domingo, 28 de março de 2010

QUANDO AS FAGULHAS FAÍSCAM

As ideias vêm à mente
Aparecem de repente
E imediatamente
A verve vai esquentando
O poeta percebendo
Sente o verso aparecendo
Começa logo escrevendo
E AS FAGULHAS FAISCANDO.

Estando em sintonia
Ele vê com alegria
Que as musas da poesia
Já vêm se aproximando
Sem darem prontas receitas
Entram por portas estreitas
As composições são feitas
E AS FAGULHAS FAISCANDO.

A febre da inspiração
Desperta a motivação
Com isso a imaginação
Permanece borbulhando
É assim que funciona
O senso seleciona
O pensamento detona
E AS FAGULHAS FAISCANDO.

No bojo do universo
Num mar de sonhos imerso
O maquinário do verso
Aciona-se criando
Frase e palavra rimada
Estrofe metrificada
Fica a letra terminada
E AS FAGULHAS FAISCANDO.

Temas diversificados
São descritos ou narrados
Alguns são fantasiados
Outros só orientando
Uns têm da crítica o teor
Há os que falam de amor
Os recheados de humor
E AS FAGULHAS FAISCANDO.

Passam por frestas das telhas
Faíscas azuis, vermelhas
Labaredas com centelhas
Na escuridão brilhando
O poeta na clausura
Cria versos com fartura
Com fogo, chama e quentura
E AS FAGULHAS FAISCANDO.

Autor: Zé Bezerra

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