quinta-feira, 28 de novembro de 2024

PARA FAZER UM POEMA

Busca-se a inspiração

Confiante que ela vem

Fazendo que brilhe além

 A luz da imaginação

E com o lápis na mão 

Para montar o esquema

Faz-se a escolha do tema

E cada ideia é baliza

É disso que se precisa

Para fazer um poema.


Sem ter pensamento tolo

Percorrendo o universo

Transformando ideia em verso

Como o barro no tijolo

Não é receita de bolo

Com fermento, massa e gema

Tem que definir o lema 

Que a mente protagoniza

É disso que se precisa 

Para fazer um poema.


Sabendo que a poesia

Ela é matéria prima

Que de súbito se aproxima

Em qualquer hora do dia

O poeta em sintonia

Faz o seu estratagema

Sua verve é o emblema

Que a tudo preconiza

É disso que se precisa

Para fazer um poema.


O enredo dá suporte

Ao texto construído

Com cada verso medido

Que à estrofe dá norte

Sendo passível de corte

Se por acaso um problema

Provocar algum dilema

O estro logo otimiza

É disso que se precisa

Para fazer um poema.


Autor: Zé Bezerra

 

domingo, 24 de novembro de 2024

NÃO PARAR DE APRENDER

É bom entender que cada

Ser humano necessita

No decorrer da existência

Pensar de forma irrestrita

Para não ter desvantagem

E ver que a aprendizagem

Para nós é infinita. 


Mas para que seja assim

De um jeito responsável

É nossa obrigação

Fazer o que é viável

Acertando na medida

A fim de que nossa vida

Tenha um estilo saudável.


Com o aumento da idade

Vai crescendo a mielina

Se dá pra mantê-la ativa

Sua função não declina

Deve-se fazer desvios

Enfrentando desafios

Para sair da rotina.


Tudo que é rotineiro

Não faz o cérebro aquecer

Buscar algo diferente

Com desejo de aprender

A mente não fica quente

Com aquilo que a gente

Tem costume de fazer.


Pra reforçar os neurônios

E o juízo exercitar

Ler, escrever, fazer cálculos

Um instrumento tocar

Jogos de imaginação

Tudo vem dá condição

Pra memória não falhar.


Com isso o aprendizado

Continua a acontecer

E o mundo à nossa volta

Nós temos que conhecer

 Que é bom ficar sabendo

Enquanto estamos vivendo

Ninguém para de aprender.


Autor: Zé Bezerra




 

quarta-feira, 13 de novembro de 2024

NEM ONTEM, NEM AMANHÃ

O ontem está no passado

Nele o fazer já foi feito

Tudo foi realizado

Tendo ou não tendo defeito

O amanhã vem depois

O hoje está entre os dois

Neste é que se faz ação

Dentro da hora marcada

No ontem não se faz nada

No amanhã também não.


No hoje vamos focar

Que a vida continua

Cada um a dedicar

Tempo na área que atua

Já que o ontem passou-se 

Pra outra esfera mudou-se

Do  amanhã, o clarão

Vem depois da alvorada

No ontem não se faz nada

No amanhã também não.


O tempo chega e separa

Para não causar revolta

Sua regra é muito clara

O que passou-se não volta

Entre presente e futuro

Dá pra vê que tem um muro

Que faz uma divisão

Numa linha aproximada

No ontem não se faz nada

No amanhã também não.


Se o ontem foi embora

Do túnel não vai sair

Já virou um filme agora

Que podemos assistir

Quando o amanhã chegar

Nele devemos estar

Apostos, de prontidão

Para dar nossa largada

No ontem não se faz nada

No amanhã também não.


Nem ontem, nem amanhã

Só o hoje é que se vive

Seja em Cuba ou no Irã

Em Luanda ou Telavive

O ontem ficou pra trás

No amanhã ninguém faz

Qualquer movimentação

Antes da hora chegada

No ontem não se faz nada

No amanhã também não.


Autor: Zé Bezerra












 

domingo, 10 de novembro de 2024

DESIGUALDADE EM ALTA

Aqueles que só governam 

De forma paternalista

Sempre fazem crescer mais

Dos vulneráveis a lista

Com políticas excludentes

Lideranças influentes

Que o poderio ostenta

Dão ênfase ao egoísmo

É pelo paternalismo

Que a desigualdade aumenta.


Os governos executam 

Planos assistenciais

E com isso vão crescendo

Os desníveis sociais

Com as divisões de classes

São inúmeros os impasses

E a nação toda enfrenta 

O bruto capitalismo

É pelo paternalismo

Que a desigualdade aumenta.


Ricos ficando mais ricos

Pobres mais empobrecidos

Em consequência de erros

Que nunca são corrigidos

Só a elite se agrada

Com a renda concentrada

O capital se sustenta

Após o mercantilismo

É pelo paternalismo

Que a desigualdade aumenta.


Nas metrópoles brasileiras

Encontram-se em todas elas

Bonitos arranha-céus

Rodeados de favelas

Contrastando nas cidades

Enormes desigualdades

E o quadro que se apresenta

É semelhante um abismo

É pelo paternalismo

Que a desigualdade aumenta.


Autor: Zé Bezerra





 

terça-feira, 5 de novembro de 2024

CULTURA POPULAR

Quando em cultura se pensa

Dentre toda a conjuntura

Destaca-se uma cultura

Com muito o que admirar

Porque tudo traz de novo

É a cultura do povo

A cultura popular.


É ela que representa

Toda uma sociedade

Cheia de diversidade

Mudando em cada lugar

Simples, sem refinamento

Fluindo a cada momento

A cultura popular.


Tem um caráter espontâneo

Sem normas para ser feita

Pela maioria aceita

É do campo a titular

Por ser a mais conhecida

Fácil de ser transmitida

A cultura popular.


Passada entre as gerações

Por relacionamentos

Com criações e inventos

Não para de inovar

Assim se identifica

Das demais é a mais rica

A cultura popular.


Do místico das etnias

Essa cultura floresce

Num chão fecundo ela cresce

Temos que valorizar

Raízes e ancestrais

As grandezas culturais

Da cultura popular.


Para marcar este dia 

Nacional da Cultura

Bebe-se da fonte pura

Que está sempre a jorrar

E o verso é gota de orvalho

Que cai da ponta do galho

Da cultura popular.


Autor: Zé Bezerra