domingo, 20 de setembro de 2020

A CARÊNCIA DO ABRAÇO









O coronavírus trouxe

Para nós limitações

Inúmeros constrangimentos

Afetando os corações

Até fomos obrigados

A ficar distanciados

Um  clima sem ter mormaço

Cada dia se apresenta

O tempo passa e aumenta

A CARÊNCIA DO ABRAÇO.


O quanto é desagradável

Estar no quotidiano

Privado desse exercício

Tônico do calor humano

Sem ao outro abraçar

Sem sua mão apertar

Sem por alguém no regaço

Nesse convívio incomum

Vai crescendo em cada um

A CARÊNCIA DO ABRAÇO.


Não tendo aproximação

E nem contato direto

Instala-se uma crise

De aconchego e afeto

Esvazia-se emoções

Ternuras e afeições

Afogam-se no fracasso

Isso nos traz mal estar

Como vamos suportar

A CARÊNCIA DO ABRAÇO.


Quanta falta a gente sente

De um abraço apertado

Essa reciprocidade

De afeto estimulado

Sem um abraço sadio

O nosso ego vazio

Fica encalhado num laço

E a solidão sufocando

Porque está aumentando

A CARÊNCIA DO ABRAÇO.


Até que esses protocolos

Possam chegarem ao fim

Iremos vivenciando 

Essa experiência ruim

As pessoas não se animam

Porque não se aproximam

Sentem tristeza e cansaço

Enquanto houver pandemia

Só aumenta a cada dia

A CARÊNCIA DO ABRAÇO.


Autor: Zé Bezerra









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