Agricultor sertanejo
Esse está quase inativo
Pelas mudanças surgidas
Foi se tornando passivo
Não foram só as climáticas
Também vieram outras práticas
E nessa forte mistura
Do novo e o diferente
Vê-se que praticamente
Vai sumindo a agricultura.
Roçado, ninguém vê mais
Não tem mais cerca de vara
Queima da broque acabou-se
Por isso não há coivara
Ninguém mais planta vazante
Porque daqui por diante
O pessoal só procura
O que tinha no roçado
Dentro do supermercado
Vindo de outra agricultura.
O cultivo do algodão
Há tempo chegou ao fim
Fava ninguém planta mais
Nem arroz, nem gergelim
Até de milho e feijão
É pequena a produção
A melancia madura
Chega pra nós importada
Por transgênicos é mudada
Na moderna agricultura.
Agricultura que teve
Ápice no meio rural
De todos os sitiantes
Era o foco principal
No sertão hoje é parada
No sul é mecanizada
Com grande desenvoltura
Isso faz o sertanejo
Ver de encontro a seu desejo
O fim da agricultura.
Autor: Zé Bezerra
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