Enorme transformação
Com o tempo vai surgindo
Moderna revolução
A todos vai atingindo
Até o sertão agora
Também não fica de fora
E em tudo é transformado
Outro aspecto ali se vê
Bem diferente porque
O sertão está mudado.
No sertão não se vê mais
Pilão, moinho e jirau
Nem lamparina de gás
E nem cavalo de pau
Nem alguidar, nem cumbuca
Nem mondé, nem arapuca
Não tem milho empaiolado
Nem beiju com rapadura
Não tem quase agricultura
O sertão está mudado.
Não há mais cuia nem ralo
Jogo só na sena ou loto
Jumento, burro e cavalo
Trocaram por carro e moto
O pão de milho acabou-se
Ninguém quer mais arroz doce
O pote foi superado
Trocado na geladeira
Com água vinda em torneira
O sertão está mudado.
De energia é servido
Até solar e eólica
Televisor colorido
E antena parabólica
O povo tem celular
Para se comunicar
Tudo é atualizado
Seguindo a modernidade
No estilo da cidade
O sertão está mudado.
Porém fatos aberrantes
O sertanejo está vendo
Roubos e furtos constantes
Assaltos acontecendo
É uma infelicidade
As mazelas da cidade
Ao sertão ter chegado
Há aflições e motins
Também nas coisas ruins
O sertão está mudado.
Autor: Zé Bezerra
sábado, 10 de janeiro de 2009
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Um comentário:
achei o tema muito apropriado. É exatamente isso que está acontecendo hoje. Até não me lembro mais o que é mondéu...
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