quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

PLURALIZANDO VERSOS E RIMAS









Os ventos sopram velozes

Por morros, serras e montes

Águas límpidas nas nascentes

Fluem e abastecem as fontes

Raios solares cintilam

Encantando os horizontes.


Veículos lentos nas pontes

E rápidos, em vias retas

Técnicos de vários esportes

Preparando seus atletas

E as musas parnasianas

Enamorando os poetas.


Dispostos a cumprir metas

Esforçam-se os operários

Com prioridade aos lucros

Atuam os empresários

Políticos de várias frentes

Reúnem seus partidários.


Grupos lutam por salários

Em várias categorias

Classes privilegiadas

Usufruem mordomias

E milhões de empobrecidos 

Lotando as periferias.


Aumenta todos os dias 

O rol dos desempregados

Os desníveis sociais

Tornam-se mais elevados

Do petróleo, sobem preços 

De todos seus derivados.


Em países e estados

Perde a cultura, as raízes

Professores inseguros

Formam mal seus aprendizes

Em tempos desfavoráveis

Multiplicam-se as crises.


Sentenças de alguns juízes

Podem ser mal decretadas

Mansões luxuosas ficam

Por muito tempo fechadas

Barracos toscos envoltos 

Em lonas empoeiradas.


Andarilhos nas estradas

Levando seus matolões

Detetives disfarçados

Fazem investigações

A ONU pede que cessem 

Conflitos entre as nações.


Teriam outros senões

Com essas matérias primas

Porém não houve empecilhos

Nem divagação nos climas

Só se quis fazer plurais

Em todos versos e rimas.


Autor: Zé Bezerra




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