sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

MAIS UM ASTRO QUE SE APAGA














Outro vate que chega ao fim da vida
João Batista Bernardo, João Furiba
Morreu em Cajazeiras, Paraíba
Após uma existência tão comprida
Aos cem de idade fez partida
Trinta e um de janeiro foi o dia
Em dois mil dezenove a cantoria
Tem desfalque de mais um componente
Mais um astro imbatível no repente
Apagou-se no céu da poesia.

Cantador com perfil de campeão
Vencedor de diversos festivais
Em espaços urbanos e rurais
O Furiba foi sempre uma atração
Seu talento e sua inspiração
Encantavam a quem lhe assistia
Provocava no público alegria
Com o seu jeito cômico, irreverente
Mais um astro imbatível no repente
Apagou-se no céu da poesia.

Figurou entre os grandes cantadores
Ao som da viola um baluarte
No desenvolvimento dessa arte
Soube representar os seus valores
Agradou camponeses e doutores
Com os bons improvisos que fazia
Ele cantava bem e só mentia
Para descontrair o ambiente
Mais um astro imbatível no repente
Apagou-se no céu da poesia.

João Furiba foi um pernambucano
Contemplado com grande inteligência
Começou a cantar na adolescência
Foi crescendo na arte a cada ano
Formou dupla com João Paraibano
Enfrentou Bule Bule da Bahia
Vila Nova, Xudu e Zé Maria
Louro Branco, Cotinha e Zé Vicente
Mais um astro imbatível no repente
Apagou´-se no céu da poesia.

Autor: Zé Bezerra



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