terça-feira, 29 de agosto de 2023

O CANTAR DOS ROUXINOIS

Vai a noite e vem o dia

Logo depois que amanhece

O sol com sua quentura 

A face da terra aquece

Seus raios amarelados

Focam em todos os lados

Com seus potentes faróis

E os que vão despertando

Se deliciam escutando 

O cantar dos rouxinóis.


É como um coral de anjos

Com repertório divino

Essas pequeninas aves

Em horário matutino

Têm gargantas afinadas

Cantam bonitas toadas

Diferentes das de nós

A tristeza vai sumindo

Quando a gente fica ouvindo 

O cantar dos rouxinóis.


Nessas aves tão pequenas

A melodia extravasa

Nos belos sons emitidos

Sobre as biqueiras da casa

Esses belos passarinhos

Cedo despertam dos ninhos

Nem sequer aquecem a voz

E cantam sempre à capela

Ouve-se ao pé da janela

O cantar dos rouxinóis.


Cantores de ópera fazem

Belas apresentações 

Com suas vozes canoras 

Cantam bonitas canções

Com melismas e vibratos

Harmonizam seus ornatos

Antes, durante e após

No show dançam, pulam, gritam

Mas nem de longe imitam 

O cantar dos rouxinóis.


Um cantar melodioso

Bem simples e natural

Cadenciado no ritmo 

De uma orquestra divinal

Um show que merece palma

Extasia nossa alma

O seu contágio veloz

Vem a nós contaminar

Vale a pena apreciar 

O cantar dos rouxinóis.


Autor: Zé Bezerra






 

segunda-feira, 28 de agosto de 2023

VOZES DA NATUREZA

No amanhecer do dia

Ouvir o canto das aves

Com sons enternecedores

E melodias suaves

Isso é muito prazeroso

Acalma quem está nervoso

É verdadeira beleza

Genuína e salutar

É agradável escutar

As vozes da natureza.


O trinado do canário 

E do galo de campina

O apito do nambu

Agudo igual a buzina

Na hora que nasce o sol

Canta alegre o rouxinol

E o carão na represa

Vem a chuva anunciar

É agradável escutar

As vozes da natureza.


O bem-te-vi, o golinha

Passarinho lavadeira

O xexéu canta escondido 

Na folha da bananeira

O sabiá dá seu show

E a rola "fogo pagou"

Parece até indefesa

Na hora que vai cantar

É agradável escutar

As vozes da natureza.


No mesmo coral tem vozes

De diversos animais

Como miados, latidos

Alguns sons são surreais

Uivos, berros e esturros

Uns fazem apenas sussurros

Deixam a garganta presa

Para o eco não soltar

É agradável escutar

As vozes da natureza.


O ronco das cachoeiras

O som do vento nas matas

O estrondo dos trovões

Barulhos das cataratas

Chuvas grossas e neblinas

As ondas são bailarinas

Em águas sem correnteza

No verde palco do mar

É agradável escutar

As vozes da natureza.


Autor: Zé Bezerra


 

domingo, 20 de agosto de 2023

CRISE DE LIMITES E VALORES

Hoje em tempos modernos

Os círculos familiares

Veem que fortes pilares

Desencantam os construtores

Seguindo outras diretrizes

Passa a família por crises

De limites e valores.


Os pais afrouxam as normas

De conduta para os filhos

Pra não haver empecilhos

Como se tudo é só flores

Não se importam com deslizes

Passa a família por crises

De limites e valores.


Cresce a sede de consumo

Que a mídia dá incentivo

O modismo traz motivo

E as imagens multicores

Apontam os falsos felizes

Passa a família por crises

De limites e valores.


Muitos caminhos errados

Por muitos são percorridos

Lares que são destruídos

São causas de dissabores

De pessoas infelizes

Passa a família por crises 

De limites e valores.


Filhos que não têm limites

Não sabem dialogar

Nem ouvir, nem respeitar

Rebeldes e agressores

Só do mal são aprendizes

Passa a família por crise 

De limites e valores.


Autor: Zé Bezerra



 

sexta-feira, 11 de agosto de 2023

FESTA JUBILAR

 

A escola Francisco Francelino

Tem por base e critério o bom princípio

De direcionar os seus serviços

Para a população do município.


Quando está celebrando meio século

São bastante plausíveis os motivos

Para da alto significado

A um conjunto de fins educativos.


Toda a comunidade escolar

Esta instituição reverencia

Expressando com unanimidade

Um comum sentimento de alegria.


Vem de setenta e três do século vinte

Demarcando a sua trajetória

E na educação dos patuenses

Já compôs bons capítulos dessa história.


Enfrentando percalços diariamente

Dando a volta por cima, indo adiante

Ao formar cidadãos e cidadãs

Esse feito é bem mais gratificante.


Que a todos os que fazem esta escola

Cada dia Deus possa abençoar

Salve, salve os seus cinquenta anos

Parabéns pela festa jubilar!


Autor: Zé Bezerra


SEMENTES DE ESPERANÇA

 A horta da existência

Precisa ser adubada

É bom selecionar

Cada semente plantada

Com terreno bem regado

Sendo tudo preparado

Bom resultado se alcança

E a colheita é garantida

Devemos plantar na vida

Sementes de esperança.


Com todo zelo e capricho

Como faz o bom roceiro

Tentando afastar-se o máximo

De descrença e desespero

Deixando longe também

Aquilo que não faz bem

E causa desconfiança

Tendo a fé fortalecida

Devemos plantar na vida

Sementes de esperança.


Para a vida ter sentido

E ninguém viver à toa

Ela sendo preparada

Fica igual a terra boa

Com excelentes produtos

Multiplicando seus frutos

Num crescimento que avança

Cada árvore é bem florida

Devemos plantar na vida

Sementes de esperança.


Orando e rogando a Deus

Pra nos livrar do perigo

Mesmo o joio estando perto

Vamos semear o trigo

Combatendo o egoísmo

Lutemos com otimismo

Sendo o fiel da balança

A graça é bem recebida

Devemos plantar na vida

Sementes de esperança.


Nunca nos acomodemos

E não sejamos medrosos

Ao contrário sejamos

Firmes e esperançosos

Levantando a autoestima

Demos a volta por cima

Com coragem e confiança

E com a cabeça erguida

Devemos plantar na vida

Sementes de esperança.


Autor: Zé Bezerra