A quem está passando fome
Devemos dar de comer.
Autor: Zé Bezerra
O nosso olhar manifesta
Recusa ou aceitação
Se nossa resposta é sim
Ou preferimos o não
Isso seguindo os comandos
Dados pelo coração.
Expressa reprovação
Acatamento, alegria
Afirmação, incerteza
Desconfiança, euforia
Externa entusiasmo
E medos do dia a dia.
Comunica empatia
E se o corpo está disposto
Quando a tristeza está perto
Quando se instala o desgosto
E os sintomas da ira
Ficam estampados no rosto.
A sensação de bom gosto
Nos olhos fica expressada
O olhar crítico revela
Uma ação questionada
Fisionomia firme
Demonstra dúvida tirada.
Uma cara bem fechada
Da pessoa insatisfeita
A vista também indica
O levantar de suspeita
Como também é reflexo
De alguém que se deleita.
Quem se levanta ou se deita
Quem se estressa, quem se acalma
Quem vaia, quem é vaiado
Quem louva, quem bate palma
Isso porque são os olhos
Janelas da nossa alma.
Autor: Zé Bezerra
