sexta-feira, 30 de abril de 2021

SURPREENDIDO PELA ESPERANÇA








Mesmo estando abalada esta nação

Pela realidade tão perversa

De uma crise profunda e adversa

Que a todos traz preocupação

Mas diante de tal situação

Que faz todo horizonte escurecido

Vê-se um brilho que estava escondido

Em pequena fagulha que avança

Surge um foco de luz e esperança

Quando tudo parece estar perdido.


Se estou enfrentando o desemprego

Sem ter como a família sustentar

Com acúmulo de contas pra pagar

Isso faz perturbar o meu sossego

Intranquilo no canto aonde chego

Por estar num caminho interrompido

Mas vem algo que muda meu sentido

Brilha em mim o olhar de uma criança

Surge um foco de luz de esperança

Quando tudo parece estar perdido.


Há problemas em todos os países

Muitos são de difíceis soluções

Pandemia e fome nas nações

Tão profundas parecem ser as crises

Por faltarem as boas diretrizes

A pobreza bastante tem sofrido

Mas Deus manda o pão ser repartido

E aos poucos começa haver bonança

Surge um foco de luz e esperança

Quando tudo parece estar perdido.


Autor: Zé Bezerra




quarta-feira, 28 de abril de 2021

DEUS DÁ OS AJUSTES










Deus permite que eu seja

Uma pessoa bondosa

Cumpridora dos deveres

Persistente e amorosa

Enérgica e determinada

Otimista e esforçada

Lutando para vencer

Com o que lhe convier

Do jeito que Deus me quer

Eu procuro me querer.


Porque Deus sempre me ama

Nunca me abandonou

Penso que Ele me aceita

Do jeito que fui e sou

Assim também me aceito

Cheio de falha e defeito

Mas decidido a viver

Até quando Deus quiser

Do jeito que Deus me quer

Eu procuro me querer.


De graça Deus deu-me o dom

Da vida, o mais valioso

No entanto, muitas vezes

Eu não sou harmonioso

Uso de ignorância

Imprudência e arrogância

Mais que o próximo quero ser

Humilhando quem vier

Do jeito que Deus me quer

Eu procuro me querer.


Autor: Zé Bezerra




 

terça-feira, 20 de abril de 2021

LINHAS DA VIDA (soneto)









O que é escrito sobre as linhas da vida

Sai do pensamento e vai pra o coração

E as revelações da alma frágil e sentida

Fazem que se tome uma nova direção.


Se há tempestades de inverno ou verão

E vê-se da planta uma flor caída

É porque o estrume que adubou o chão

Foi fraco produto com data vencida.


Pode até o sol chegar a escurecer

Pelos vendavais que vão aparecer

Fazendo o mau tempo demorar passar.


Isso realmente é uma ameaça

Mas no momento que a tempestade passa

Aí o sol volta novamente a brilhar.


Autor: Zé Bezerra 

quinta-feira, 15 de abril de 2021

PRESO PELA PANDEMIA








Quando chegou o momento

De ficar em quarentena

Precisei sair de cena

Recluso em meu aposento

Devido o  confinamento

Nem na calçada saía

Com uma máscara que ardia 

Nas orelhas como brasa

E a ordem: - " fique em casa"

PRESO PELA PANDEMIA.


Não pude mais ir à feira

Nem sair para um passeio

A Covid deu um freio 

A vida ficou grosseira

Assim a semana inteira

É grande a monotonia

Nesse atípico dia a dia

A gente fica sem plano

Já estou com mais de um ano

PRESO PELA PANDEMIA.


A realidade é esta

Enfrentando essa peleja

Não fui mais a uma igreja

Nem curti sarau, nem festa

Nunca mais fui a seresta

Procissão, nem romaria

Nas coisas que eu fazia

Houve um enorme recuo

Só porque eu continuo

PRESO PELA ROMARIA.


Sensação não tive mais 

Dos abraços apertados

Porque esses são trocados 

Por abraços virtuais

Os grandes shows culturais

Que davam tanta alegria

Agora só live fria 

Tem vez que fico a olhar 

Na tela do celular

PRESO PELA PANDEMIA.


Sem realizar viagens

Sem caminhar pelos campos

Sem olhar os pirilampos

Sem contemplar as paisagens

Sem andar noutras paragens

Sem sentir a maresia

Sem cair numa folia

Sem ir às festas de rua

Sem nunca mais ver a lua

PRESO PELA PANDEMIA.


Se não saí, não andei

Se não andei, não fui longe

Vivendo vida de monge

Enclausurado fiquei

Muitos planos desmanchei

Tive a agenda vazia

Se pra nenhum canto ia

Fui procurar a saída

Pra dar mais sentido à vida

PRESO PELA PANDEMIA.


A saída encontrada

Foi a rotina mudar

Pensar e reinventar

Não ficar sem fazer nada

Com a internet instalada

Vi que assim conseguia

Uma ocupação sadia

Para o ócio combater

Achei muito o que fazer

PRESO PELA PANDEMIA.


Autor : Zé Bezerra

sexta-feira, 2 de abril de 2021

ABRAÇOS NÃO DADOS









Senti forte desejo de abraçar alguém

Foi mais que envolvente essa sensação

Fiquei tão inseguro do jeito de quem

Não encontra firmeza pra pisar no chão.


Nessa crise de afeto sinto o coração

Chegando a bater cento e oitenta por cem

Só encontro um remédio que baixe a pressão

É se um abraço grande eu der em meu bem.


Mas pelas restrições abraçar não posso

A Covid veio barrar o desejo nosso

É bem frustrante ter planos desmanchados.


Uma força maior deixa-me esperando

Pra não sofrer mais nem fico pensando 

Nas desilusões dos ABRAÇOS NÃO DADOS.


Autor: Zé Bezerra