sábado, 26 de dezembro de 2020

NATAL DIFERENTE









Pelo enfrentamento às peripécias

Deste tempo que em nós está presente

Nesta data maior da cristandade

Um desejo comum envolve a gente 

Dando estímulo pra que se comemore

O Natal de um jeito diferente.


Sem as reuniões e sem as festas

Que nos  anos passados se fazia

Sem nos aglomerarmos nas igrejas

Mas podendo sentir a alegria

De em casa ficar com a família

Protegendo-se contra a pandemia.


Com um  calor humano enfraquecido

Por faltar robustez em seus mormaços

A afetividade um tanto morna

Sem o estreitamento dos seus laços

Na ausência esquisita da ternura

Dos apertos de mãos e dos abraços.


No entanto, em meio a tudo isso

Não podemos enfraquecer a fé

Temos que celebrar mais um Natal

Procurando saber melhor quem é

O Cordeiro de Deus, a Luz do mundo

O Messias, Jesus de Nazaré.


Autor: Zé Bezerra





quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

QUANDO ENTENDER UM APRENDIZADO









Ao chegarmos a uma alta idade

Nossa compreensão fica mais vasta

O desentendimento se afasta

Porque temos maior maturidade

Equilíbrio na personalidade

Mais firmeza ao tomar uma atitude

Mesmo havendo decréscimo na saúde

É maior a vontade de viver

Na velhice se passa a entender

Tudo que se aprendeu na juventude.


Atingindo essa fase em nossa vida

Quando está elevada a existência

Com bagagem maior de experiência

Tendo a mente mais amadurecida

Sendo que a juventude foi vivida

Encarando qualquer vicissitude

Exceto que alguém de ideia mude

E a acabe a vontade de aprender

Na velhice se passa a entender

Tudo que se aprendeu na juventude.


Se o tempo de jovem foi marcado

Por estudos e por aprendizagens

Por sucesso e também por desvantagens

O que houve de certo e de errado

O conjunto de todo aprendizado

Se foi menos defeito e mais virtude

Atingido pela decrepitude

O sujeito recorda e quer saber

Na velhice se passa a entender

Tudo que se aprendeu na juventude.


Autor: Zé Bezerra





segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

NÃO PARAR DE APRENDER










É a vida entrando em desvantagem

Com o próximo final da trajetória

Diminuem as células da memória

Assim muitos neurônios já não agem 

Em quem não quis ter mais aprendizagem

Permitindo a mente adormecer

Dando um basta na busca do saber

Desse jeito a amnésia vai crescendo

A pessoa aos poucos vai morrendo 

No momento que deixa de aprender.


Se a pessoa não tem mais a vontade

De na vida ter mais conhecimento

Vai surgindo um atrofiamento

Não aguça a curiosidade

Começando a sentir dificuldade

De raciocinar e entender

Vai faltando interesse até pra ler

Diz que sente o seu corpo esmorecendo

A pessoa aos poucos vai morrendo

No momento que deixa de aprender.


Fica lenta a imaginação

E o esquecimento vai chegando

Em alguém que a mente está entrando

Num processo de acomodação

Sem querer discutir qualquer questão

Referente a um novo conhecer

Isso é  o que pode acontecer

Com quem esse dilema está vivendo

A pessoa aos poucos vai morrendo

No momento que deixa de aprender.


Autor: Zé Bezerra



domingo, 13 de dezembro de 2020

RELÓGIO SEM PONTEIROS










Na eternidade o tempo

Não precisa ser marcado

Tudo flui naturalmente

Sem que seja planejado

Se não há noite nem dia

É perene a calmaria

Sem vendavais corriqueiros

Sem ressacas de maré

A eternidade é

Um relógio sem ponteiros.


O próprio nome já diz

Que predomina o eterno

Não há passado e futuro

Nem presente ultramoderno

Vidas não são perturbadas

Não existem nas estradas

Buracos nem atoleiros

Nem fumaça em chaminé

A eternidade é 

Um relógio sem ponteiros.


Sem cumprimento das horas

Ninguém tem pressa em sair

Pontualidade é coisa 

Que jamais deve existir

Pela ausência da maldade

Mexerico e falsidade

Lá nunca serão parceiros

No mal a paz dá olé

A eternidade é 

Um relógio sem ponteiros.


Lá ninguém nem imagina 

Em deveres e direitos

Deus vem e seleciona

Quais serão os seus eleitos

Os maus serão condenados

E os bons abençoados

Tem últimos que são primeiros

Esses por terem mais fé

A eternidade é 

Um relógio sem ponteiros.


Autor: Zé Bezerra




sábado, 12 de dezembro de 2020

OCUPAÇÃO EM EXCESSO










Ter um ativismo intenso

Afazeres em excesso

Ao ser imaterial

Pode gerar retrocesso

Muitas preocupações

Resultam perturbações

E carência de alegria

Na pessoa atarefada

A vida muito ocupada

Tem vez que fica vazia.


O tremendo corre-corre

A avalanche de estresse

Com um vexame contínuo 

A calma desaparece

A pressa, a inquietude

Trazem desgaste à saúde

O ego perde energia

E a alma é bombardeada

A vida muito ocupada

Tem vez que fica vazia.


Tanto o cansaço físico

Como o cansaço mental

Ao bem-estar da vida

Isso é prejudicial

Atividades demais

É um desafio à paz

Por trazer desarmonia

À pessoa aperreada

A vida muito ocupada

Tem vez que fica vazia.


É prudente que se esteja

Bem com o corpo e a alma

Para isso é necessário

Abastecer-se de calma

Sem agir por emoção

Ouvir a voz da razão

Não deixar que a correria

Seja pedra na estrada

A vida muito ocupada

Tem vez que fica vazia.


Autor: Zé Bezerra