quinta-feira, 12 de janeiro de 2017
NA CAÇA DAS ILUSÕES
Sigo e atravesso a ponte
Na caminhada sozinho
Vou procurando o caminho
Sinto sede, vou à fonte
Bebo água, subo o monte
Olho do dia os clarões
Cheio de contradições
Desço a serra, venho embora
Enquanto vejo a aurora
Fico caçando ilusões.
Numa madrugada fria
Após despertar do leito
A saudade aperta o peito
Aumentando a nostalgia
Antes que amanheça o dia
Vêm muitas recordações
No silêncio, as emoções
Movem quem suspira e chora
Enquanto vejo a aurora
Fico caçando ilusões.
É assim que o meu sonho
Transforma-se em pesadelo
Se tento compreendê-lo
Fico ainda mais tristonho
O dia a dia enfadonho
Não traz modificações
Somente as decepções
Vão ficando até agora
Enquanto vejo a aurora
Fico caçando ilusões.
Poderia eu estar
Contemplando a alvorada
Ouvindo da passarada
Um canto espetacular
Exposto à luz do luar
Sem ter preocupações
Mas as minhas opções
Do prazer me deixam fora
Enquanto vejo a aurora
Fico caçando ilusões.
Autor: Zé Bezerra
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