sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

BARREIRAS DO MEDO















Recuamos muitas vezes
Quando a carga está pendida
Com o desânimo impedindo
De achar uma saída
Bons frutos pouco colhemos
Geralmente porque temos
Medo de encarar a vida.

Pela falta de coragem
A dificuldade aumenta
Diante dos desafios
Quem é medroso não tenta
Não busca o que está querendo
E assim vai percebendo
O que o medo representa.

Por medo, os objetivos
Deixam de ser alcançados
Muitos planos são desfeitos
Caminhos são desviados
Nesses atos enfadonhos
Os mais importantes sonhos
Jamais são realizados.

Com medo ninguém investe
Em negócios pra lucrar
Não enfrenta a concorrência
Desiste de estudar
Teme as dificuldades
E as oportunidades
Não consegue aproveitar.

Quem tem medo, seus desejos
Não pode satisfazer
Não conquista uma vitória
A tudo fica a temer
Hoje como vive o povo
Quem tiver medo do novo
Está ruim pra viver.

É bom que se compreenda
Da vida todo segredo
E para saber vivê-la
Tem que aprender logo cedo
O rumo certo a tomar
Para poder derrubar
Essas barreiras do medo.

Autor: Zé Bezerra

terça-feira, 24 de janeiro de 2017

UM BANHO DE NATUREZA















Senti a necessidade
De ir a um ambiente
Natural e diferente
Sem barulho de cidade
Cheio de tranquilidade
Ótimo para descansar
Encontrei esse lugar
Distante de Fortaleza
Um banho de natureza
Eu precisava tomar.

Uma natureza amada
Bem cuidada e protegida
Com cem por cento de vida
Sem floresta desmatada
Sem água contaminada
Sem poluição no ar
Onde o homem quer estar
Agindo em sua defesa
Um banho de natureza
Eu precisava tomar.

Um pouco longe daqui
Afastado do sertão
Sem desertificação
Sem jurema e calombi
Há um oásis ali
Onde a neve vem pousar
No verde a predominar
A água faz correnteza
Um banho de natureza
Eu precisava tomar.

Passei apenas três dias
Nesse lugar diferente
Sem seca, sem clima quente
Com bosques e serranias
Onde as noites são bem frias
E deslumbrante o luar
Em que se respira o ar
Da mais sublime pureza
Um banho de natureza
Eu precisava tomar.

Quem vai na certa não erra
Sendo feliz não se zanga
Fui até Guaramiranga
Pacoti, Linha da Serra
Pude pisar numa terra
Que fica longe do mar
Observei um lugar
De maravilha e riqueza
Um banho de natureza
Eu precisava tomar.

Palmeiras e mangueirais
Eucaliptos gigantes
Arvoredos verdejantes
Ingazeiras, pinheirais
Algarobas, bambuzais
Que flora espetacular!
Flores enchendo o pomar
De perfume e de beleza
Um banho de natureza 
Eu precisava tomar.

Vi ali os juritis
Canários, xexéus, pardais
Rouxinois e sabiás
Azulões e colibris
Vi maritaca e perdiz
Vi a jaçanã voar
A asa branca cantar
E o arrulho da burguesa
Um banho de natureza 
Eu precisava tomar.

Autor: Zé Bezerra









sábado, 14 de janeiro de 2017

COLHEMOS O QUE PLANTAMOS
















Um adágio de verdade
Que aflora o pensamento
Diz que ao se plantar vento
Vai se colher tempestade
E isso é realidade
Discutir não adianta
É uma certeza tanta
De teor absoluto
Na vida se colhe o fruto
Da semente que se planta.

A semente do amor
Plantada no coração
Gera paz e mansidão
E espírito acolhedor
Alegria, bom humor
Que a autoestima levanta
O bem ao mal espanta
Tendo a fé como produto
Na vida se colhe o fruto
da semente que se planta.

Mas se o ódio é semeado
É cruel a consequência
Briga, intriga e violência
Em um mundo conturbado
Pelo conflito gerado
Que amedronta e desencanta
A maldade se agiganta
Crescendo a cada minuto
Na vida se colhe o fruto
Da semente que se planta.

Autor: Zé Bezerra


quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

NA CAÇA DAS ILUSÕES


















Sigo e atravesso a ponte
Na caminhada sozinho
Vou procurando o caminho
Sinto sede, vou à fonte
Bebo água, subo o monte
Olho do dia os clarões
Cheio de contradições
Desço a serra, venho embora
Enquanto vejo a aurora
Fico caçando ilusões.

Numa madrugada fria
Após despertar do leito
A saudade aperta o peito
Aumentando a nostalgia
Antes que amanheça o dia
Vêm muitas recordações
No silêncio, as emoções
Movem quem suspira e chora
Enquanto vejo a aurora
Fico caçando ilusões.

É assim que o meu sonho
Transforma-se em pesadelo
Se tento compreendê-lo
Fico ainda mais tristonho
O dia a dia enfadonho
Não traz modificações
Somente as decepções
Vão ficando até agora
Enquanto vejo a aurora
Fico caçando ilusões.

Poderia eu estar
Contemplando a alvorada
Ouvindo da passarada
Um canto espetacular
Exposto à  luz do luar
Sem ter preocupações
Mas as minhas opções
Do prazer me deixam fora
Enquanto vejo a aurora
Fico caçando ilusões.

Autor: Zé Bezerra




segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

A LEGÍTIMA PAZ


















 
A pura felicidade
Permanece em qualquer hora
Onde houver paz ela mora
Recheada de amizade
Amor e fraternidade
Espírito de doação
Diálogo e compreensão
Para praticar o bem
Só vive feliz quem tem
A paz no seu coração.

Alguém que tem muita grana
Dos bons lucros obtidos
Negócios bem sucedidos
No campo e na zona urbana
Acha que a vida é bacana
Porque tem mais de um milhão
Mas se houver ambição
Seu bem estar fica além
Só vive feliz quem tem
A paz no seu coração.

Quem tem coração fechado
A arrogância o inflama
Odeia porque não ama
De orgulho é dominado
Está aos bens apegado
Sentindo perturbação
Por nunca ter compaixão
Do sofrimento de alguém
Só vive feliz quem tem
A paz no seu coração.

Quem sofre e não se maldiz
Quem ama, quem abençoa
Quem tolera, quem perdoa
Quem corta o mal na raiz
Quem quer bem aos guris
Quem respeita o ancião
Quem ao faminto dá pão
Quem não briga com ninguém
Só vive feliz quem tem
A paz no seu coração.

Autor: Zé Bezerra