Poetiza-se sonhando
Com um mundo diferente
Olhando-se a fluidez
De uma fonte permanente
Onde existe um combustível
Que enche o tanque da mente.
Acima um céu reluzente
Cheio de constelações
Um mar revolto invadido
Por muitas embarcações
Que tangidas pelo vento
Vão em várias direções.
Verseja-se nos sertões
Sentindo cheiro da mata
Ouvindo um coral de pássaros
Numa bela serenata
Enquanto a lua derrama
Seus raios da cor de prata.
Numa visão abstrata
Dos sinais do universo
O pensamento trabalha
Mas por vezes fica imerso
Para injetar mais adubo
Na raiz de cada verso.
Quando o clima é adverso
Logo o poeta conhece
Que a escassez da verve
Surge mas não permanece
É como uma onda fraca
Em breve desaparece.
Vê-se a aranha que tece
Com fios a sua teia
Caipora pega o cão
Maltrata o bicho na peia
Na noite de sexta - feira
O lobisomem passeia.
Circula o sangue na veia
Trazendo ao corpo energia
As ideias vão surgindo
O poeta sonha e cria
Utilizando obras primas
Faz um celeiro de rimas
Para estocar poesia.
Autor: Zé Bezerra
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