Na eternidade o tempo
Não precisa ser marcado
Tudo flui naturalmente
Sem que seja planejado
Se não há noite nem dia
É perene a calmaria
Sem vendavais corriqueiros
Sem ressacas de maré
A eternidade é
Um relógio sem ponteiros.
O próprio nome já diz
Que predomina o eterno
Não há passado e futuro
Nem presente ultramoderno
Vidas não são perturbadas
Não existem nas estradas
Buracos nem atoleiros
Nem fumaça em chaminé
A eternidade é
Um relógio sem ponteiros.
Sem cumprimento das horas
Ninguém tem pressa em sair
Pontualidade é coisa
Que jamais deve existir
Pela ausência da maldade
Mexerico e falsidade
Lá nunca serão parceiros
No mal a paz dá olé
A eternidade é
Um relógio sem ponteiros.
Lá ninguém nem imagina
Em deveres e direitos
Deus vem e seleciona
Quais serão os seus eleitos
Os maus serão condenados
E os bons abençoados
Tem últimos que são primeiros
Esses por terem mais fé
A eternidade é
Um relógio sem ponteiros.
Autor: Zé Bezerra
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