segunda-feira, 28 de setembro de 2009

APRENDA A ENVELHECER

Envelhecimento humano
Com paz e dignidade
Trará a longevidade
Sem mágoa, sem desengano
O idoso tem bom plano
Sente-se bem por viver
Uma vida com prazer
Superando a nostalgia
Por isso a cada dia
Aprenda a envelhecer.

Se você na meninice
Foi campeão de saúde
Viveu toda juventude
Com robustez e meiguice
Porém agora a velhice
Começa a aparecer
Então para você ter
Uma existência agradável
Com a velhice saudável
Aprenda a envelhecer.

Mantenha seu bom humor
Renove as esperanças
Alegre-se com as crianças
Trate os jovens com amor
Saiba suportar a dor
Sinta prazer em viver
Capriche para saber
Dar sempre a volta por cima
Equilibre a autoestima
Aprenda a envelhecer.

Livre-se da solidão
Relacione-se bem
Leia bons livros também
Medite, faça oração
Pratique a religião
Saiba a Deus agradecer
Veja o que deve comer
E faça boa dieta
Pra ter saúde completa
Aprenda a envelhecer.

Leve a vida de idoso
Com cautela e prevenção
Sem automedicação
Porque isso é perigoso
Seja amável, carinhoso
Curta bem o seu lazer
Na hora que adoecer
Cumpra com o que convém
Pra recuperar-se bem
Aprenda a envelhecer.

Viva a maturidade
Com otimismo e com fé
Entenda que essa é
A melhor fase da idade
Persiga a felicidade
Cultive o bem-querer
Caminhe ao entardecer
Ame aos outros, ame a Deus
Realize os sonhos seus
Aprenda a envelhecer.

Autor: Zé Bezerra

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

MÃOS A SERVIÇO DA VIDA

As nossas mãos são dotadas
De valor incomparável
E aspecto sustentável
Se abertas ou fechadas
Sempre são movimentadas
Nos afazeres da lida
Uma com a outra unida
Belo quadro se desenha
Isso para que se tenha
Mãos a serviço da vida.

As mãos são laboriosas
Próprias para construir
Nunca devem destruir
Nem fazer ações maldosas
Mesmo sujas e calosas
Uma e outra estendida
Em ação comprometida
Bom que nunca se omitissem
Ah se todos possuissem
Mãos a serviço da vida.

Se no gesto da mão vem
Reflexo da atitude
É certo que a mão ajude
Sempre a promover o bem
Se por desventura alguém
Pensa em tornar-se homicida
Desista dessa investida
O mais rápido que puder
Isso porque Deus só quer
Mãos a serviço da vida.

Mãos para abençoar
Abraçar e proteger
Mãos feitas pra defender
Mãos capazes de ensinar
Mãos prontas pra levantar
Qualquer pessoa caída
Mãos que apontam saída
Para quem estar sem norte
Mãos que defendem da morte
Mãos a serviço da vida.

Mãos que sabem como agir
Mãos que defendem os pequenos
Mãos que cultivam terrenos
Mãos que querem produzir
Mãos que sabem repartir
Mãos que fazem acolhida
Mãos que afagam, dão guarida
Mãos que não batem em ninguém
Mãos que só fazem o bem
Mãos a serviço da vida.

Não são mãos que desacatam
Não são mãos que esbravejam
Não são mãos que apedrejam
Não são as mãos que maltratam
Não podem ser mãos que matam
Deixando a paz destruída
Nem mãos que abrem ferida
Nem mãos para ofender
As mãos só deviam ser
Mãos a serviço da vida.

Autor: Zé Bezerra

segunda-feira, 7 de setembro de 2009

OS APUROS DE TONHÃO

Tonhão, sertanejo puro
Caboclo do sangue quente
Matuto, cabra da peste
Camponês experiente
De mão grossa e pé rachado
Do andar desengonçado
Um de nós, gente da gente.

Sujeito temente a Deus
E as tentações do diabo
Enrola cobra no braço
Prende a cabeça e o rabo
Tem força descomunal
Doma qualquer animal
Monta em qualquer touro brabo.

É agricultor valente
Disposto como ninguém
Como se fala na gíria
"Não abre nem para o trem"
É uma hiena enraivada
Mas amansa e não faz nada
Frente à mulher que ele tem.

Tonhão fora é preparado
Para o que der e vier
Mas em casa é diferente
Ele obedece a mulher
Entregou-se à mulherona
Gosta tanto dessa dona
Que só faz o que ela quer.

Pouco estudou e não tem
O fundamental completo
Mas mesmo assim sabe bem
Expressar seu dialeto
Toucinho, fava, buchada
Carne de porco torrada
É o prato predileto.

Mas com a gripe suína
Rondando por todo canto
Tonhão está em apuros
Com tristeza e desencanto
A mulher o fez sofrer
Proibindo de comer
O que ele gosta tanto.

Sem comer carne de porco
Tonhão está há um mês
E sem poder reclamar
O que a companheira fez
Descontente permanece
Porém não desobedece
A sua mulher Inês.

Ele já pensa em fugir
De tão severa fiscal
Pra comer carne e toucinho
Feito o pior canibal
Mas se a mulher souber disso
Vai ser grande o rebuliço
Tudo pode acabar mal.

Detesta comer galeto
Carne de bode e de vaca
Suporta isso calado
Mas atira, puxa faca
E faz pior que bandido
Se acaso um atrevido
Lhe chamar de manicaca.

Grosso assim como Seu Lunga
O afobado Tonhão
De máscara não quer saber
Nem lava as mãos com sabão
Só carne de porco evita
Vê-se que ele necessita
De mais orientação.

Quando ele escutava o rádio
Disse uma voz masculina:
- Sem comer carne de porco
Se pega a gripe ´suína
Assim não é prevenir
O importante é seguir
As normas da medicina.

Inês ouviu isso e disse:
- Meu plano ninguém consome
Essa falação dos médicos
É boato que se some
Tonhão, nem sinta alegria
Porque esta porcaria
Você estica e não come.

O Tonhão mesmo em apuros
A sua opção já fez
Não vai seguir o que os médicos
Recomendam dessa vez
É turrão, grosso e valente
Mas atende fielmente
Aos comandos de Inês.

Autor: Zé Bezerra

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

TORCEDOR DO FLUMINENSE


Esse time uma vez era o Flusão
Dava muito prazer para a torcida
Hoje tantas derrotas em seguida
Fazem estar em pior colocação
Vai parar na segunda divisão
Porque joga, só perde e nunca vence
Sem expectativa e sem suspense
Essa crise o leva à decadência
Tem que ter tolerância e paciência
Para ser torcedor do Fluminense.

Até quando será que o torcedor
Vai curtir essa equipe derrotista
Para que vá em frente e não desista
Tem que ser convencido sofredor
Pra poder defender o tricolor
Que por mais que se esforce não convence
Se não for muito calmo não pertence
A um time de crise e impotência
Tem que ter tolerância e paciência
Para ser torcedor do Fluminense.


Sua máquina de gol não funciona
Está indo tão mal na temporada
A torcida está desapontada
Vendo o time na detestável zona
Já está com os pés na segundona
Ao último lugar é que pertence
Se está na lanterna e já não vence
É por falta de sorte e competência
Tem que ter tolerância e paciência
Para ser torcedor do Fluminense.


Autor: Zé Bezerra