sexta-feira, 2 de maio de 2014
UM PRODUTO DE CULTURA
Sonhando e imaginando
Em qualquer hora do dia
O poeta expressa em versos
O que o pensamento cria
Seja em clima frio ou quente
Ele está com sua mente
Processando poesia.
A rima e a simetria
Do processo fazem parte
Cada palavra vai tendo
O seu lugar de encarte
As ideias vão surgindo
Para ele ir construindo
A sua obra de arte.
Sua verve é estandarte
A métrica indica a moldura
Estrofes padronizadas
Limitando a estrutura
De uma composição
Efeito de inspiração
E produto de cultura.
A poesia é mais pura
Se cheira a flor de pereiro
A raiz de cumaru
A casca de marmeleiro
E é como malacacheta
Mufumbo e jurema preta
Macambira e juazeiro.
Se a poesia tem cheiro
Do matagal campezino
Alfazema e jetirana
E queima igual sol a pino
Se cheira a terra queimada
Ela é marca registrada
Do poeta nordestino.
Da gleba de Vitalino
De Catulo e Patativa
Da caatinga e do brejo
Do velame e da maniva
Dos angicos e ingás
Do canto dos sabiás
A poesia é nativa.
Poesia é água viva
Arte simples e completa
Atração de quem a curte
Analisa e interpreta
Fonte que jorra à vontade
Na subjetividade
E no coração do poeta.
Autor;: Zé Bezerra
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