sábado, 7 de dezembro de 2019

VOZ SUFOCADA














A gaiola do pássaro é a cadeia
Que o deixa tristonho e desolado
Começando a cantar desafinado
Encolhido, não voa e não passeia
Por estar melancólico não gorjeia
Até para comer não tem vontade
Sem saber porque estar  por trás da grade
Qual o erro que paga ali sozinho
Sufocada é a voz do passarinho
Que não canta a canção da liberdade.

O canário, o concriz, o sabiá
São encantos da voz da natureza
Na gaiola atrofiam de tristeza
O que mais eles querem ninguém dá
Se um canta de lá outro de cá
De cantar eles têm necessidade
Muito grande é a contrariedade
Para quem saiu livre do seu ninho
Sufocada é a voz do passarinho
Que não canta a canção da liberdade.

Passarinho que estar prisioneiro
Quem o pôs na gaiola é um tirano
É perversa a ação do ser humano
Que mantém uma ave em cativeiro
Uns é para vender, ganhar dinheiro
E não acham  que isso é maldade
Outros sentem a maior felicidade
E jamais vão ter pena do bichinho
Sufocada é a voz do passarinho
Que não canta a canção da liberdade.

Autor: Zé Bezerra



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