quinta-feira, 19 de novembro de 2009

NEM JOSÉ E NEM MARIA

Nestes tempos pós-modernos
Que vivemos hoje em dia
Nenhum pai, nenhuma mãe
De jeito nenhum daria
Nome aos filhos no batismo
De José ou de Maria.

Esses que já foram antes
Os nomes mais populares
Quantos Josés existiam
Quase em todos os lares
E as Marias eram tantas
Nos mais diversos lugares.

Hoje se alguém procura
Em revistas ou jornais
E se detém pesquisando
Grandes listas nominais
O José e a Maria
Não são encontrados mais.

É fácil encontrar Efrânio
Ailton, Húdson, Evandro
Cleiton, Adailton, Wagner
Moésio, Renan e Sandro
Dalton, Aécio e Vinícius
Aliano e Poliandro.

É fácil Tânia e Denise
Hortênsia, Olga, Erinete
Girlânia, Geórgia, Súzi
Gizélia, Railta, Ivete
Rosires, Itna, Valquíria
Brena, Talita e Claudete.

Crisanto, Benone,Ítalo
Guto, Mirlânio, Higino
William e Jamisklam
Max, Douglas, Adilino
Décio, Plínio e Etevaldo
Macário, Túlio e Sandino.

Alex, Wilke e Bruno
Kelly, Veruska, Talia
Jessier, Ruan e Kaio
Sunaly, Mirela, Aldria
Taís, Mirtes, Maitê
Nessas listas não se vê
Nem José e nem Maria.

Autor: Zé Bezerra

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

UM ZERO À POLITICAGEM

A politicagem é suja
Imbecil e odienta
É cínica e intolerável
Falsa, invejosa e nojenta
E pode ser comparada
À ferida peçonhenta.

É uma peste que vem
Da era Paleolítica
Os seus efeitos estão
Abaixo de qualquer crítica
É um verme perigoso
Destruidor da política.

Nosso saudoso Cazuza
Em uma música dizia
Que a burguesia era má
Era avarenta e fedia
Só que a politicagem
Fede mais que a burguesia.

A politicagem é cega
É ranzinza e é mesquinha
Adepta da baixaria
Com o fuxico se alinha
Sendo da sociedade
A pior erva daninha.

Por ser assim tão nociva
Egoísta e vulnerável
Hipócrita, maliciosa
De sadismo imensurável
Ela deveria ser
Por todos abominável.

Um jeito para os políticos
Banirem a picaretagem
Era se todos criassem
Mais vergonha, mais coragem
Ah se isso eles fizessem
E de uma vez todos dessem
Um zero à politicagem.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

LEMBRANÇAS DOS FALECIDOS

Quando um ser humano morre
Deixa no mundo a lacuna
No castelo da família
Desmorona uma coluna
Marca cada coração
A dor da separação
Lamentações e gemidos
Depois tudo vai passar
E na memória ficar
Lembranças dos falecidos.

Todos morrerão um dia
A morte é uma certeza
Mas não se pode encará-la
Sem angústia, sem tristeza
Mas isso passa, é verdade
O que fica é a saudade
Dos nossos entes queridos
Tios, pais, primos, avós
Desses, resta para nós
Lembranças dos falecidos.

Quando é dia de Finados
Muitos vão ao cemitério
Reverenciar os mortos
Naquele lugar funéreo
Em torno dos mausoléus
Elevam preces aos céus
Por seres inesquecidos
Cada um recorda e sente
Acumulando na mente
Lembranças dos falecidos.

Entre soluços e prantos
São muitas velas queimadas
Muitas flores e coroas
Nos túmulos depositadas
Missas e celebrações
Com cantos e orações
Corações entristecidos
Pela saudade infinita
Guardam daquela visita
Lembranças dos falecidos.

Realmente é muito triste
A derradeira partida
De quem veio a atingir
O ponto final da vida
Para os que ficam chorando
O tempo que vai passando
Consola os mais abatidos
Que das tristezas esquecem
Mas nunca desaparecem
Lembranças dos falecidos.

Autor: Zé Bezerra

SER SANTO NA TERRA

Ser santo é ser venerável
É possuir divindade
É ter morada no céu
Com Deus ter intimidade
É ser ícone sagrado
Para toda a humanidade.

Por Deus o santo é eleito
Em escolha especial
Com todo o merecimento
De uma vida filial
Para tornar-se um vassalo
Da corte celestial.

Mais que antes, hoje o mundo
Tem tanta adversidade
Respira-se o ar impuro
Da maldosa humanidade
Mesmo assim há muita gente
Que vive em santidade.

É a santidade humana
Daquele que tem pecado
Mas com o plano de Deus
Está bem sintonizado
Vivendo o amor fraterno
Comendo o pão partilhado.

É santidade de quem
Trata o outro como irmão
Quer sempre fazer o bem
Em qualquer ocasião
Vivendo a vida pautada
No amor, na doação.

É cristão forte na fé
Que quer a Jesus amar
Que estuda sempre a Bíblia
Ajuda a evangelizar
E tem coração aberto
Para amar e perdoar.

É pessoa detentora
De responsabilidade
De caráter e compromisso
De singeleza e bondade
De bom senso e de respeito
E espírito de humildade.

É um jeito de ser santo
Que acerta e também erra
Luta por justiça e paz
Tentando evitar a guerra
Mesmo sendo um entre mil
Tem que ter esse perfil
Quem quer ser santo na terra.

Autor: Zé Bezerra