Sem ouvir os felizardos
De mentes aureoladas
Em sextilhas turbinadas
A inspiração em fardos
Produzida por dois bardos
Em perfeita sinergia
Com lacres de poesia
Que alguém abre e rebola
Tenho fome de viola
E sede de cantoria.
Quando demoro a ouvir
Bons repentistas cantando
Sinto em mim está faltando
O que costumo sentir
Sem nunca mais aplaudir
Voz, repente e melodia
Espero que qualquer dia
Tenha aula dessa escola
Tenho fome de viola
E sede de cantoria.
Ouvir o tom estridente
Duma viola afinada
E uma dupla inspirada
Num belo show de repente
Isso satisfaz a gente
Em qualquer hora do dia
Empolga, causa alegria
E a toda tristeza isola
Tenho fome de viola
E sede de cantoria.
Quando o cantador entoa
Arrancando do juízo
Os versos de improviso
Num repente que ressoa
Uma cantoria boa
Ouve-se com euforia
A sensação de alegria
A todo estresse controla
Tenho fome de viola
E sede de cantoria.
Autor: Zé Bezerra
Nenhum comentário:
Postar um comentário