sexta-feira, 6 de dezembro de 2024

CRIANÇAS QUE NÃO BRINCAM

Brincar é tão importante

Ao público infantil agrada

O lúdico é indispensável

Para toda a criançada

Mas nessa época moderna

Há muita influência externa

Partindo do celular

E na medida que avança

Vê-se que tanta criança

Não quer saber de brincar.


As crianças estão trocando

Os brinquedos na telinha

Isso é prejudicial 

Igual a erva daninha

Coisas dos tempos modernos

Produzem vácuos internos

Fazendo a criança estar

Por tudo isso atingida

E na bela fase da vida

Sem gostar mais de brincar.


Os meninos e meninas

Seja em sítio ou cidade

Passam muito tempo nessa

Individualidade

Sem brinquedos prediletos

Sentimentos e afetos

Mas escassos vão ficar

É fato o que estamos vendo

Muitas crianças crescendo

Sem gostarem de brincar.


Por falta de consciência

Vai aumentando o dilema

As famílias não percebem

Que isso seja um problema

Sem limite, sem cautela

Ligam o guri na tela 

Que é pra ele não chorar

Meio tonto e distraído

O menino esmorecido

Não quer saber de brincar.


Aquele uso em excesso

Da telinha todo dia

Parece até que a criança

Tomou uma anestesia

Outra coisa ela não quer

Pode haver o que houver

Ela não muda o olhar

O efeito disso é ruim

Pois uma criança assim

Não quer saber de brincar.


Se a criança não brinca

Foge ao que é social

Vai ter déficit de atenção

Que é prejudicial

Com um alto egocentrismo

É predisposta ao autismo

E isso está a aumentar

Aqui e nas vizinhanças

Só porque muitas crianças

Não gostam mais de brincar.


Autor: Zé Bezerra











 

quinta-feira, 28 de novembro de 2024

PARA FAZER UM POEMA

Busca-se a inspiração

Confiante que ela vem

Fazendo que brilhe além

 A luz da imaginação

E com o lápis na mão 

Para montar o esquema

Faz-se a escolha do tema

E cada ideia é baliza

É disso que se precisa

Para fazer um poema.


Sem ter pensamento tolo

Percorrendo o universo

Transformando ideia em verso

Como o barro no tijolo

Não é receita de bolo

Com fermento, massa e gema

Tem que definir o lema 

Que a mente protagoniza

É disso que se precisa 

Para fazer um poema.


Sabendo que a poesia

Ela é matéria prima

Que de súbito se aproxima

Em qualquer hora do dia

O poeta em sintonia

Faz o seu estratagema

Sua verve é o emblema

Que a tudo preconiza

É disso que se precisa

Para fazer um poema.


O enredo dá suporte

Ao texto construído

Com cada verso medido

Que à estrofe dá norte

Sendo passível de corte

Se por acaso um problema

Provocar algum dilema

O estro logo otimiza

É disso que se precisa

Para fazer um poema.


Autor: Zé Bezerra

 

domingo, 24 de novembro de 2024

NÃO PARAR DE APRENDER

É bom entender que cada

Ser humano necessita

No decorrer da existência

Pensar de forma irrestrita

Para não ter desvantagem

E ver que a aprendizagem

Para nós é infinita. 


Mas para que seja assim

De um jeito responsável

É nossa obrigação

Fazer o que é viável

Acertando na medida

A fim de que nossa vida

Tenha um estilo saudável.


Com o aumento da idade

Vai crescendo a mielina

Se dá pra mantê-la ativa

Sua função não declina

Deve-se fazer desvios

Enfrentando desafios

Para sair da rotina.


Tudo que é rotineiro

Não faz o cérebro aquecer

Buscar algo diferente

Com desejo de aprender

A mente não fica quente

Com aquilo que a gente

Tem costume de fazer.


Pra reforçar os neurônios

E o juízo exercitar

Ler, escrever, fazer cálculos

Um instrumento tocar

Jogos de imaginação

Tudo vem dá condição

Pra memória não falhar.


Com isso o aprendizado

Continua a acontecer

E o mundo à nossa volta

Nós temos que conhecer

 Que é bom ficar sabendo

Enquanto estamos vivendo

Ninguém para de aprender.


Autor: Zé Bezerra




 

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

NEM ONTEM, NEM AMANHÃ

O ontem está no passado

Nele o fazer já foi feito

Tudo foi realizado

Tendo ou não tendo defeito

O amanhã vem depois

O hoje está entre os dois

Neste é que se faz ação

Dentro da hora marcada

No ontem não se faz nada

No amanhã também não.


No hoje vamos focar

Que a vida continua

Cada um a dedicar

Tempo na área que atua

Já que o ontem passou-se 

Pra outra esfera mudou-se

Do  amanhã, o clarão

Vem depois da alvorada

No ontem não se faz nada

No amanhã também não.


O tempo chega e separa

Para não causar revolta

Sua regra é muito clara

O que passou-se não volta

Entre presente e futuro

Dá pra vê que tem um muro

Que faz uma divisão

Numa linha aproximada

No ontem não se faz nada

No amanhã também não.


Se o ontem foi embora

Do túnel não vai sair

Já virou um filme agora

Que podemos assistir

Quando o amanhã chegar

Nele devemos estar

Apostos, de prontidão

Para dar nossa largada

No ontem não se faz nada

No amanhã também não.


Nem ontem, nem amanhã

Só o hoje é que se vive

Seja em Cuba ou no Irã

Em Luanda ou Telavive

O ontem ficou pra trás

No amanhã ninguém faz

Qualquer movimentação

Antes da hora chegada

No ontem não se faz nada

No amanhã também não.


Autor: Zé Bezerra












 

domingo, 10 de novembro de 2024

DESIGUALDADE EM ALTA

Aqueles que só governam 

De forma paternalista

Sempre fazem crescer mais

Dos vulneráveis a lista

Com políticas excludentes

Lideranças influentes

Que o poderio ostenta

Dão ênfase ao egoísmo

É pelo paternalismo

Que a desigualdade aumenta.


Os governos executam 

Planos assistenciais

E com isso vão crescendo

Os desníveis sociais

Com as divisões de classes

São inúmeros os impasses

E a nação toda enfrenta 

O bruto capitalismo

É pelo paternalismo

Que a desigualdade aumenta.


Ricos ficando mais ricos

Pobres mais empobrecidos

Em consequência de erros

Que nunca são corrigidos

Só a elite se agrada

Com a renda concentrada

O capital se sustenta

Após o mercantilismo

É pelo paternalismo

Que a desigualdade aumenta.


Nas metrópoles brasileiras

Encontram-se em todas elas

Bonitos arranha-céus

Rodeados de favelas

Contrastando nas cidades

Enormes desigualdades

E o quadro que se apresenta

É semelhante um abismo

É pelo paternalismo

Que a desigualdade aumenta.


Autor: Zé Bezerra