sexta-feira, 20 de outubro de 2017

PAZ INQUIETA

Ter paz não significa
Viver na passividade
Sem nunca incomodar-se
Em sua comunidade
Só pensando no seu bem
Sem assumir com ninguém
A responsabilidade.

Refletir, preocupar-se
Com problemas sociais
Repudiar injustiças
Dos direitos ir atrás
Ter sempre as mãos estendidas
São tarefas exigidas
Para se viver em paz.

Paz sem comprometimento
Sem empunhar a bandeira
Só de braços encruzados
Parado a semana inteira
Sem da luta aproximar-se
Nem com nada indignar-se
Não é a paz verdadeira.

A paz que Jesus nos dá
Ela é  pura e permanece
Nos corações inquietos
Aí se estabelece
É aos mansos pertinente
Por ser muito diferente
Da que o mundo oferece.

Paz que faz o indivíduo
Ter pensamentos coesos
Seus planos de liberdade
A subornos não são presos
É paz que promove a vida
Numa batalha renhida
A favor dos indefesos.

Paz que dá ao ser humano
Atitude de profeta
Pra denunciar sem medo
O mal que ao pobre afeta
Paz que acaba o comodismo
Afugenta o egoísmo
Essa é a paz inquieta.

Autor: Zé Bezerra

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