O coronavírus trouxe
Para nós limitações
Inúmeros constrangimentos
Afetando os corações
Até fomos obrigados
A ficar distanciados
Um clima sem ter mormaço
Cada dia se apresenta
O tempo passa e aumenta
A CARÊNCIA DO ABRAÇO.
O quanto é desagradável
Estar no quotidiano
Privado desse exercício
Tônico do calor humano
Sem ao outro abraçar
Sem sua mão apertar
Sem por alguém no regaço
Nesse convívio incomum
Vai crescendo em cada um
A CARÊNCIA DO ABRAÇO.
Não tendo aproximação
E nem contato direto
Instala-se uma crise
De aconchego e afeto
Esvazia-se emoções
Ternuras e afeições
Afogam-se no fracasso
Isso nos traz mal estar
Como vamos suportar
A CARÊNCIA DO ABRAÇO.
Quanta falta a gente sente
De um abraço apertado
Essa reciprocidade
De afeto estimulado
Sem um abraço sadio
O nosso ego vazio
Fica encalhado num laço
E a solidão sufocando
Porque está aumentando
A CARÊNCIA DO ABRAÇO.
Até que esses protocolos
Possam chegarem ao fim
Iremos vivenciando
Essa experiência ruim
As pessoas não se animam
Porque não se aproximam
Sentem tristeza e cansaço
Enquanto houver pandemia
Só aumenta a cada dia
A CARÊNCIA DO ABRAÇO.
Autor: Zé Bezerra
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