Santo Antônio é festejado
Por este país inteiro
De muitas comunidades
Ele é o padroeiro
E na crendice do povo
É Santo casamenteiro.
Mas como a modernidade
Penetra em qualquer lugar
Santo Antônio está ficando
Esquecido no altar
Que essa gente moderna
Não usa mais se casar.
Foi-se o tempo em que a moça
Ou algum rapaz idôneo
Faziam promessa ao Santo
A fim de um matrimônio
Hoje não precisam mais
Incomodar Santo Antônio.
Naquela época passada
Do vovô e da vovó
A moça com vinte anos
Se ainda estava só
Se aperriava pensando
Em ficar no caritó.
Do mesmo jeito o rapaz
Cheio de intenções boas
Não casando logo era
Tachado pelas pessoas
Eles eram "vitalinos"
E elas eram "coroas".
Para se livrarem disso
Preces ao Santo faziam
Se ele atendia a todos
Noivos e noivas surgiam
E as festas de casamento
Com frequência aconteciam.
E com isso Santo Antônio
Era muito elogiado
Depois da graça, as promessas
Eram pagas com cuidado
Que quem suplicava a ele
Jamais ficava encalhado.
Hoje tudo é diferente
Pragmático e definido
Tanto faz para as mulheres
Ter ou não ter um marido
Pedir noivo a Santo Antônio
Isso não faz mais sentido.
Levou o tempo moderno
Essa crença ao além
Santo Antônio aposentou-se
Está calmo e muito bem
Ninguém mais o perturbou
Nunca mais ele arranjou
Casamento pra ninguém.
Autor: Zé Bezerra
sábado, 13 de junho de 2009
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2 comentários:
Parabéns pela inspiração!!!
Gostei bastante do desfecho...
Parabéns pela poesia rima e repente!
Vou divulgar sua arte aqui no Cerrado também
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