Muitas pessoas são pontes
Que estampam nos seus rostos
Alegrias ou desgostos
Na graça e nos desafios
Sem receios, sem espantos
Superando os desencantos
De alguns corações vazios.
São pontes entre os inícios
Que se estendem aos fins
As gigantes e as mirins
Mas todas são populares
Nos crepúsculos e alvoradas
Para serem transitadas
Levando a vários lugares.
Fica a alma borbulhante
Extravasando emoção
Que fervilha o coração
Quase que diariamente
Contemplando os horizontes
Em todo lado vê pontes
Quem vive cheio de gente.
Vozes que se comunicam
Têm seus timbres estridentes
Vendavais intermitentes
Vão dos pampas aos cerrados
Sem obstáculo nenhum
Deus concede a cada um
Dons para serem doados.
Autor: Zé Bezerra