quinta-feira, 29 de setembro de 2022

LAMBORADAS DO AMOR

Quando pensei que estava

De bem com meus sentimentos

Chegou uma onda brava 

Tangida por muitos ventos

O amor enfurecido

Por ele eu fui agredido

Com violência e furor

Atacou-me com porradas

Levei quinze lamboradas

Do cinturão do amor. 


Talvez porque vacilei

Fazendo alguma besteira

Quando era pra ser sério 

Eu levei na brincadeira

Da linha certa saí

Escorreguei e caí

Fiquei mudando de cor

E devido essas mancadas

Levei quinze lamboradas

Do cinturão do amor.


Feito um abobalhado

Imaturo e displicente

Ainda sem ter notado

Que o amor é tão prudente

Justiceiro e impecável

Como fui irresponsável

Logo chorei com a dor

Das costas sendo arranhadas

Levei quinze lamboradas

Do cinturão do amor.


Por ser cínico e desleal

Por ser fraco e mentiroso

Por ser tolo e sem moral

Por ser um astucioso

Por ser bruto e arrogante

Por ser muito ignorante

Por ser falso e traidor

Por tantas coisas erradas

Levei quinze lamboradas

Do cinturão do amor.


Autor: Zé Bezerra





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