sexta-feira, 28 de junho de 2013

MUNDO CÃO
















No Brasil de sul a norte
As pessoas não amadas
Logo cedo são marcadas
Com o selo da exclusão
Depois que compram passagem
Iniciam a viagem
Com destino ao mundo cão.

Adolescentes e jovens
Adentram a esse inferno
Em pleno tempo moderno
Favorável à delinquência
Esses fazem adesão
Para a prostituição
Narcotráfico e violência.

Viciando-se no crack
Perdem da vida o sentido
Candidatam-se a bandido
Aprendem cedo a roubar
Ficam marginais ousados
Por isso predestinados
A morrer ou a matar.

Parecem sombras vagantes
São seres inconsequentes
Meliantes, delinquentes
São manchetes de notícia
Presos ou apreendidos
Ficando bem conhecidos
Nos registros da polícia.

Olhos fundos, corpos magros
São marcas da antivida
Numa entrada sem saída
Que só o mal é propício
Nessa cruciante via
Afogam-se a cada dia
No mar revolto do vício.

As malditas cracolândias
São cemitérios de vivos
Atraindo esses cativos
Que ali acham suporte
Pra se autodestruírem
E as pedras consumirem
Até a hora da morte.

Só a boa educação
Familiar, escolar
Preservação de valores
A vida digna do lar
A formação cidadã
A prática da fé cristã
Em templos e sinagogas
Podem livrar certamente
O jovem, o adolescente
Do submundo das drogas.

Autor: Zé Bezerra


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